Capítulo #12

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     Estou agachada em um galho no alto de uma árvore. Observo meus esquipamentos que jã são várias facas e bombas já que a Stella e o Tyler forneceram suas armas para mim, ainda tenho as pilulas da malagueta, o rolo de linha de aço, o transferidor vital e aquele par de luvas que não faço ideia para que ele serve.

     Uma bomba faz um estrago considerável quando explode perto de alguém, nesse momento, estou amarrando cerca de 18 bombas explosivas em 6 facas, 3 em cada uma. Enfinco duas facas num galho mais baixo de modo bem escondido, duas no outro galho bem do lado, uma em um galho acima e outra no galho bem atrás, formando uma especie de cubo, ligo uma linha em todas as facas e levo elas comigo até um galho no qual eu pretendo ficar. Na hora que eles ficarem bem dentro da espécie de cubo que fiz com as bombas, irei explodir todas ao mesmo tempo, 3 bombas devem fazer um estrago considerável, no total tem 18 bombas plantadas, eles tão vindo rápido, amarro a linha no galho e subo para o galho acima, eles estão vindo muito rápido, e a linha é bem fina, creio que eles não vão perceber. Seus passos estão ficando cada vez mais alto.

     Essa não, eles não vão pisar no galho que desarma a armadilha, terei de faze-los ficarem nele. Saio de trás do galho e lanço facas na equipe, eles desviam, uma garota ficou no galho da armadilha junto com outro garoto, mas o terceiro componente está no galho separado, preciso que todos os 3 fiquem no mesmo galho.

     Retiro outra faca e deixo a mostra.

     -Vocês conseguem ver isso? -pergunto aos 3 balançando minha faca em minha mão. -Essa será a última marca que vocês verão.

     -Eu espero que você não tenha ficado para trás para tentar atrasar a gente. -ele se agacha em seu galho. -Seria estupidez achar que você conseguiria derrotar não só um, mas nós três.

     -Outras pessoas nesse torneio também me subestimaram, e agora, eles estão mortos. Eu não estava brincando quando disse que esse era o fim da linha pra vocês. Vocês já estão pra lá de mortos. -dito isso, atiro minha faca bem nos pés dele, o que o faz pular para o galho da armadilha.

     Ótimo, é agora. Pulo para o galho de baixo onde está a linha presa que está ligada com todas as facas com as bombas presas. Coloco uma pílula da malagueta na boca, puxo ar e depois solto em direção a linha embaixo dos meus pés. A pílula provoca uma sensação de calor em meu corpo, um calor grande. E quando eu solto o ar, a principio ele tem sua forma normal, mas depois vai ficando vermelho e vira chamas, as chamas atingem a corda e seguem seu percurso rapidamente até as facas, antes, eles não conseguiam ver a linha por causa de sua finura, mas agora eles conseguem ver várias linhas de fogo os enjaulando, leva um segundo até o garoto perceber a armadilha.

     -Corram! Isso vai... -ele não consegue terminar sua frase, o fogo atinge as facas, e bombas de todos os lado explodem ao mesmo tempo, a explosão é tão forte que me joga para trás. Estou caindo. Puxo rapidamente meu carretel de linha de aço e prendo em uma galho e começo a descer rapidamente.

     Mas um galho em chamas atinge o galho onde minha linha estava presa, ele quebra e eu caio de uma altura com mais ou menos 7 metros. Caio de costas no chão e sangue sai por si só de minha boca, não consigo me levantar, esculto alguns estralos e quando olho tem um galho enorme em chamas bem cima de mim, giro pro lado rapidamente, fico a pouco centímetros de onde o galho caiu, mas o impacto de sua colisão me joga pra longe.

     Permaneço deitada olhando as árvores se contorcerem com o fogo, acho que fiz meu trabalho bem demais, uma explosão não caculada, se eu, que estava numa distância razoável, fui jogada daquele jeito, então, daquela equipe não deve ter sobrado nada, já que eles estavam bem ao lado das bombas. Meu trabalho foi feito, acho que já posso baixar a guarda e simplesmente dormir para sempre, isso seria bom agora. Desvio o olhar das árvores em chamas e olho para o chão. Mas tem alguma coisa se mexendo ao longe, é grande demais para ser um animal, estreito mais os olhos e vejo aquele garoto que conseguiu detectar a armadilha, ele conseguiu sobreviver, apesar da sua aparência ser quase demoníaca, seu corpo sem pele, sem quase nenhum fio de cabelo em sua cabeça, seu olho esquerdo sangrando, vejo a fita azul do seu braço virando cinzas, ele é do estado Norte, e já que eles estavam tão perto da Torre, deduzo que eles já mataram a equipe do estado Sul. Ele rasteja em minha direção com uma pedra em mão, seu rosto transbordando de ódio, como ele conseguiu sobreviver? Como ele ainda consegue se mover? Observo em pânico ele se aproximando mais de mim, e não consigo me mover, se ele me alcançar, não vou conseguir me defender, sua vontade de me matar deve ser tão grande que ele se recusa a morrer, até ele parar, tocar seu coração, dor em seu rosto, ele deve estar entrando em choque, ele para de se mover, seu coração deve ter falhado.

     Volto meu olhar paras as árvores, me lamentando por eu não conseguir cumprir a promessa que fiz para meu irmãozinho, mas consegui deter o inimigo, eles vão ficar bem, e eu também vou, agora é questão de tempo até o fogo se espalhar e me alcançar. Esculto uma voz em minha cabeça.

     "Você pode descansar agora, meu amor." -parece a voz da minha mãe.

     Sorrindo, simplesmente fecho os olhos e espero minha morte.


Sacrifício IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora