Capitulo 1

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LARA

N

ão posso acreditar que o café acabou e a minha colega de quarto não comprou mais, ela nem me disse que tinha acabado. Não é à toa que meus avós queriam que eu morasse sozinha. Ainda mais quando minha colega de quarto insiste em levar homens aleatórios diariamente, que vão comer toda comida geladeira. Comida essa que sou eu que compro, já que a idiota não ajuda em nada e quando eu cobro, desaparece por dias.

Sei que pareço uma pessoa mesquinha, mas caramba, a minha família é rica e não eu, não posso me dar ao luxo de bancar uma pessoa que eu mal conheço. Meus avós me educaram com tudo do bom e do melhor, mas me ensinaram a valorizar tudo que conquisto.

Quando eu tinha dezesseis anos comecei a fazer estágio na empresa, e ao contrário do que acreditam, comecei de baixo, passei por cada setor da empresa e conheço cada um deles como a palma da minha mão. Os funcionários me respeitam e mesmo que eu esteja no final do meu curso, tenho um cargo e coloco grandes executivos no chinelo.

Estou distraída pensando em como minha vida "é perfeita" em alguns termos e em outros não, quando bato em uma parede sólida de músculos.

— Meu Deus! Me desculpe eu estava... — Começo a me justificar, mas sou cortada por uma voz linda que fez minha calcinha ficar molhada imediatamente.

— Não interessa, da próxima vez olhe por onde anda. — O homem fala e sai me deixando atônita pela ignorância.

Não consigo ver o rosto do mal educado, ficando apenas com a vista de suas costas, seus ombros largos e musculosos e a bunda perfeita que se ajusta muito bem em suas calças feitas sob medida.

Irritada com o estranho, entro na cafeteria. Eu preciso de café ou vou acabar tendo um ataque.

— Oi Lara! — Fala Jonhy, o atendente que me reconhece já que eu sou uma cliente frequente aqui graças a minha colega de quarto.

— Oi Jonhy! — Digo.

— Deixe-me adivinhar, a cadela tomou seu café de novo? — Aceno confirmando. — Não sei por que você ainda a deixa morar lá, quer dizer não é como se você realmente precisasse da grana. — Diz e me estende meu café.

— Eu sei, e agora estou pensando em mandar ela embora. — Admito.

— Pois faz bem. — Concorda. — Você viu o gato que acabou de sair daqui?

— Se você está falando do senhor costas largas e braços musculosos, sim eu vi e ele é um imbecil de marca maior. — Digo.

— Alek? Um imbecil? — Pergunta. — Acho que estamos falando de pessoas diferentes.

— Ele estava com o terno feito sob medida?

— Esse mesmo.

— Então estamos falando do mesmo cara.

— Ele não é mal educado e, está na cidade há pouco tempo e mora em um dos vários prédios por aqui. — Meu amigo derrama a fofoca. — Foi contratado por uma empresa de análise financeira, como a do seu avô.

— Que ótimo, mais um idiota para morar aqui, quer dizer não é como se Nova York precisasse de mais um, não quando já tem vários. — Digo e entrego a ele uma nota de 20 dólares. — Fique com o troco. — Aceno pra ele antes de sair da cafeteria e atravessar a rua para entrar no prédio da minha família.

Como hoje estou livre de reuniões, passo por minha secretária e vou direto pra minha sala. Mas quem disse que Isabela sabe o que é querer ficar sozinha e trabalhar em silêncio? A mulher leva a sério a missão de me infernizar, o único problema é que não vivo sem ela.

2 - Aleck - Série Royals McOnde histórias criam vida. Descubra agora