Prólogo

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Em uma época muito remota, um ser espiritual, um anjo chamado Lúcifer, da ordem dos querubins foi tomado pela tentação e lutou para ser semelhante a Deus quando desejou tomar para si o Reino dos Céus. Com esse propósito convenceu um terço dos anjos a se unirem a ele como futuro soberano. Assim, todos eles cometeram pecado contra Deus, e foi quebrada a aliança eterna que havia sido feita com Ele. Após a desobediência, eles morreram para o Senhor que os lançou no inferno, enquanto esperavam pelo juízo final. Em uma sábia decisão, o Ser Superior decidiu que a melhor punição para seus traidores seria vagar eternamente pela Terra, plano onde o pecado e a luxúria reinavam, enquanto perdiam seu lugar e glória no céu.

Após esse capítulo da história do paraíso, decidiu-se que todos os anjos que pecassem ou traíssem seu Senhor sofreriam a mesma pena que os súditos de Lúcifer. Afinal, os anjos foram criados para serem perfeitos, e os que não seguissem sua predestinação deveriam ser extintos do céu.

Os Arcanjos, anjos que possuíam uma evolução superior e eram mais próximos ao Senhor, acharam que seria uma punição muito rigorosa para alguns dos anjos. Reuniram-se, então, com Deus e propuseram que houvesse uma segunda chance para os menores pecados.

Eu fui criado para ser perfeito, apesar de nunca achar que fui ou seria algum dia.

Eu pequei, e traí a confiança de meu Superior.

Minhas asas foram arrancadas.

Eu fui jogado à Terra.

Eu caí.

Tornei-me um anjo caído.

E agora estou recebendo minha segunda chance.

Sou o mais novo anjo de guarda habitante da Terra.


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