Capítulo com a revisão feita.
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Já se passou uma semana desde que fui considerada "apenas mais uma" da vida de Nuno Torres, não consigo mais ouvir falar no nome dele que constantemente aparece na televisão ou até nas revistas que encontro quando passo no quiosque. Foi uma semana digamos que dolorosa, sinto-me bastante humilhada, até mesmo suja. No entanto tenho plena consciência do que aconteceu foi apenas e só minha culpa. Ouço a campainha tocar interrompendo os meus pensamentos, arrasto-me a contragosto até à porta e abro-a.
- Sónia o que fazes aqui tão cedo? – Pergunto surpreendida pelo facto dela ter madrugado.
- Acordei cedo apenas para te tirar dessa cama, visto que hoje é domingo e precisas de desanuviar. Vamos fazer compras e depois almoçamos por lá, o que dizes? Parece-te um bom plano? - Pergunta esperançosa.
- Se eu te responder que não, tu vais continuar a insistir até eu ceder, certo?
- Conheces-me tão bem amiga. - Ela diz com um sorriso de triunfo no rosto.
- Sim, claro. - Digo sem interesse. - Espera um pouco, vou tomar um banho e vestir-me. Depois podemos ir. Podes ver televisão enquanto esperas. - Digo apontando para a televisão.
- Vai lá despacha-te.
Caminho na direção da casa de banho, entro e fecho a porta nas minhas costas, pouso as minhas mãos no lavatório e encaro o meu reflexo cansado.
- Tem de ser. - Encorajo-me. - Não posso ficar neste estado para sempre.
Entro no chuveiro e deixo todas as lágrimas caírem juntamente com a água que cai sobre o meu corpo. Serão as últimas que derramarei por aquele idiota. Assim que termino puxo uma toalha e enxugo-me, prendo-a no meu corpo, limpo o vapor que cobre o espelho e volto a encarar o meu reflexo.
- Tem de ser, eu preciso de esquecer tudo.
Saiu da casa de banho ainda com a toalha no corpo e decido vestir algo simples procuro no meu armário e encontro umas calças de ganga claras, encaro-as.
- Isto vai ter que servir.
Volto-me a mergulhar no armário e de lá retiro uma blusa branca solta, visto-me e encaro o meu reflexo no espelho, não está nada de mais, mas eu gosto de me sentir confortável. Para finalizar o conjunto calço as minhas All Star brancas e penteio o cabelo assim que termino enxugo-o um pouco mais com a toalha e saiu do quarto em direção à sala onde a Sónia se encontra.
- Estou pronta. Vamos?
- Sim amiga. - Ela se levanta entusiasmada.
Saímos, fecho a porta do meu apartamento e dirigimos-nos ao carro da Sónia.
- Tu conduzes. - Ela diz na minha direção atirando-me as chaves.
- Está bem. - Digo derrotada, sei o quando ela detesta conduzir.
Vou então a conduzir até ao centro comercial mais próximo, a Sónia adora este centro comercial, quase todas as raparigas que atendiam nas lojas a conhecem, no entanto acho que ela quis aqui vir por causa de um rapaz que começou a trabalhar muito recentemente numa loja de roupa que ela frequenta bastante. É fascinante o quanto a Sónia é uma pessoa sociável e eu sou totalmente o oposto, sinceramente às vezes questiono-me como é que somos amigas, mas depois lembro-me que a minha vida não tinha brilho se não fosse esta maluca.
Estamos à diversas horas a visitar praticamente todas as lojas, pelos meus cálculos restam-nos apenas três lojas por visitar, enquanto a Sónia segura cerca de 7 sacas de diversas lojas, eu apenas carrego uma com uma blusa que realmente gostei. É hora do almoço ouço o meu estômago a dar horas.
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As coisas não acontecem por acaso
ChickLit▸ História escrita em Português de Portugal. "A felicidade se acha nas horas de descuido" Sinopse: Gabriela é apenas mais uma jovem com 20 anos que frequenta a universidade. É uma rapariga bastante tímida e sonhadora. Sónia é a sua melhor amiga...