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Harry Point of View

A guerra estava instalada. Havia morte por todo o lado. Tamanha era a quantidade de feridos e mortos que mal dava para contar. Sinceramente se me perguntassem o porquê desta guerra eu acho que não saberia responder, pois no final uma guerra é uma guerra. Nada seria suficientemente bom ou justificável para uma chacina deste tipo. Mas para dizer a verdade, alianças foram quebradas e uma disputa, sobre qual rei iria aumentar o tamanho e poder do seu império, começou.

É tudo uma questão de poder. Vejam bem, daqui ninguém sairá verdadeiramente vencedor. No final, todos acabam por perder algo. Sejam parentes, entes queridos, meio exército, o que for. Entretanto parece que o que realmente importa é o poder, seja lá qual for o preço a pagar este.

Isto pode até soar hipócrita vindo de um príncipe, que nada fez durante toda a sua existência para além de lutar guerras provocadas por outros, mas eu não me considero parte do grupo dos homens loucos por poder e riquezas infindáveis. Obviamente eu sou aquele que tem a fama de ter vencido inúmeras batalhas, de ter feito gigantes cair, de ter derrotado legiões com apenas um punhado de homens. E não vou mentir, a fama que procede os meus feitos é tudo o que busco. Saber que o meu nome ecoará nas bocas de milhares mesmo anos depois da minha morte para mim é muito mais que qualquer riqueza pode obter.

Afinal tesouros vão e outros voltam a encontrá-los, mas a fama que procede um homem dura para a eternidade.

Sou brutalmente despertado dos meus pensamentos quando sou atacado à socapa por dois amarianos. Como tenho o escudo pendurado ás costas, para evitar precisamente estes ataques surpresa, o golpe deles não faz quase efeito nenhum sobre mim. Arranco a cabeça de um deles e abro as tripas de outro antes de avançar.

Pelo canto do olho avisto Louis cercado de soldados a lutar sozinho. Sem perder mais tempo atiro uma lança perdida contra um deles para abrir o cerco e corri para o ajudar, matando todos aqueles que tentavam impedir-me de chegar a ele. Também vi que Zayn reparou no que estava a acontecer e veio tal como eu ajudar o irmão.

— Precisas de ajuda? — Zayn perguntou ironicamente com a respiração pesada enquanto lutava com outros três soldados.

— Oh, eu dava perfeitamente conta do recado. — respondeu-lhe Louis.

Bati com as minhas duas espadas contra a de escudos que alguns soldados haviam feito novamente ao nosso redor.

Quando pensei que este dia não teria fim, o General Mithridates ordenou aos seus soldados a retirada. Por pouco não festejava no meio dos corpos caídos e ensanguentados.

— Mais uma vitória! Hoje a primeira rodada é por minha conta. — disse Louis batendo na minha mão em forma de comprimento, neste caso felicitações por termos ganho esta batalha. — Porque usas essa fronha, homem? Vencemos!

— Algo não está certo. Reparaste em quem está à frente do exercito Amariano? Liam e os seus homens de confiança nem sequer apareceram. — ele assente mas nada diz. — Vem. Vamos tratar primeiro dos despojos da batalha. — contraponho.

(...)

— Quero o vosso relatório acerca da batalha de hoje. — começou o general quando reunimos o concelho de guerra na sua tenda.

— Estáveis lá e vistes e sucedido. Nós lutamos e ganhamos. Que mais podeis querer? — Zayn questiona ironicamente arrancando pequenos murmúrios e risos baixos dos homens no espaço.

— Bom, quero os vossos relatórios na mesma, o escriba têm que anota-los para poder mandar uma carta ao rei. — fez uma pausa olhando para mim. — O teu pai pediu que lhe escrevesseis, Harry. Devíeis de parar de ignorar vossa majestade e os seus pedidos.

Lost in a War ☛H.S. [a reescrever]Onde histórias criam vida. Descubra agora