Capítulo 3

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O segredo.

Algumas vezes nos sentimos perdidos, e não temos ideia de onde ir! Foi assim que aquele dia amanheceu (...)

Ele realmente havia ido embora e depois de bater a porta não voltou, não chegaram novas mensagens no celular, por um lado era bom. Neste meio tempo eu tirei uns dias de folga do hospital, meu estado emocional não me permitia ajudar ninguém, eu continuei com as corridas, mas em outro lugar e surpreendentemente estava melhor, sem surtos, sem carne crua, sem uma vontade incontrolável de ir ao Park Ave. Tudo ia estranhamente bem comigo, fora o vazio que eu sentia quando ele não estava.

O celular vibrou duas vezes sobre a escrivaninha, antes que a terceira sessão de vibração começasse, eu peguei o mesmo e já o atendi ainda sonolenta.

- Meisy Hebsley!

Do outro lado da linha minha chefe, eu já esperava por isso, já que os dias da minha licença estavam contados!

- Meisy, como está? Espero que melhor! Gostaria de saber ...

A mulher foi interrompida pela voz apressada de Meisy. - Segunda, eu volto segunda! Disse impaciente.

- Não era isso que eu ia perguntar, mas que bom que retorna na segunda, sem o Peter aqui estamos precisando urgentemente de você!

- Como assim sem o Peter? A voz era quase um grito, seu coração acelerou, sua pele ficou arrepiada com a noticia, suas mãos congelaram a ponto do restante do corpo sentir a diferença térmica sem ser necessário o toque.

- Ele pediu demissão, você não sabia?! Como assim? Está tudo bem entre vocês? Era óbvio que não estava, mas ela continuou insistindo até ter uma resposta plausivel.

- Não, nós brigamos! Mas eu não pensei que haviamos terminado, acho que peguei pesado, vou até a casa dele e depois nos falamos, okay? Ao desligar o celular ela finalmente se levantou, tomou um banho, colocou apenas uma calça jeans e uma blusa branca de algodão.

Os passos foram apressados, as escadas que separavam os andares não pareciam nada a essa altura, foram sete lances de escada até o térreo e de lá mais alguns passos até o carro, a chave pendurada no dedo agora abriu o mesmo impaciente. Olhou ao redor e saiu da vaga, indo em direção ao portão, estava na rua, indo até ele, mas uma sensação ruim não a deixava em paz, não sabia o que tinha acontecido, mas algo de muito ruim era quase certeza, para que ele desistisse de sua formação final.

(A rota e o tempo percorrido por Meisy está no Google Maps, acompanhe em tempo real, e encare esta aventura).

Ela seguiu pela W Baltimore St, Baltimore, MD, USA, que era uma das maiores avenidas de Baltimore e naquele momento parecia ainda maior, a angústia não a permitia pensar sobre sinais vermelhos e verdes, e seu coração estava batendo mais rápido do que o necessário já que não fazia nenhum tipo de esforço fisico. Entrou na Holliday Street, Baltimore, MD, Estados Unidos, em seguida na

E Fayette st e seguiu pela última rua N Wolfe St onde ele residia no número 30.

Ao chegar a casa dele tudo estava fechado, as cortinas não transpareciam luz e não havia barulho. Ela estacionou na rua e desceu, ao bater na porta ouviu algo nos fundos e correu até lá, ela não sabia porque havia tomado essa decisão, mas imediatamente ela havia se arrependido dela, ao encontrar novamente a figura que lembrava seu pai, em pé ali em sua frente, agora sem as sombras da madrugada para escondê-lo.

- Quem é você? Dizia assustada e preparando-se para correr, mas não antes de ter algumas respostas! - O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? ONDE ESTÁ O PETER? Os gritos fizeram o homem virar para ela, e realmente era ele, seu pai. Por quem ela tinha chorado com dezesseis anos, para quem ela tinha levado flores no túmulo por sete longos anos.

Sangue Alfa Livro I  - Iniciação (SOMENTE Degustação. )Onde histórias criam vida. Descubra agora