CAPÍTULO 11

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- O-oi - respondo quase tendo um infarto.

- Tenho que te perguntar uma coisa.

- Você quer entrar?

- Sim, obrigado.

Ele passa por mim e seu cheiro fica ali, como está cheiroso.

- Sente-se - falo.

Ele se senta e eu me sento ao seu lado no sofá de dois lugares, nós ficamos colados um no outro, parece que tem um monte de bolhas se fazendo dentro de mim, é uma sensação boa.

- Você foi embora sem se despedir, ontem e a propósito, você estava linda!

- Obrigado, eu ia me despedir mas você estava um pouco ocupado com a sua ex namorada.

- Ah, ela me agarrou.

- Não parecia, você retribuiu o beijo! - falo sem pensar, sinto meu rosto pegar fogo!

- Eu ainda gosto um pouco dela, mas tem uma pessoa que eu gosto mais ainda.

- Ah é mesmo! Quem? - falo com um olhar irônico.

- Você - meu coração para de bater, minha respiração acelera, olho para seu rosto, ele está vermelho, percebo que ele ele está se aproximando de mim, sinto sua respiração se encontrar com a minha, estamos pertinho um do outro.

- Melhor não - falo.

- Porque?

- Não quero arrumar confusão naquela escola.

- Como assim confusão.

- Já fiquei sabendo da sua namorada!

- O que eu faço da minha vida somente diz respeito a mim!

- É só ela que está te impedindo de fazer isso?

- Sim.

- Então... quer dizer que você também quer, certo?

Cala a boca Fani, meu subconsciente me repreende.

- Não exatamente.

- Uhum... Sei - ele diz.

- É verdade. - falo.

- Não disse nada, deixa eu ir então - ele se levanta. - Tchau.

- Tchau - digo um pouco triste.

O levo até o portão, quando o fecho, me reencosto no portão com a respiração acelerada, o que foi isso?

Volto pra cozinha boquiaberta, não acredito no que aconteceu agora. Termino de tomar café e arrumo a mesa.

Passo o dia inteiro em meu quarto, só saio pra lanchar. Escuto meus pais chegando, olho no relógio e são 19:00.

- Oi, pai - digo olhando pra ele na porta da sala.

- Oi filha - ele me da um beijinho na testa.

- Oi, mãe.

- Oi filhinha.

- O que você comeu no almoço?

- Eu comi pão e suco.

- Ata.

- Como foi a festa?

- Bem legal - falo abaixando a cabeça, não posso contar pra ela o que aconteceu, primeiro pelo o que aconteceu e segundo pelo vestido que ela pagou só pra mim ir nessa tal festa.

- Aproveitou bastante?

- Sim - falo pensando no acontecido.

Olho para o sofá de dois lugares e lembro o que quase aconteceu nele - dou uma risadinha de lado.

ERA UMA VEZ MINHA PRIMEIRA VEZOnde histórias criam vida. Descubra agora