Enquanto Você Dormia - Efeito Borboleta (Livro 2) [H.S]

Capítulo 33

Em dez minutos a editora que lançara a revista foi fechada, as tiragens recolhidas das ruas e cinco pessoas foram processadas. Harry não parecia nem um pouco satisfeito. Não era o caso de Perrie.

Zayn: Um folhetim? Seu ataque era um folhetim de fofoca? – Perguntou, debochado.

Perrie: Harry odeia exposição publica, Zayn. Ele a evita o máximo que pode. A essa altura está furioso. – Disse, sorrindo – E uma coisa que Melanie conhecia melhor que ninguém é a fúria de Harry. – Completou.

Zayn: Você acha que ela vai se lembrar de alguma coisa? – Perrie assentiu.

Perrie: Ou sentir a tensão. Ou se irritar com as insinuações. Qualquer coisa pra mim serve. – Disse, tranquila.

Zayn: Como você conseguiu tantas fotos, afinal? – Perguntou, incrédulo.

Perrie: Bem, as do casamento foi fácil, foi só recorrer a alguns arquivos. – Pensou, enumerando – As do hospital foram as mais difíceis. Eu não posso entrar lá, mas queria saber como estavam indo as coisas, queria vê-la apodrecer, então contratei alguém pra entrar como visitante de um estranho e tirar fotos. Terminaram sendo úteis. – Disse, se espreguiçando.

Zayn: As outras...? – Perguntou, folheando a revista.

Perrie: Contratei fotógrafos pra segui-los. A idéia de fazer a revista pra provocar a ira dele sempre esteve em mente, só veio em uma hora melhor que nunca. – Explicou, e ele assentiu.

Zayn: Ela está ótima. – Comentou, olhando uma foto de Melanie de biquíni em Malibu, e Perrie fechou a cara.

Perrie: É, e você deflorou ela, parabéns pra você e pro seu pau. – Debochou, revirando os olhos.

Zayn: Obrigado. E, se quer saber, eu tirei a virgindade dela com um dedo. – Comentou, distraído, afastando a revista pra olhar uma foto direito. Perrie, que se servia de uísque, parou, com uma careta.

Perrie: Um dedo? Porque? – Perguntou, confusa.

Zayn: Eu era jovem, queria saber qual era a textura de um hímen e tinha pouco tempo naquele dia. – Ele riu consigo mesmo, virando de folha.

Perrie: Idiota. - Dispensou, revirando os olhos.

Zayn: Eles devem estar sacudindo Manhattan por causa disso. Você expôs o menino. – Lembrou.

Perrie: Podem procurar até nas fundações, não tem nada que me incrimine. Eu achei uma editora em falência, negociei o que queria fazer, avisei o que viria quando feito: Falência, processos, blábláblá, e eles toparam esquecer meu rosto depois que viram a quantia envolvida. – Disse, tranquila – Quando a poeira baixar mando alguém cuidar dos processos.

Zayn: Essa é sua única carta? – Perguntou, fechando a revista e erguendo a sobrancelha pra ela. – E se não funcionar?

Perrie: Eu pensei antes de fazer, querido. – Disse, tranquila – A questão não é só o que a revista mostra, mas também quem a vê. – Disse, misteriosa, piscando pra ele.

Harry digitou a senha do elevador com força. Estava com tanto ódio! Tentara ligar pra Melanie por horas, mas todos os telefones estavam desligados. O infeliz do segurança tentou retardá-lo. Ele sentia o ódio emanando pelos seus poros. Piorou ainda quando entrou em casa. Melanie estava sentada no chão da sala, uma bagunça em cima da mesa de centro, com a revista na mão, lendo-a. Ele apertou os punhos, franzindo o cenho e respirando fundo. Ela ergueu o os olhos ao notá-lo ali.

Harry: Oi. – Testou, entrando na sala. Ela não sorriu de volta do modo habitual.

Melanie: Oi. – Respondeu, olhando algo na revista – Harry... Você me traiu? – Perguntou, direta, erguendo os olhos pra ele.