Locked Fate | l.t.

21.

Ao acordar e olhar ao meu redor reconhecendo o fundo esterilizado de hospitais, a segunda coisa que me apercebi foi que eu já não tinha um barrigão mas sim a minha barriga normal de meses atrás, de quando não estava grávida.

No silêncio da minha mente, pensei que talvez eu tivesse sonhado com tudo isto que eu não tinha fugido do Louis ou que nunca tinha estado grávida. Esse pensamento assustou-me.

Todo esse pensamento foi esquecido quando a porta do quarto abriu e a pessoa revelou ser Louis. Naquele momento não haveria melhor pessoa para me fazer sentir segura.

" Ally. Oh meu Deus !" - exclamou Louis ao abraçar-me
" Hey..." - murmurei fraca
" Eu tive tanto medo..."
" Lou como estão os nossos bebês ? Por favor diz-me que eles estão bem." - quase implorei
" Algo se passou durante a noite, acho que foi deslize de placenta, eu não entendi bem com toda a preocupação. Tiveram que tos tirar á força porque não haveria forma de os salvar a ti e a eles de forma natural." - ouvi Louis suspirar - " Tu perdeste muito sangue e estavas em risco mas os nossos bebês não estavam muito melhor. O A é um menino muito saudável e com ele parece estar tudo bem. Quanto a B... A nossa menina não parece estar muito bem, tem pouco peso, está na incubadora e os médicos estão a fazer testes há algum tempo e ainda não me disseram nada."
" A e B ?" - perguntei curiosa
" Como não queria decidir o nome deles sem tu acordares, decidi dar-lhes as letras da ecografia."

Não pude evitar sorrir com esta de Louis. Quero muito ver os meus bebês, espero que corra tudo bem com a minha menina.

" Será que posso vê-los ?" - perguntei a Louis
" A está a dormir agora mas B está acordada, se quiseres vê-la." - informou-me Louis, sendo interrompido pela a porta a abrir
" Ah Ally vejo que já acordou." - ouvi Dra. Montgomery cumprimentar-me
" Sim Dra. Acha que eu podia ver os meus filhos ?"
" Depois da operação e de todo o sangue que perdeu deveria descansar mais um pouco mas sei perfeitamente que está muito ansiosa para isso." - virou-se para Louis - " Avise a enfermeira e tenham cuidado que ela está sensível."
" Claro Dra. eu tomarei conta da Ally." - sorriu-lhe e piscou-me o olho

Depois de Louis me ajudar a sentar na maldita cadeira apressou-se, para muito agradecimento meu, a dirigir-se ao berçário. Quando lá chegámos vi muitos bebés e devido ao agora ser mãe, muito feliz. Mas Louis continuou a andar para frente do vidro da sala cheia de bebés, parando numa porta mais á frente. Abriu a porta e empurrou a cadeira para dentro.

Ali estavam, os meus bebés. Um bebé embrulhado numa mantinha azul com um gorro da mesma cor se encontrava a dormir profundamente, naquele momento vê-lo respirar deu-me um alívio tão grande e me fez soltar um suspiro que eu não estava á espera de ter.

Louis percebeu imediatamente a minha intenção e rolou as rodas até perto do berço do nosso filho. E ao vê-lo de perto não me tirou o sentimento que eu tinha, pelo o contrário aumentou-o. Ele tinha o cabelo castanho do seu pai e isso fez-me sorrir. E ao desviar finalmente o olhar do meu menino, reparei na máquina a menos de um metro.
Ao olhar atentamente uma bebé olhava atentamente para mim e eu soube. Era A, a minha menina surpresa. Ao aproximar-me da máquina reparei que ela estava ligada a algo, com vários tubos espalhados pelo o seu pequeno corpo mas nem isso me faz perder o animo de ver a minha menina pela primeira vez. Era era tão linda que derreteu o meu coração.

O medo de os ter perdido tinha abalado toda a minha confiança mas estar finalmente a ver os meus meninos fora da minha barriga, era uma sensação que não tinha explicação. Um felicidade infinita.

Peguei na sua pequena mão, e os seus pequenos dedos fecharam com a mão na sua. As lágrimas vieram aos meus olhos.

" Ela é linda não é ?" - perguntou Louis
" Muito e o melhor é que ela é nossa." - sorri emotiva
" Ela é muita parecida contigo." - afirmou Louis
" Está calado, ela tem os teus olhos." - brinquei
" Eu sei mas o resto é tudo teu, o seu cabelo loiro é o mais evidente." - riu Louis

" Acho que já sei os nomes deles..." - afirmei
" Espero que seja os que nós escolhemos." - gargalhou Louis
" Bea Alice Tomlinson e Arthur Blaine Tomlinson."
" Eu adoro. Os meus filhos tem nomes melhores que á mãe." - disse ao brincar Louis
" Hei !" - exclamei, batendo-lhe no braço
" Estou apenas a brincar Al." - disse ao dar-me um beijo na cara