Locked Fate | l.t.

17.

" Já vi que vocês conversaram tudo." - comentou Josh

" Desculpa primo, não era para demorar tanto mas eu acabei por adormecer."

" Não faz mal, não ouvi assim tantos gritos portanto espero que tenha corrido bem..."

" Eu apressei-me nas minhas decisões Josh e se calhar por causa disso eu perdi o Louis..."

" Não penses assim, eu vi como vocês os dois olham um para o outro. Um amor desses não acaba assim." - abraçou-me

" Espero que sim Josh, espero que sim...."

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Acordei cedo, mas hoje é o funeral dos meus tios e não consegui dormir nem mais um segundo, estar tão avançada na minha gravidez também não ajuda. Já é difícil encontrar um posição confortável para dormir com este barrigão...

Vesti o vestido preto designada para a ocasião e fui até á cozinha preparar um chá e aproveitei também para fazer um pequeno-almoço a Josh que sei que vai precisar neste dia complicado.

Espero não ficar ainda mais sobrecarregada com este dia, não me faz bem a mim e ao bebé. O que me lembra que tenho de falar com Louis, não sei se ele vem ao funeral ou .... Bem, foi tentar esquecer isso por hoje.

" Bom dia." - ouço a voz do meu primo

" Bom dia Josh." - fiz uma pausa e analisei-o - "Vai ser um dia complicado mas estou aqui okay ?" - abraçei-o

" Eu sei Ally, eu sei..."

" Agora come o teu pequeno-almoço.." - mandei

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Estou abraçada a Josh desde que entrámos neste ambiente negro de cemitério. Não consigo parar de chorar nem que seja silenciosamente. O meu primo não está melhor que eu...

Muita gente veio ao funeral dos meus tios, é normal eram as melhores pessoas do mundo, não me surpreende nada. Ao menos sei que foram amados verdadeiramente enquanto viveram e ainda agora o são.

Ainda não vi Louis, Blair já veio falar comigo e tentou confortar-me. Os meus pais tentaram falar comigo mas apenas finge que eles não existiam.

Mas não há nada que apague ou alivie a dor, perder alguém é sempre difícil.

Eu tento não me perder neste estado de profunda tristeza, tenho um bebê dentro de mim não quero passar esse tipo de emoções negativas para ele.

Ao ver agora os caixões dos meus tios a serem colocados na terra, torna isto tão mais real, tão mais doloroso.

Perco a restante força que tenho nas minhas pernas e nem o meu primo está suficiente bom para me segurar, quando sinto que estou prestes a cair no chão sinto alguém pegar em mim.... E me abraça, algo que nem sabia que eu necessitava tanto.

Ao olhar para a pessoa, é Louis. Ele veio, ele realmente veio. Consigo dar-lhe um sorriso fraco e abraço-o de novo.

" Louis é melhor levares-a para casa, isto é demasiado esgotante. Eu vou dar uma volta sozinho..." - ouço a voz fraca de Josh

" Não Josh, eu quero estar aqui contigo..." - digo

" É melhor Ally, isto não é bom para ti ou para o bebé." - tentou racionalizar Louis

" Okay eu vou mas se precisares liga." - abracei Josh e comecei a caminhar com Louis

" Como estão os rapazes ?" - perguntei a Louis

" Bem, a Lux está farta de perguntar por ti..."

" Hei de visitá-la..." - Louis abriu-me a porta e entrou pelo o seu lado

" Sentes-te bem Ally, realmente ?"

" Não..." - suspirei - "Sinto-me esgotada fisicamente e mentalmente. Estou tão grande que nem uma baleia, não consigo dormir como deve ser... Tanto estou contente quando já estou a chorar de novo. E com isto ainda por cima, tu sabes Louis o quanto eles significavam para mim. Senão fossem eles provavelmente eu estaria morta ou seria uma alcoólica e drogada. Eles salvaram-me e eu não pude fazer o mesmo por eles."

" Oh Ally..." - pegou na minha mão - " Nunca estiveste tão bonita como agora, ver-te grávida é um sonho para mim além das estrelas. Os acidentes acontecem, foram os teus tios, podia ter sido eu e os rapazes ou a Blair." - estremeci com o pensamento sequer da morte de Louis - " Mas o importante é que não podemos controlar nada e tudo acontece por um motivo, sendo os antecedentes e consequências cruéis ou não."

" Sabes sempre o que dizer..." - murmurei ao enconstar a cabeça no vidro e fechando os olhos - " Mas isso não me traz conforto nenhum." - murmurei

Ao fim de quinze minutos senti o carro de Louis parar.