Parte 25

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O despertar de Eduarda foi quase que no instante seguido ao adormecer de Clara. O brilho iluminado do sol que emanava por entre as cortinas do quarto, eram suficientes para colocá-la de pé. Olhou ao lado e percebeu que Clara ainda dormia, então resolveu deixá-la por alguns instantes para ir até a padaria.

— Bom dia, meu amor! — Clara disse, ao despertar com a presença sorrateira de Eduarda na companhia de uma bandeja de café da manhã.

— Não existe sensação mais gostosa que acordar e o primeiro rosto que ver ainda cedo, ser o de um anjo! Bom dia, minha pequena! — Eduarda devolveu, beijando-lhe a testa e empurrando a bandeja para mais próximo daquela que acabara de despertar.

— Vi seu celular despertar cedo, antes que te acordasse, o desliguei e tomei a liberdade de preparar esse mimo para você. — Eduarda falou encarando o pequeno retângulo farto à sua frente.

A bandeja estava recheada. Com apetite de uma onça, Clara começou a degustar tudo que estava ali, a começar pelos morangos. Pegou um deles e fez questão de servir na boca de sua amada. Logo depois, pegou a geleia, e logo na terceira colherada, deixou sem querer, cair um pouco em cima de Duda. A ação, ainda que desastrada, veio a calhar. O sorriso sardônico de Clara fez Eduarda ler seus sórdidos pensamentos.

— Precisamos limpar essa bagunça. Que tal um banho? — Ela interrogou, enquanto passou o dedo na área da perna coberta de geleia e se deliciou. — Se bem que achei minha nova forma favorita de comer geleia. — Riram juntas da ousadia das palavras de Clara, mas não retardaram a caminhar até o banheiro.

O box parecia um cenário pequeno perto da combustão que emanavam. O beijo era quente, nem a temperatura da água era páreo para duelar o quanto. Eram tão intensas que sentiam faíscas a cada vez que se aproximavam. Clara espremeu o sabonete liquido em suas mãos e passou em seu corpo, seguidamente repetiu a ação na corpulência de Eduarda. A delicadeza com a qual ela produzia aquele ato, fazia os pensamentos de Eduarda alçarem voos cada vez mais longos. A intimidade entre elas estava fluindo de modo tão natural, que só perceberam quando já estavam no momento da escovação. A audácia de Clara em falar com a boca cheia de creme dental trazia certa aflição na expressão de Eduarda, que evitava qualquer contato com o mundo exterior sempre que iniciava seu processo de escovação. Descobriram assim a primeira incompatibilidade de casal.

— Agora precisamos ir... Eu ainda preciso passar em casa para pegar algumas coisas antes de ir para a redação.

— Ah, não! Foi tudo premeditado. Você vai mesmo me matar de saudades o dia inteiro? — Relutou de um jeito manhoso.

— Eu também vou sentir saudades. Mas, bem, alguém precisa trabalhar, não é? — Questionou do jeito mais aveludado que conseguiu. — Alias, agora que percebo... Nunca te perguntei, você trabalha, estuda? É estranho porque ainda sei tão pouco sobre você e a sensação que tenho é que já te contei tudo de mim.

— Meu amor, até pensei em trabalhar, mas depois que descobri que a minha namorada é colunista de uma grande revista... Zerei a vida e passei a aceitar de bom grado ser sustentada por você! — falou sorrindo abertamente.

— Você devia aprender a falar sério de vez em quando. — Gargalhou. — Mas bom, já que minha digníssima namorada está com agenda livre para hoje, que tal almoçarmos juntas? Você me busca no jornal e é bom que aproveita para conhecer um pouco mais de perto a minha rotina de trabalho. O que acha?

— Sério? Eu posso? — Sentiu-se atordoada. — Claro que quero! — Aceitou com grande animação o convite. 

Apesar de não ter entrado suficientemente no assunto, Eduarda tinha consigo a sensação frustrante de que Clara estava escondendo-lhe algo. Ou talvez fosse apenas seu grande pessimismo em acreditar cem por cento nas pessoas. 

 

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1 - O preço de uma mentira [ ROMANCE LÉSBICO]Onde histórias criam vida. Descubra agora