Capítulo 22

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O coração de Louis estava batendo tão forte quanto seus dedos estavam apertados na barra da sua jaqueta, o pobre garoto estava se sentindo como se as paredes estivessem se fechando ao seu redor. Abalado, assustado e simplesmente com medo, ele de alguma maneira conseguiu forças para chegar até aqui, na delegacia de Policia de Londres. Aquele lugar onde Harry estava indo para viver uma grande parte da sua vida, longe de Louis ou de qualquer ser humano, tirando os prisioneiros ao seu lado. Tinha se passado um mês desde o julgamento, e Louis estava surpreso com ele mesmo por ter ido até lá por vontade própria. Ele queria ver Harry, mesmo que ele estivesse em um macacão laranja e seu cabelo estivesse espetado em todas as direções possíveis. Ficar sem ele por mais um mês ou dois era algo que ele não queria. Ele pode não ser capaz de tocá-lo ou ouvi-lo como antes novamente, mas isso é tão bom quanto o que ele estava esperando. As paredes eram brancas dentro do prédio e o piso um bege feio. Ele parecia absolutamente hediondo e Louis odiava isso, sentindo como todo o seu corpo começou a tremer mais do que o necessário. Ele fez o seu caminho até a mesa onde uma mulher loira sentou, ela se endireitou na cadeira quando ele se aproximou.

"Oi," ele disse calmamente olhando para ela. "Eu sou um visitante para Harry Styles. Eu tenho um compromisso."

Primeiro a mulher o olhou confuso e teclou algo em seu computador, seus dentes raspando e prendendo seus lábios carnudos. Seu batom ficou um pouco manchado. Louis queria dizer a ela, mas mesmo que não quisesse que isso acontecesse ele sabia que sua voz iria quebrar assim que saísse de seus lábios.

"Você é Louis Tomlinson?" Ela perguntou. Louis apenas balançou a cabeça. "O Louis Tomlinson?"

"Eu suponho que sou", ele murmurou de volta conseguindo segurar a voz firme. "Posso vê-lo?"

"Tem certeza?", perguntou a mulher. "Esta será a sua última chance."

"Tenho certeza."

Ela olhou para ele, as sobrancelhas finas subindo quando ela continuou a digitar em seu computador. Seu olhar cintilou de volta para a tela apenas quando Louis se virou e olhou para o nada, as pontas dos dedos encontrando seu caminho até a bainha de sua camisa. Ele a puxou, ouvindo os cliques das unhas contra os botões do teclado. Logo ela lhe entregou algumas folhas de papel e disse para ele: "Assine para fins de segurança que você concorda em ter guardas em torno de você." Louis não tinha escolha, mas assinou porque obviamente caso contrário ele não poderia ver Harry. Ela agradeceu-lhe quando ele deu os papéis agora assinados para ela de volta e disse-lhe para sentar-se em um dos sofás enquanto ela faz algumas chamadas. Louis não achou necessário ter policiais com ele sabendo com 252 por cento de certeza que Harry não iria lançar um único dedo contra ele, mesmo assim Louis teve que se sentar e esperar lá por pelo menos quarenta minutos antes de um homem e uma mulher com uniformes da polícia aparecer na frente dele e pedirem para ele ir com eles.

"Você tem trinta minutos." Eles disseram. Louis teria que tirar o melhor proveito da situação.

Ele foi levado para uma sala cheia de portas e janelas mínimas. Louis pode ver como alguns prisioneiros começaram a bater nas janelas e nas portas. Eles eram das celas da prisão, Louis tinha adivinhado. Ele ecoou em todo o corredor e talvez até mesmo Louis se aproximou mais dos policiais. Era como se ele não pudesse sentir nada. Ele se sentia vazio e frio. Ele nem sequer sabia se ele estava feliz ou infeliz. Louis olhou para cima quando a mulher parou e começou a olhar através de uma grande quantidade de chaves trancadas em um anel chave, movendo-se para o lado. Ela começou a destrancar uma porta. Louis imediatamente ficou mais quente quando o pensamento de Harry estar ali cruzou sua mente e ele estava prestes a entrar mas foi puxado e afastado pelo homem. Ele disse que iria entrar em uma sala separada para que eles pudessem falar livremente através de um telefone. Louis sabia exatamente o que ele estava falando. Ele nunca tinha feito algo assim antes. Ele se sentiu frio novamente.

Alaska - Continuação.Onde histórias criam vida. Descubra agora