Capítulo 1

589 25 2
                                    

Samantha ~
Acordo com o sol entrando pela janela, olho na cabeceira são exatamente 08:24 dou um leve sorriso por ser sábado e meus pais irem viajar. Levanto, vou ao banheiro faço minhas higienes, tomo um banho demorado, lavando meu comprido cabelo, volto ao quarto e coloco um vestidinho solto azul marinho, com uma gladiadora, assim desço as escadas rumo a cozinha. Em cima da mesa encontro um bilhete

Filha, já fomos para roça, não quisemos te acordar, voltamos segunda a noite, tem comida na geladeira, se comporte. Beijos. Mamãe

Impossível não dar uma gargalhada, afinal amava passar finais de semana sozinha em casa, apesar de nunca aprontar, sempre era bom ter um tempo pra mim.

Rafael ~
Já se passam das 9 e eu ainda não dormi, com essa história do meu irmão mais novo está envolvido com crime, não me conformo, Artur sempre teve o melhor, sempre foi o mais adulado por nossos pais, depois que papai morreu, sinto como se ele fosse minha responsabilidade. Mas por problemas com minha mae tive que sair de casa e hoje moro sozinho. Não aguentando mais de agonia, levanto da cama ainda feita, tomo uma ducha fria, pego a primeira blusa que vejo no closet uma bermuda e coloco a alpargatas que estava perto do sofá, pego apenas minha carteira e a chave do carro, desço o elevador até a garagem, abro o carro e vou em direção a casa de Antonieta, chego lá em 5 minutos paro o carro, como tenho a chave abro o portão e vou em direção a casa, chego lá encontro-a deitada no sofá de poucas roupas com um homem ao lado. Não me contenho com tamanha falta de vergonha. Minha primeira reação e pegar um vaso que estava em cima de uma mesa de centro e o destruir em mil pedaços, os dois acordam assustados. Ela ao me vê se cobre, ele sai em direção a porta usando apenas uma cueca. Então ela começa a fazer o mesmo show de sempre.
Antonieta - como ousa entrar na minha casa dessa forma?
Rafa - já era de se esperar, meu irmão naquele lixo de delegacia e você aqui se esfregando com o primeiro que aparece.
Antonieta - cala a boca, que eu ainda sou sua mãe
Rafa - minha mae? E solto uma risada sarcástica. Uma coisa que você nunca foi, ser mae é diferente de ser uma chocadeira
Antonieta - seu muleque
Falou avançando em mim, apenas desviei e sai daquela casa maldita, com a cabeça a mil, só queria saber em que delegacia meu irmão passou a noite e não ter visto aquela cena patética. E mais uma vez estou me fazendo a mesma pergunta. Como meu pai casou com uma mulher dessa?

Samantha ~
Depois de tomar meu café da manhã, me jogo no sofá e vou vê televisão vejo dois filmes e acabo adormecendo, acordo assustada e foi ai que vi meu celular com 2 ligações não atendidas, quando vou vê era Bianca, minha melhor amiga, retorno na hora.
Samantha - Oi amiga
Bianca - amiga preciso de você - disse aos prantos
Samantha - o que aconteceu bi?
Bianca - não posso falar por aqui amiga, só vem pra minha casa agora.
Desligo o telefone, só pego uma bolsa de lado, como a casa dela é um quarteirão da minha em 3 minutos chego lá, toco o interfone quem atende é tia Delma, sempre muito bem educada. Entro as pressas, apenas a comprimento com um beijo e vou para o quarto de bi, chego lá tenho a certeza que algo muito grave aconteceu, ela está jogada no chão, com o rosto muito inchado, maquiagem toda borrada. Me sendo ao lado dela, e coloco sua cabeça no meu colo, então ela começa a falar.
Bi - amiga, Artur está detido
Samantha - como assim amiga? Na hora foi um choque até pra mim, imagina pra bi, que o namora faz mais de ano.
Bi - eu não entendi direito, Pedro me ligou e falou que artur foi pego com uma quantia de doce que é considerado tráfico, que ia passar a noite lá, e só sairia no outro dia depois das 13:00
Samantha - amiga, o que você está pensando em relação a isso?
Bi - não sei. Mas qualquer coisa eu o perdoarei

Rafa ~
Já fui em duas delegacias e nada de encontrar, já são quase 12:30 e em meia hora ele vai está solto, e é de mim que ele precisa, estou indo a outra delegacia, paro o carro e desço andando em passos largos e rápidos. Então em alguns minutos entro na sala do delegado Moraes.
Moraes - então você é irmão daquele pivete.
Minha vontade é de meter um soco no meio da cara desse gordo, quem ele pensa que é pra falar assim do meu irmão? Pelo meu olhar ele percebe e muda a expressão
- então, seu irmão foi pego com uma quantia de alucinante, o famoso doce, essa quantia é considerada tráfico. Pelo depoimento dele, ele ter falado que era apenas usuário, iremos solta-lo mas ele não poderá sair da cidade no próximo mês, ou até ter um Papinho com o juiz. Então vejo meu irmão entrando naquela sala, algemado, com o olhar triste e envergonhado, ele não conseguia olhar pra mim e eu o entendia. Saímos de lá, seguimos no carro sem trocar uma palavra, entrei na garagem do meu apartamento, chegando lá dei uma toalha a ele, e falei pra ele ir tomar um banho, e depois ir no closet pegar alguma roupa.

Maldito DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora