My Senpais

Oli-Onii-Chan: Chegada

Nota: Isso acontece cronologicamente antes do capítulo anterior. Capítulo pequeno? Sim! Por que? Preguiça!

Eu tambem terei de viajar ainda hoje.

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Ao ouvirmos o barulho de coisas caindo e quebrando pela casa e de portas batendo, eu e meu irmão acordamos subtamente. estávamos no meu quarto, após uma noite inteira de treino de japonês. oliver havia me pedido para ensinar ele, agora que tinha novos amigos que não faziam ideia do que ele falava 90% das vezes.

Deviamos ter dormido na cama do meu quarto, onde estávamos agora soterrados de papeis com kanjis escritos e confusos.

- O que?! - falei, mas então eu e Oli-nii-chan nos encaramos. Só tínhamos nos dois na casa e nossa avó não tinha uma cópia da chave. Não havia mais ninguém para fazer o barulho que havíamos ouvido.

- O-o-onee-sama...

Dei um sorriso improvisado, tentando inspirar confiança.

-Tudo bem, tudo bem. Eu vou lá e você fica aq-

- Não. - Oli-nii-chan tremeu - Quer dizer... eu vou junto. Algo pode acontecer com a Onee-sama e eu tenho de protege-la!

Ri minimamente com a ideia, mas ao final dei um olhar compreensivo, murmurando para que ele ficasse atrás de mim. Com as mãos dele se agarrando a minha blusa, me encaminhei para a porta. Adentrei por fim no corredor que ligava os cômodos a sala. Tudo escuro.

Por um momento, me perguntei se realmente havia algum barulho. Se não tinha sido um sonho e, ao acordar assustada, eu acabei por assustar Oli-nii-chan. Mas, como se para me mostrar que ele era real, ouvi estiçalhos de vidro. Percebi pela fresta da porta que a luz da sala estava ligada.

- Mas que ladrão inútil - murmurei, mas eu já fazia ideia de quem poderia ser. Me aproximei mais.

Ao ouvir a voz sarcasticamente alta por trás da porta e uma tentativa de riso delicado acabando em mais um estiçalho, tive a minha confirmação: meus pais tinham chegado.

- Ah, queridos! - Nosso pai deu um grande sorriso do meio da sala destruida, como se nada estivesse diferente. - Acordamos vocês? - Isso obviamente era uma pergunta retórica. Nós estávamos acordados a não ser que isso fosse mais um sonho.

- Nada haver, pai, como vê ainda estamos na minha cama dormindo! - Comecei emanando sarcasmo só para me virar para minha mãe e perguntar delicadamente - Como foi a viagem, mãe?

A última coisa que eu diria na minha vida era que meus pais combinavam. Meu pai, Rei Miura, apesar de médico, era alto demais, com os cabelos negros espetados e pele levemente morena. uma rala barba enfeitava seu rosto e ele era muito, mais muito sarcastico e zueiro. como se essa combinação já não fosse desastrosa, ele também era um pai coruja.

Já nossa mãe se chamava Katherine Kuruta Miura. Ela escolhia ficar mais na dela, séria alguma das vezes e divertida nas outras. era muito inteligente e, mesmo que não conseguisse enxergar mais que a luminosidade do ambiente, era carinhosa com todos da família. tinha cabelos loiros e lisos como os de Oli-nii e nas raras vezes em que abria os olhos víamos o vermelho belo que eles emanavam, assim como nos meus olhos e no olho esquerdo de Oli-nii-chan.

Nossa mãe quase não trabalhava por causa do problema de visão. Ela estava tentando voltar a pintar, assim como fazia na época da faculdade em que sua visão era levemente melhor, mas o que ela produzia ão era nada que pudesse nos sustentar. Ainda bem que tínhamos nosso pai com o otimo emprego de médico dele para sustentar a família.

- Oto-dono! Oka-sama! - Oli-onii-chan pulou em cima deles, os abraçando.

Eles fizeram uma pequena "festa", com abraços beijos e gargalhadas... e eu não hesitei em entrar nela também.

Por fim, eu apenas suspirei, me desviando para a cozinha. o sorriso não saia do meu rosto

- Nãso tem jeito, parece quer eu vou ter de cozinhar para quatro hoje...