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Essa é a minha primeira fanfic nesse gênero meio dark (não sei se manjo, me desculpem se vocês rirem ao invés de chorarem de medo), e também é minha primeira fanfic em terceira pessoa. Resumindo, diferente de tudo que eu já escrevi!!! Por favor, me digam se não curtirem alguma coisa e principalmente se curtirem, é MUITO IMPORTANTE PRA MIM!!!
(Espero que a música esteja ai)

Boa leitura chuchus.

1890

Era uma noite chuvosa, Harry Styles, um garoto de doze anos que com cachos e bochechas coradas, escondia-se debaixo da cama. Seu coração batia acelerado quando ouviu seu pai, o senhor Styles, subir as escadas devagar. Havia feito algo de errado, sabia muito bem que não deveria subir no sótão, mas como qualquer outra criança curiosa, se arriscou no quarto frio e escuro. Harry nem sequer havia mexido em alguma coisa, tinha certeza de que seu pai estava adormecido na poltrona em frente a lareira, e a chuva não lhe dava a possibilidade de ir até o lago com seus amigos.

Louis. Pensava no garoto enquanto ouvia o rangir da madeira se aproximar. Sabia muito bem o que estava por vir.

Logo que estava pronto para descer as escadas velhas e sujas, seu pé deslizou dolorosamente pelos degraus, fazendo-lhe cair de costas e causar um grande estrondo. E o estrago estava feito. O garoto correu para seu quarto, se afundou embaixo da cama escura escutando os passos de seu pai, divagares e apavorantes, próximo ao seu quarto.

Não deveria mentir. O senhor Styles sabia completamente de tudo.

Era isso que a Madame Suzane dizia, a vizinha com dois cachorros esqueléticos que temia o senhor Styles até mais do que a própria morte. Harry ouvia a mulher lhe dizer que seu pai era filho do demônio. O garoto com seus doze anos nunca chegara a acreditar. Zayn, seu amigo mais próximo depois de Louis, a chamava de velha alucinada, mas não negava o fato do senhor Styles ser horripilante.

"Esquisito" era o termo que Zayn costumava usar.

- Harry Edward Styles - ouviu a voz rouca o chamar. Harry tremeu dos pés a cabeça, se arrependendo do segundo em que decidira se aventurar no cômodo acima. "Era apenas velharias", pensou. De que importava vasculhar aquele cômodo mofado?

Mas para seu pai não funcionava assim. Podia sentir o cheiro do charuto e Whisky que o corpo do homem costumava exalar. Desejou que sua mãe chegasse logo da prova de vestidos, mas sabia que pela chuva, não viria tão cedo.

Teria de arcar com as consequências. Dolorosas consequências.

- O gato por acaso comeu a sua língua?! - Disse ríspido. O corpo de Harry se encolheu ainda mais embaixo da cama, já sentia as lágrimas se formarem em seus olhos. - Se não me responder, eu mesmo darei para um deles comer!

Harry estremeceu, chiando baixinho como resposta. Sentia o suor acumular em sua testa, os cachos molhados colando em seu rosto e o coração batendo tão forte que tinha a certeza de que seu pai estava ouvindo.

- Contarei até três para sair daí - disse. Harry tinha plena consciência que deveria sair, mas estava paralisado de medo, todos os seus músculos travaram com a imagem de seu pai segurando a longa cinta de couro, usada pela última vez quando o menor quebrou uma das garrafas de vinho francesas.

- Um - ele sussurrou, Harry chegou a identificar um traço de riso na voz de seu pai, fazendo seus dedos suarem.

A criança rezou baixinho para que sua mãe chegasse logo, mesmo que fosse naquela chuva.

Garoto infernal (Larry stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora