Festinha, só que não!

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- Vem, vamos para a enfermaria. – disse Ino me puxando. O pessoal veio atrás.

- O que houve com ela? – perguntou a enfermeira.

- Cai. – disse.

- Mas como fez esses cortes apenas caindo? – disse ela desconfiada.

- Não interessa, eu cai e pronto. – disse sem paciência.

- Podem sair por favor? – pediu ela para os outros, eles resmungaram, mas saíram.

Ela cuidou dos meus machucados e ficava me olhando, parecia que a qualquer hora ela iria pular no meu pescoço. Eu não sei o que está acontecendo, será que eu acordei daquele pesadelo? Ou ainda estou nele?

Eu estava desconfortável com a enfermeira, ela estava me analisando.

- Poderia me deixar sozinha por favor? – pedi a ela.

Sem dizer nada, ela saiu, estranha? Sim!

Tenho que contar aos outros sobre isso, mas primeiro preciso saber o porque. Não posso contar uma coisa que nem eu entendi. Só sabia de uma coisa, havia muito mais envolvido nisso do que eu pudera imaginar. Estava tudo estranho demais. Preciso entender, preciso começar a agir, aquilo é muito pior do que apenas zumbis.

Os monstros estão aqui, disfarçados, eu não sei, não consigo entender isso, por trás de cada coisa, há algo disfarçado, é só ter olhos para enxergar além da realidade.

- Esta bem? – perguntou Ino entrando com os outros na sala, me tirando de meus devaneios.

- Sim. – respondi olhando para a janela.

- O que houve? – perguntou ela, os outros me olhavam com um ponto de interrogação na cabeça.

- Primeiro vou procurar entender, o que houve, o que está envolvido no meio disso tudo. Depois conto tudo a vocês. Tudo mesmo. – disse olhando para eles que ainda não sabiam ¼ da minha vida.

- Tudo bem, não vamos pressionar você. Vemos cortes aparecer em você do nada, há algo muito perigoso por trás disso, entendemos que queira nos proteger. Estamos com você Sakura. – disse Gaara.

- Obrigada. – disse.

Saímos de lá e fomos para meu quarto. Eles ficavam perguntando se eu estava bem mesmo, mas eu estava, só doía um pouco, mas não estava morrendo, eles que são exagerados. Já passei por coisas piores.

- Gente, eu... preciso sair daqui. – disse para eles.

- Tudo bem, vamos sair hoje a noite, balada, tomar sorvete, sei lá. – disse Temari.

- Não.. não, vocês não entenderam, quero sair agora, andar pelas ruas, sozinha. – eles me olharam.

- Porque? – perguntou Naruto.

- Preciso, quero ver pessoas, ver o mundo. – respondi.

- Tudo bem? – disse. – Vou sair agora tá, volto mais tarde, só vou dar uma volta mesmo. – disse.

Eles não protestaram, me arrumei e sai de lá, pulei o muro e comecei a caminhar pelas ruas. Sentei num banco e fiquei observando as pessoas na rua, umas discutiam com a outra, outros corriam com pressa para pegar o ônibus, outros estavam calmos, outros preocupados, uns felizes, mas não conseguiam esconder a tristeza, fiquei imaginando algum deles ser um monstro disfarçado, ou um monte de monstros andando no meio de nós humanos e não termos olhos apropriados para vê-los. Isso tudo era estranho. Estava ficando mais estranho a cada dia, a cada coisa inexplicável que me acontecia.

Filha das Trevas - A Vida Por Trás Da Vida Real (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora