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Cheguei em casa, chorei, chorei muito, por algum motivo o rosto daquela garota me lembrava das feições daquele tal medico de doze anos atras, isso me fez lembra de tudo, e mais uma vez desabei, toda vez que lembrava do meu pai, do meu heroi, meu mundo vinha abaixo, há doze anos eu chorava assim, todas as vezes que as lagrimas levavam minhas dores a voz daquele medico em complo com minha mente sempre faziam questão de me lembra de tudo novamente, tomei a ducha mais rapida da minha vida, corri para o serviço, ja estava atrasa o meu chefe me recebeu aos gritos eu ñ tava pra papo então mandei o cara ir se foder, obviamente fui mandada embora, ele disse que nem precisava ficar ali hoje, e que era so pra mim passar lah amanha pra acerta as contas.
Eu odeio bebida, odeio ñ so pelo gosto, mais pq ta vez que volto do trampo e passo em frente ah esses botecos penso " quantas familias foram destruidas hoje?" porem hoje eu esqueci de tudo isso e bebi, bebi ate ñ sobra um centavo, bebi ate esquece onde morava, ate esquecer quem eu era, na verdade sobrou dinheiro, sobrou o suficiente pra um cigarro de maconha, enquanto fumava pela primeira vez e sentia aquela fumaça em meus pulmões pensei no abismo que aquilo tudo era, pensei no fundo do poço que eu me encontrava.

vida longa, mundo pequenoOnde histórias criam vida. Descubra agora