CAPÍTULO 16

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Chego no dormitório, todas estão deitadas, nossa, mais já? Achei que ia rolar uma guerra de travesseiros, achei que íamos fazer bagunça. Parece que esse pessoal aqui não gosta muito disso!

Deito-me também, a Manu já está virada pro canto, mas com o olho aberto, provavelmente pensando. Depois de muito tempo acabo adormecendo.

Acordo no meio da noite com uma pessoa parada em pé na frente da minha cama. Meu Deus é o palhaço! Faço que vou gritar mas ele tampa minha boca! O que ele quer de mim.

- Shiiii - ele diz com o dedo na boca e sai.

O que foi isso? O que ele estava fazendo aqui, que medo dele! Volto a dormir com muita dificuldade.

Acordo e ja está de manhã, ainda bem. São 06:49, fico deitada, parece que ninguém mais acordou... espero, quando são 07:00 entra o palhaço com uma trombeta toca irritantemente. Todas nós assustamos, consequentemente a moça do cabelo Rosa entra dizendo que o café da manhã começou.

Levanto em um pulo, corro pro banho, quero ser a primeira, termino visto um short jeans claro, uma camiseta de alcinha preta e calço minha sandália. Desco pro café com a Manu. A mesa está repleta de gostosuras, sucos variados, pães variados, mortadela, presunto, mussarela... e vários outros.

Logo começamos a comer, todos terminam e as mulheres da cozinham estão repondo pra próxima sala. Saímos da cozinha e vamos direto pro lado de fora. Lá estava um homem alto, do cabelo castanho escuro, bem atraente.

- Oi, meu nome é Rodrigo e nós vamos pra floresta adentro, assim que a próxima sala terminar de tomar café, estão se preparem, leve água e suprimentos, voltaremos na hora do almoço.

Todas subimos, eu perco a Manu, não vejo mais ninguém nem no quarto nem em lugar algum, onde ela se enfiou? Pego a água e lanche, volto pra fora, enquanto esperamos vou pro meio da floresta. Ando sem direção, mas gravando o caminho de volta. Escuto um barulho na minha fente atrás de um arbrusto. Sigo pra ver, sou muito curiosa, escuto vozes, quando chego perto tomo um susto. É a Manu e o Gustavo sem camisa, se agarrando, num maior fogo. Eles me veem.

- Desculpa - digo já voltando. Escuto risadas vindo dos dois.

Chego no acampamento e eles já estavam prontos pra ir fazer a trilha, olho pra trás e os dois ja estão voltando, ainda bem que não preciso ir chama-los.

Logo procuro o Daniel, o acho mas não está sozinho, está com a Samara, ando em sua direção e fico ao seu lado.

- Eu sou o par dele - a Samara logo diz.

- Não é não - eu retruco.

- Daniel? - a Samara fala com um tom histérico.

- Vou ter que te falar novamente que o meu par é a Fani e não você? Vê se me esquece.

- Isso não vai ficar assim - ela fala saindo e tromando em meu ombro.

- Tudo bem? - O Daniel pergunta.

- Sim.

- Vamos?

- Claro - adentramos a floresta.

- Isso é muito legal né?

- O que?

- A natureza! Cheia de animais plantas, a cidade pode ia ter um pouco disso.

- Também acho.

Depois de andarmos muito chegamos ao um lago enorme, maravilhoso, la vimos muitos peixes e depois de sentarmos, descansarmos, comermos, brincarmos na água, continuamos. E pensar que vamos sair daqui hoje, ainda bem que é a noite. Da pra aproveitar muito ainda.

Terminou a nossa trilha, logo voltamos pro acampamento, muito cansados, vão todos aos seus devidos quartos, fico somente eu deitada no chão olhando para o céu, como é lindo o céu aqui, bem azul e o ar? Maravilhoso o ar aqui!

- Oi. - levanto-me correndo, é o palhaço que medo dele, porque ele sempre está com essa roupa?

- Oi. - Respondo.

- Qual o seu nome?

- Fani - falo pegando meus sapatos cuidadosamente.

- Quer fazer um passeio?

- Não! - falo com um olhar irônico, ele é louco? Quer que eu va pro meio da floresta com ele vestido de palhaço!

- Porque?

- Você deu um susto em mim quando saimos do quarto, quem garante que você não vai me dar outro susto?

- Foi so uma forma de chamar sua atenção. Você vai ou não?

- Sim - fico curiosa e as palavras saem da minha boca sem mesmo que eu as mande sair.

- Então vamos.

Conversamos sobre várias coisas, tais como gostos musicais, cinema, cores preferidas rolou assunto até sobre carro. Mas ele é muito legal. Estamos sentados na bera de um riacho que molha nossos pés. Olho para sua máscara e é horrorosa. Ele coloca as mãos em seu pescoço e a tira, é maravilhoso, quase um deus grego. Cabelos louros bagunçados, olhos caramelo (minha cor preferida pra olhos) uma boca perfeitamente desenhada, e tem duas covinhas que da pra perceber só dele mexer as bochechas.

- Você quer saber o porque de eu ter assustado somente você?

- Lógico.

- Desde que você chegou aqui não paro de pensar em você!

Sinto que fico vermelha no mesmo instante. Como assim?

- Aquele dia que fiquei ao lado da sua cama, estava somente te apreciando. - Ele fala chegando cada vez mais perto.

- Eu tenho que fazer isso! - ele se aproxima direto a minha boca, o empurro levanto-me e saio andando.

- Desculpa, volta aqui! Foi por impulso.

Ele para na minha frente, impedindo a minha passagem.

- Com licença?

- Não, estávamos ali parados, pintou o clima.

- Só se for pra você!

- Tenho certeza que pintou o clima pra você também.

- Não, convencido!

- Tem certeza? - ele fala rindo.

- Sim - também falo rindo. Fazer o que ele é fofo.

- Pode falar sou irresistível, não sou?

- Não, falo com cara de irônia.

- E ai? Namora com aquele rapaz que você fez a trilha hoje?

- Não, porque você acha isso?

- O jeito que você olha pra ele.

- Como sabe o jeito que olho pra ele, você não foi...

- Fui mas... escondido.

- Por que?

- Te vigiar. Não lembra de mim? - ele fala sorrindo.

- O quê?

- É isso mesmo.

- Pode falar sou irresistível não sou? - digo sorrindo também.

- E como!

- Agora eu tenho que ir.

- Pelo menos pode me passar seu número?

- Deixa pra próxima.

- Ok.

E vou logo pro acampamento. Nossa ele me deixa confortável, nunca me senti assim com o Daniel.

Como assim o que estou falando? É o Daniel que amo e é ele que vou amar!

ERA UMA VEZ MINHA PRIMEIRA VEZOnde histórias criam vida. Descubra agora