Caitlin sentou em sua mesa de café da manhã em sua grande casa, no final da manhã, sozinha,
tentando fazer com que sua vida voltasse ao normal. Não era fácil. Ela ainda estava tremendo por
dentro e tinha se sentido assim desde que deixara Scarlet na escola. Ela simplesmente não conseguia
trabalhar naquele dia e tinha ligado para avisar que estava doente. Ruth lhe mantinha companhia,
Caleb estava muito longe no trabalho. Não que sua presença teria lhe dado muito consolo: depois da
grande briga no hospital, eles não estavam em condições de conversar.
Caitlin não sabia o que fazer com tudo isso. Ela e Caleb nunca tinham discutido antes. Isso tudo
era novo para ela e não poderia ter vindo em pior hora. Agora, mais do que nunca, quando ela
precisava dele aqui, ao seu lado, para lhe dizer que estava tudo bem. Que ela não era louca. Que ele
também tinha visto. Que ele entendia o que ela estava passando. Que ele concordava que Scarlet
precisava ser examinada por especialistas. Que algo tinha que ser feito. Que não poderia apenas
sentar lá e esperar pelo pior, negar que algo terrível estava se desenrolando diante de seus olhos.
Mas era óbvio que Caleb não estava do seu lado. Ele estava tomando o lado do racional, o
convencional, insistindo que tudo estava normal, que nada de anormal tinha acontecido. Como aquele
médico estúpido do hospital, com toda a sua lógica estúpida. Síndrome de conversão. Era ridículo.
É claro que havia uma parte de Caitlin que queria desesperadamente acreditar, se agarrar a
alguma coisa. Mas isso seria fácil demais. Ela tinha estado naquele quarto. Ela tinha visto com seus
próprios olhos o que Scarlet tinha feito. Ela ouviu aquele rosnado, tinha visto Caleb sair voando pela
sala. Essa não era a Síndrome de conversão. Não foi uma descarga de adrenalina. Foi sobrenatural.
Caitlin se recusou a deixar o estabelecimento fazer uma lavagem cerebral nela, convencê-la de
que ela não tinha visto o que viu. Alguma coisa estava acontecendo com sua filha. E ela sentia que
precisava desesperadamente de ajuda. Ela não quis ir para o trabalho, não queria fingir que tudo
estava normal - nem se permitiria pensar em mais nada - até que tudo fosse resolvido. O pensamento
disto a consumia.
Para não falar, é claro, do seu diário. Como ela podia ignorá-lo também? Depois que ela voltou
do hospital, a primeira coisa que ela fez foi voltar a lê-lo. Ela tinha que saber que era real, que ela
não estava louca. Quanto mais lia, mais ela tinha certeza. Ali estava ela, segurando algo real.
Segurando algo que até mesmo um erudito como Aiden não podia explicar. E, claro, Aiden, um
estudioso, uma figura de autoridade, era quem tinha insistido que tudo era verdade. Que Scarlet iria
se transformar em um vampiro.
Se Caitlin não tivesse encontrado o diário, se ela não tivesse se reunido com Aiden, se Aiden não
tivesse dito a ela aquelas coisas, talvez ela pudesse ser facilmente convencida, poderia deixa tudo
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Ressuscitada
VampireEm RESSUSCITADA (Livro #9 de Memórias de um Vampiro), Scarlet Paine, de 16 anos, se vê mudando de forma misteriosa. Ela está se tornando sensível à luz, é capaz de ler os pensamentos das pessoas e está mais rápida e mais forte do que nunca. Ela não...