Scarlet correu pela ampla praça de pedra até os lances de escadas das portas da frente de sua
escola. Enquanto isso, ela apertou sua leve jaqueta de outono em seu corpo. Ela gostaria de ter
pegado algo mais quente para usar; apenas alguns dias atrás estavam uns 20ºC, mas, agora, parecia
uns 10ºC. Outubro estava muito imprevisível, ela pensou. Especialmente agora, no final, apenas
alguns dias antes do Halloween. Ela fez uma nota mental para que, assim que chegasse em casa, ela
deveria ir até o porão e mudar seu guarda-roupa de verão para um de outono.
Scarlet olhou por cima de seu ombro ao agarrar as portas da frente, esperando que sua mãe
tivesse ido embora. Era tão embaraçoso, ela sentada ali assim, olhando para ela, como se ela ainda
estivesse na segunda série. Ela encolheu-se quando viu sua mãe ainda a observando. Ela esperava
que não houvesse outros estudantes assistindo, especialmente tendo em conta que a escola estava
vazia, todos já em sala de aula. Parecia muito evidente.
Ela realmente não culpava sua mãe por observá-la daquele jeito, e sentiasse mal por tê-la
assustado – mas, ao mesmo tempo, ela só queria deixar aquilo no passado. Sua mãe se preocupava
demais, ela só queria que ela percebesse que ela estava bem, que ela sempre esteve bem. Que
mesmo que ela tendo apenas 16 anos, agora, ela era quase uma mulher adulta, independente e capaz
de cuidar de si mesma.
Scarlet disparou pelas portas da frente e correu pelo corredor, seus passos ecoando, seus tênis
faziam barulho pelo chão brilhante e polido. Seu coração disparou quando ela olhou para seu relógio
e percebeu que a segunda aula estava quase no fim. Ela estava tão envergonhada: parecia que teria
que entrar na classe com apenas alguns minutos faltando para acabar; ela já podia sentir os olhares.
Mas ela não tinha muita escolha. Não poderia exatamente ficar do lado de fora, esperando no
corredor, especialmente com os monitores patrulhando. E ela queria, pelo menos, aparecer e talvez
pegar a lição de casa para a noite.
Quando ela correu pelo corredor, ela se perguntou mais uma vez sobre o que exatamente tinha
acontecido no dia anterior. É realmente tinha se assustado com o que seus pais tinham lhe contado,
que ela tinha saído de casa; ela não conseguia se lembrar de nada disso. Ela fez cara de corajosa
para todos, dizendo que estava bem – e ela estava mesmo se sentindo bem. Mas por dentro, ela
estava apavorada. Estava tão nervosa por não ter nenhuma lembrança do ocorrido, para onde ela
poderia ter ido. Era aterrorizante também acordar no hospital daquele jeito. Aquilo realmente a
abalou. Ela não conseguia deixar de ficar obcecada com o buraco negro em sua consciência, sobre o
local onde ela foi, o que ela poderia ter feito, por que eles não conseguiram encontrá-la por tanto
tempo. Será que ela tinha feito alguma coisa estúpida? Será que tinha visto algum de seus amigos?
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Ressuscitada
VampireEm RESSUSCITADA (Livro #9 de Memórias de um Vampiro), Scarlet Paine, de 16 anos, se vê mudando de forma misteriosa. Ela está se tornando sensível à luz, é capaz de ler os pensamentos das pessoas e está mais rápida e mais forte do que nunca. Ela não...