Capítulo 8

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A rotina da manhã de Harry mudara totalmente desde o nascimento de Nate. Antigamente ele pegava trabalho as 7:30, agora pegava as 9:30, assim podia acordar o filho com calma, alimentá-lo, aprontá-lo e levá-lo pra torre branca. Antigamente ele acordava e fazia o que bem queria, agora precisava ser silencioso, porque o menino podia acordar. Mas não se importava. Acordava mais cedo, porque precisava fazer suas coisas, e o deixava dormindo, mas só de acordar e ver o menino aconchegado nele, o rostinho inocente adormecido, o enchia de uma alegria sem explicação. Ele bem tentava fazer Nate dormir no próprio quarto, e as vezes conseguia, colocando-o lá enquanto dormia, mas a verdade é que os dois preferiam dormir juntos. Naquela manhã Harry acordou e sorriu, vendo o filho agarrado em seu braço, se soltou dele e seguiu sua rotina. Foi pro escritório, adiantou algumas coisas, voltou pro banheiro de onde saiu de banho tomado e barbeado, se aprontou e voltou pra cama.

Harry: Você não precisa acordar ainda, mas está pensando seriamente nisso. – Disse, acordando o filho, que assentiu – Está pensando?

Nate: Tô. – Murmurou, dormindo, e Harry riu, beijando o cabelo do menino. Sempre o despertava 20 minutos antes dele precisar levantar.

Ele não sabia que seria um dia cheio. Logo voltou e acordou o menino, levando-o pro banho, então os dois se aprontaram e vieram pra sala, Nate bonitinho em uma calça azul clara e uma camisa branca e Harry impecável em seu terno cinza.

Nate: Bom dia, Ga... Gai... – Ele se atrapalhou, enquanto o pai o colocava na cadeirinha.

Harry: Gail. – Sussurrou, ajudando-o, e ele sorriu.

Nate: Bom dia, Gail.- Disse, todo pomposo, e Gail sorriu, trazendo o prato com o mingau dele.

Gail: Bom dia, menino Nate. Bom apetite. – Disse, tranquila, e Nate atacou seu prato. Harry sorriu, tomando um gole de seu café e abrindo o jornal. Era impossível não gostar do menino.

Mas, falando na exceção a regra... Harry terminou seu café primeiro e foi aprontar suas coisas pra sair, checando o celular, deixando Gail ajudando Nate a terminar o suco, e se bateu com Perrie sentada na sala.

Perrie: Harry, quanto tempo mais vai me dar esse gelo? – Perguntou, parecendo magoada – Eu disse a você, foi um acidente. Não atenda isso, me dê atenção. – O celular chamava.

Harry: O que teria acontecido se eu não tivesse chegado, Perrie? – Perguntou, se sentando numa poltrona. O celular continuou – Teria batido no meu filho?

Perrie: Sabe que eu não seria capaz! – Disse, exasperada.

Harry: Eu não sei de mais nada. – Cortou. O celular parou de chamar e caiu na caixa. A saudação de Harry soou na sala.

- Styles, deixe sua mensagem.

Então veio a voz de Liam. Parecia afobado, apressado, não sabia se dizer ao certo. Harry franziu o cenho.

- Irmão, sou eu. Escute, eu sei que parece impossível, eu não... Não dá pra explicar agora. Melanie acordou. Venha pra cá.

Fim da mensagem. Um silencio pesado se apoderou da sala. Perrie parecia ter acabado de ouvir a noticia da própria morte; Harry estava estupefato. Durou uma fração de segundo, até que ele discou de volta. Liam não atendeu – devia estar ocupado. Harry saltou da poltrona, afoito, ignorando Perrie e indo pra cozinha.

Harry: Filho, papai teve uma emergência. – Disse, limpando a boca de Nate – Hoje você fica com a tia Sophia, ok? – Nate assentiu, satisfeito. Queria brincar com Juliet.

Perrie: Ela não pode ter acordado. – Disse, quando Harry voltou com o menino no colo, sem pasta nem nada, só o celular e a chave do carro. Harry a lançou um olhar letal.

Enquanto Você Dormia - Efeito Borboleta (Livro 2) [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora