Locked Fate | l.t.

12.

Desculpem pela a demora ! Bloqueio de escritor é frustante. Obrigada por lerem.

- Magda

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Depois de muito chorar, acabei por adormecer.

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Isto está a ser demais para mim. Se ele não me quiser contar a verdadeira razão para desaparecer durante horas, chega. Grávida ou não, não tenho de me sujeitar a tudo isto. Eu sempre fui indepentemente, mesmo namorando com Louis.

A única coisa que me magoa é ver seis anos de relacionamente irem pelo cano abaixo por uma mentira ou algo que o Louis anda a esconder mas apenas demonstra o quanto ele realmente me ama. 

O amor é uma coisa estranha, de todas as formas e feitios, têm o poder para te levantar como te pode destruir. Foi graças ao tipo de amor que os meus pais tinham por mim, que o Peter aconteceu. Eles não queriam saber de mim, sempre fui eu, sozinha. Apenas queriam o alcóol. A minha única sorte foi os meus tios que me amavam como filha. E ajudaram-me quando eu mais precisei.

Quando pousei os meus pés no chão, senti um formigueiro ligeiro. Deve ser de estar deitada há muito tempo. Não tenho nenhum sinal de que Louis esteja no quarto ou no banho. E ainda bem porque depois do que se está a passar eu não me vou permitir sofrer desta maneira, afinal eu não posso contar só comigo agora. Porque o que eu sinto, o bebé sente. E ele não merece sofrer desta maneira.

E isto tem de acabar. Agora.

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Depois de ter arrumado as minhas coisas, apercebi-me do que estava a acontecer. Eu vou mesmo desaparecer. Eu preciso de um pouco de paz porque todas estas preocupações não me estou a fazer nada bem. Estes últimos tempos deviam ser felizes mas isso não aconteceu. Eu tenho 22 anos, sou uma adulta, sei ver bem as coisas como elas são na realidade. E não me esqueci que Peter está de novo á solta.

Falei com Mr. Harrison e inventei uma desculpa qualquer que tinha de me ausentar um pouco porque causa da gravidez, ele foi muito simpático e disse que iriam sentir saudades minhas no escritório e quando me sentisse preparada, que ele começava a enviar o trabalho por computador. Fiquei contente porque não quero parar mesmo de fazer o meu trabalho. 

Quando acabei de arrumar as malas no carro, não sabia se deixava algo a Louis mas sacudi essa ideia da minha cabeça. Ele não merece. Ao ligar o carro, olhei para aquilo que tinha sido a minha casa durante tanto tempo e todas as lembranças que ali estavam e que eu tinha de esquecer, pelo ao menos, por agora. E parti, para viagem que ainda não tinha rumo mas eu esperava encontrar.