Capítulo #15

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Oprédio está em chamas, mas parece que o fogo não alcançou as salas mais elevadas, me preparo para subir quando acontece uma explosão no quinto andar e uma janela de vidro se quebra em milhares de pedaços, volto um passo, não tem como ter alguém ai, eles devem ter ido para o abrigo. Dou a volta no colégio correndo, me dirigindo ao abrigo e vejo um homem entrando no ginásio de esportes que fica ao sudeste da escola. Corro cautelosamente em direção ao ginásio, mas não entro, tem uma escada que leva até o telhado, subo essas escada até acalçar uma janela, as crianças estão abaixadas no centro do ginásio, com as mãos na cabeça e olhando para o chão. Tem um professor no chão cujo imagino ser o professor de Kyle, mas ele está morto. 1, 2,3, tem 3 Radicais mantendo as crianças como reféns. Tenho que pensar em algo e rápido, não sei quanto tempo eles vão deixar as crianças viver, tenho apenas meu rolo de fita de aço, as pílulas, as luvas que não sei para quê serve, 1 bomba explosiva e 2 facas, estudo o local, talvez ele me dê uma vantagem. Nada, não posso usar nada desse lugar como uma arma, tem apenas traves, redes, bolas. E agora?

Meu irmão está entre as outras crianças, tenho que tirá-lo de lá. Amarro um pedaço comprido de linha de aço em uma faca e depois outro na outra faca, abro a janela de vidro com cuidado e entro, as crianças rapidamente olham pra mim, o que desperta a atenção dos Radicais, mas antes que eles possam me atacar, atiro as facas, uma no lado direito deles a outra no lado esquerdo, depois dou um puxão e depois que elas ultrapassaram os corpos deles, as facas se chocam se prendendo uma na outra, deixando os 3 juntos e presos uns aos outros, retiro a pilula da malagueta e coloco ela em minha boca.

-Espero que seu plano de ataque não seja esse. -diz um Radical. -Porque vai falhar miseravelmente. -eles se liberam da linha.

-Não, não era. -puxo um pouco de ar e depois libero em direção a linha que eu segurava com minha mão direita, eles mantém uma pequena distância da linha que está próxima a seus pés, a linha vai virando uma fina linha de fogo e então explode, seus corpos são lançados para longe, vou me aproximando das crianças. -Seu ego é tão grande que você não percebeu a bomba que plantei na linha, não queria prender vocês, só precisava que a bomba estivesse perto o bastante de vocês. Esse foi seu erro.

Eles foram jogados em lugares diferentes, estão tremendo devido ao impacto, incapacitado de conseguir se mover. 2 facas são jogadas de trás de mim, uma acerta o peito de um Radical e a outra acerta o pescoço do outro, de forma que só resta um Radical vivo. Olho para trás rápido e vejo que foi Kyle que lançou as facas que estavam presas na linha. Ele se aproxima do Radical que continua vivo.

-Essa é a minha casa. -diz ele entre dentes. -Meu lar, e me recuso a deixar que um verme como você o destrua.

-Acha mesmo que pode me machucar, garoto? -diz o Radical rindo enquanto treme devido a explosão. -Mesmo no estado em que eu estou, você não conseguiria me matar. -me movo lentamente por trás dele, fico posicionada rapidamente atrás de suas costas e ponho a mão em sua cabeça.

-Tem razão, ele não pode. -digo segurando a cabeça do Radical. -Mas eu sim. -com um movimento dos braços, quebro o seu pescoço. -Vamos todos sair daqui. -grito para que as crianças consigam me escultar. -Venham comigo.

Estamos saindo do ginásio, indo em direção ao abrigo de alta patente. Enrolamos a direita e seguimos reto em direção a estrada que nos levará para o abrigo. Kyle corre ao meu lado e as outras crianças vem atrás de nós. Quando somos obrigados a parar e dar vários passos para trás, Radicais, 5 no total,lançaram algumas facas em nós, não tenho facas, não tenho bombas, estou praticamente desarmada, então 7 soldados nos intercepta.

-Você é tão fraco assim que precisa competir com crianças e garotinhas? -pergunta um soldado.

-Parece que alguém não tem medo de morrer. -diz um Radical. -Está enganado se acha que eu não posso matar alguém como você.

-Porque você não me prova o contrário. -diz o soldado.

Eles começam a duelar, estou pronta para seguir caminho mas dessa vez ele não está correndo ao meu lado, paro subitamente e vejo que meu irmão está deitado segurando uma faca que perfurou seu peito, chego rapidamente até ele, soldados cuidam da minha retaguarda enquanto outros estão combatendo os Radicais, as crianças está a nossa volta. Retiro a faca e ponho minha mão em cima do ferimento para estancar o sangramento. Faço um corte com uma pedra em minha mão, lembrando que tem microchips de transferência vital dentro da minha mão, coloco a mão sobre seu ferimento, esses microchips vão transformar meu sangue em partículas que adentrará o machucado do Kyle e produzirá novas células.

-Aguenta mais um pouco. -estou chorando. -Fica calmo, eu vou dar um jeito nisso, é só uma questão de tempo. Fica calmo.

-Olha pra você. -Kyle diz quase perdendo os sentidos devido a falta de sangue, ele sorri debochadamente. -Você está desesperada.

-Fica queto, você vai piorar as coisas. -insisto, a ferida já está se fechando, o sangramento parou. -Pronto. -olho para seu rosto, seus olhos não se mexem, estão sem brilho. -Kyle? -começo a sacudir ele devagar, depois com mais força, minha voz começa a falhar. -Kyle, para de brincadeira. Kyle?

Levanto minhas mãos na altura do meu rosto mantendo uma certa distância. É o sangue dele em minhas mãos. Começo chorar descontroladamente, me jogando em cima de seu corpo inerte. O momento para, ele irá se repetir eternamente durante toda a minha vida me lembrando dessa dor.

-Temos que ir. -a mão de um soldado encosta meu ombro, olho para trás e vejo que os Radicais estão mortos. -Eu levo ele.

O resto do percurso, nenhum inimigo nos aborda, chegamos ao abrigo. Um grande prédio quadrado de metal. A porta se abre e nós entramos.


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