Estava a dormir profundamente mas num momento estava a andar no parque com os meus bebês e Louis e noutro estou a acordar bruscamente ao ouvir um alarme insistente e barulhento.
A minha mente pensa no pior e levanto-me rapidamente e corro param o quarto onde Arthur e Bea estão. E vejo enfermeiras e médicos á volta da incubadora.
" Ela não está a respirar !" -gritou a enfermeira
" Preparem as pás !" - ordenou um médicoSenti alguém a correr e parar ao pé de mim. Olhei por um segundo. Louis.
" O que se está a passar ?" - questionou Louis
" Ela não está a respirar..."Eu posso descrever que parecia que estava a ver isto a desenrolar-se fora do meu corpo, como uma experiência maluca. Eu vi os médicos a tentarem vez e vez sem conta trazer a minha Bea de volta. Vi o seu pequeno corpinho ser atingindo com tantos volts e não haver reação. Vi a massagem cardíaca e a entubarem-na. Nada disto resultou. A minha bebê continuou imóvel e de olhos fechados sem nenhum sorriso ou os seus olhinhos a brilhar quando nos ouvia falar com ela.
E finalmente o que tornou tudo mais real, foi o médico a declarar o óbito. O óbito da minha filha.
E aí, eu não aguentei. Tudo ficou escuro e por momentos senti-me em paz.
...............
Ao acordar, senti aquele instinto de que algo estava mal e foi aí que me lembrei de tudo antes de desmaiar. O meu coração começou a bater muito rápido quando a realidade regressou. A minha menina partiu.
A minha Bea... As lágrimas começaram a cair.Senti alguém a segurar-me na mão e ao olhar vi que era Louis e honestamente, ele estava uma absoluta desgraça, pálido com os olhos muito vermelhos.
" Al. Pensei que me ias deixar sozinho." - murmurou Louis
" A Bea Lou, a nossa menina..." - apertei a sua mão" Eu sei, eu sei..." - Louis disse e senti as suas lágrimas
Queria dizer que o que estava a sentir era temporário, que a dor iria passar mas e se não passasse ? Esta dor é das piores na vida e eu já passei por muitas.
Ela era um bebé inocente, que raio de destino é nascer para viver 6 dias ?! A minha Bea que eu queria ver crescer ao lado de Arthur, o meu menino que nunca vai conhecer a irmã propriamente e nós que nunca a vamos ver a sorrir nunca mais. E isso magoava mais que tudo." O que vamos fazer ?" - murmurei
" Vamos fazer o que fazemos sempre. Levantar-nos ainda mais fortes e sem nunca esquecer."Voltar á sala onde Arthur estava sem Bea, sem a minha menina ali ao lado foi uma experiência que não quero que nenhuma mãe sinta.
O meu menino continuava vibrante e sem saber do que se passava á volta dele. Ele tentava compreender o que se passava quando me caia alguma lágrima a mim ou a Louis. Quando na mesma noite que Bea partiu, eu adormeci-o no meu colo e chorei, ao acordar e ver-me assim Arthur apenas um bebézinho chorou por me ver assim. E sei que é por ele que não posso ir abaixo.
" Al ?" - ouvi Louis entrar na sala
" Já temos de ir ?"
" Está na hora de nos despedirmos de Bea."Estar num funeral, onde a pessoa que morreu era um bebé, que o seu caixão era branco, puro e tão pequeno já era devastador. Mas devastador e arrasador era, que era a minha menina que ali estava. A minha Bea.
Não me lembro de muito, estava num estado de choque para tentar perceber o mundo há minha volta. Lembro-me de os rapazes, especialmente Niall a tentar falar comigo mas eu não conseguia nem queria ouvir ninguém, até o meu primo veio da Alemanha para assistir e nem com ele eu falei.
A única pessoa que eu nunca larguei, que esteve sempre ao meu lado a segurar a minha mão foi Louis. Ambos estávamos a passar pelo o mesmo, compreendíamos a dor um do outro.Quando baixaram o caixão de Bea, foi aí que toda a dor veio toda de uma vez, eu chorei tão alto que se ouvia por todo o cemitério e Louis tinha absoluta certeza que estava ao meu lado a fazer o mesmo.
Porque é que dói tanto ?
Bea era um alma boa que nasceu e que morreu antes da sua hora. Nós, os seus pais, nunca a esqueceremos.Louis P.O.V
Doí tanto, de uma forma inexplicável. Nunca chorei tanto na minha vida, a minha bebé.
Durante todo o funeral, as pessoas vinham prestar as condolências mas todo isso não significava nada. Nem quando os rapazes tentaram . Ally não reagiu a nada, parecia estar em estado de choque. Apenas quando o caixão de Bea desceu, parece que a realidade se instalou na mente dela e acho que nunca ouvi alguém chorar tão alto, tão dolorosamente sentido. Eu estava no mesmo estado.
Abraçado á Ally, devemos ter ficado assim durante algum tempo. A sentir a dor da nossa perda.
Depois de todos se irem embora, até Josh o primo de Ally que não nos queria deixar neste estado sozinhos, percebeu que nós dois precisamos de um momento a sós.
" Porque teve de ser assim Louis ?" - disse prestes a chorar de novo
" Não sei Ally. Sei que talvez o destino quis assim, não podemos mudar nada. Talvez fosse um destino bloqueado [ Locked Fate, referencia ao título da história (: ]. Talvez o tempo que tivemos com ela foi para ter impacto nas nossas vidas."
" O destino foi cruel então." - murmurou Ally
" Oh se foi..."Mas o mais importante é que Bea nunca seria esquecida.
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Locked Fate | l.t.
FanfictionA minha vida era completamente normal. Tinha acabado a faculdade, um emprego que realmente gostava. Um namorado que me amava tanto quanto eu o amava a ele. Até que uma vida se perdeu.... " Se pudesses voltar atrás mudavas algo Louis?" - perguntou...