Capítulo bónus - Nuno

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Capítulo com a revisão feita, espero que gostem. 

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Não entendo porque simplesmente não consigo esquecer o seu jeito doce, o seu ar angelical, o seu toque... porque é que não consigo parar de pensar nela, não posso pensar mais nela, foi uma noite, eu não posso voltar a vê-la, se a minha família descobrir que eu estive com uma rapariga que realmente quis e não com a Tatiana, eles simplesmente me deserdariam e eu já não ficaria com a empresa do meu pai, maldito sejas e a tua chantagem. 

- Querido em que estás a pensar? - Pergunta a Tatiana. 

- Nada. – É tudo o que consigo dizer neste momento, cada dia que passa tenho mais nojo desta relação.

- Vá lá conta. – Diz enquanto caminha na minha direção de forma sedutora, já nada nela me excita, este casamento de interesses vai ser a minha desgraça porque não vai haver um dia em que seja realmente feliz ao lado dela, estou cansado da sua futilidade para não falar do facto de ela ser bastante irritante e extremamente mimada, ela não é mulher para ninguém, contrariamente à Gabriela, que é doce, querida, delicada e eu expulsei-a da minha casa, raio porque estou novamente a pensar nela, não posso eu vou-me casar com a Tatiana, não posso desiludir a minha família, mas a Gabriela... chega Nuno, não podes pensar mais nela, não me apercebo que a Tatiana ainda está aqui a tentar ser sedutora comigo, mas não consigo ter mais tesão por ela.

- Tenho de trabalhar, depois falamos. – Digo enquanto me dirijo ao escritório.


***


Estou farto de fazer todas as vontades à Tatiana, mas o meu pai obrigou-me a ser o "noivo" perfeito, hoje ela embirrou que tenho que vir com ela ao centro comercial, detesto fazer estas coisas com ela. Caminho afastado para ver se consigo fugir dela a qualquer momento, mas é inevitável sempre que tento ela apanha-me.

- Que nojo esta gentinha, não vê por onde anda. Não tens olhos na cara para ver por onde andas coisa? – O que aconteceu agora? Quem será a pessoa que já está a levar com o mau feitio dela, vou aproximar-me um pouco.

- Desculpe. Eu não a vi. – Esta voz, tenho a certeza que a conheço, não pode ser. Gabriela. Sim é mesmo ela, ainda está mais bonita desde a última vez que a vi, a seu jeito simples cativa-me e não aquelas futilidades que a Tatiana usa.

- Querido, esta anormal atirou-se contra mim, anda ajuda-me a sair daqui, não quero ficar nem mais um segundo perto desta coisa. – Grita a Tatiana enquanto olha para trás, eu não consigo tirar os olhos da Gabriela, ela está perfeita pude ver o seu olhar de desprezo quando me viu, custa-me tanto que seja assim, mas não posso fazer nada, no entanto só a quero novamente nos meus braços. – Tamanha indecência da parte dela que bate contra mim de propósito e ainda não para de encarar o meu noivo, haja estupidez. – Completa a Tatiana, quando ela disse a palavra noivo pude ver a expressão da Gabriela ficar dura.

- Vamos Sónia, vamos embora não tenho que ficar aqui e levar com tamanha má educação. Vamos que o ambiente está muito mal frequentado. – Responde a Gabriela com desprezo, tenho a certeza que está a falar de mim, mas não posso fazer nada tenho que ficar aqui ao lado da Tatiana.

- Sua desgraçada. – Grita a Tatiana ainda mais chateada do que antes, penso que a Gabriela e a amiga já não ouviram, pois já tinha virado costas e ido embora. – Haja paciência para estas mendigas, eu não me posso rebaixar ao nível delas, sou bastante superior a tudo isto. – Não, antes pelo contrário querias tu ser como ela, penso enquanto a sigo, com uma distância de segurança ela está demasiado chateada para poder andar perto dela em segurança, comparo-a àqueles cães raivosos.


***


Tenho voltado quase todas as noites àquela discoteca para ver se vejo a Gabriela, sei que é egoísta da minha parte, mas faz um mês que a desejo e não consigo parar de pensar nela, preciso de sentir o seu toque, mas desde aquela noite ela nunca mais passou por cá, no entanto não perco a esperança e volto todos os dias. Por hoje chega vou voltar para casa, só preciso de uma boa noite de sono.


***


Acordo com o sol a bater na minha cara, que merda ontem esqueci-me das fechar, desço para tomar café até que oiço a campainha a tocar. Arrasto-me até à porta para abrir, não posso acreditar no que estou a ver.

- Gabriela? O que fazes aqui. – Tento parecer indiferente, simplesmente não posso mostrar que me importo, Nuno pensa na empresa.

- Precisamos de falar. – Disse após uma longa pausa, parece que está a tomar coragem para falar.

- Ok, entra. – Por fim digo.

Dirigimo-nos até ao sofá e ela olhou à volta, penso que está a ver se a Tatiana está cá.

- Ela não está.

- Ah sim, a tua noiva.

- É complicado, mas sim é a minha noiva. – Nuno acalma-te não tens que lhe dar satisfações. – Então o que queres falar? – Por fim pergunto.

- Bem... é que... estou... - o que será que ela quer dizer? Está a deixar-me impaciente.

- Estás o quê?

- Grávida! – Diz enquanto olha para as mãos pousadas no colo, espera... como assim grávida, ela não pode estar grávida, se ela está grávida, bem que posso dizer adeus à empresa. – Grávida de um filho teu.

- Como sabes que é meu? – Claro que é meu, ela não parece do tipo de pessoa que sai com qualquer um, mas isto não pode estar a acontecer.

- Claro que é teu. – Responde irritada.

- Ele não pode ser meu, estás errada, isto não pode-me estar a acontecer. Vais abortar claro.

Ela levanta-se com a mão na barriga, bastante irritada.

- Nunca, ouviste? Nunca, irei abortar prefiro criá-lo sozinha do que com uma pessoa como tu. Adeus, desculpa fazê-lo perder o seu tempo. – Corre para a porta e sai. 

Isto não me pode estar a acontecer, claro que eu sempre quis um filho, mas quando chegasse à altura não agora quando estou prestes a tornar-me o CEO da Multinacional Torres, e um filho não pode atrapalhar isso.

Nuno estás a fazer  com que cada vez te pareças mais a Tatiana, um filho é tudo o que sempre quiseste, ainda mais de uma pessoa como a Gabriela

O que vou fazer não posso abandonar a Gabriela, foi estúpido da minha parte dizer para ela abortar, eu não quero isso, foi apenas o meu desespero a falar mais alto, mas o que vou fazer? Estou perdido. 

As coisas não acontecem por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora