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Izabella narrando:
Porque será que as pessoas não valorizam pessoas como eu?
Sim, passo horas e horas estudando e cada vez mais me aperfeiçoando para no final das contas servir ao próprio ser humano, já que pretendo me formar em medicina. Tenho esse sonho, pretendo começar assim que me formar no ensino médio.

Minha vida não são flores, tenho uma família diríamos assim maluca, más eu os amo muito.

Tem um garoto que já foi meu amigo antes,
Éramos grudados até ele salvar a vida de brandon e se tornar um de seus melhores amigos e agora nem liga mais pra mim a não ser quando precisa.
David era nerd como eu, mais num belo dia na saída da escola ouviu uma discussão de dois garotos que diziam que iriam assassinar o Brandon  que era, e ainda é o rapaz mais popular da escola. David com um certo interesse talvez numa suposta amizade com o mesmo, avisou o garoto que ainda estava na sala de aula e a polícia foi logo acionada. E os dois garotos que estavam pelo lado de fora da escola foram apreendidos com uma arma de fogo. Brandon achou que nada mais seria justo do que ter David Smith como um de seus amigos.
***
Estava colocando comida para os meus peixinhos até que ouço a Margot me chamar...
Margot era a nossa empregada , meus pais nunca paravam em casa, minha mãe quando não estava em um salao de beleza estava na companhia de suas amigas. Já meu pai trabalhava muito numa empresa de doces que colocara a três anos atrás.

-senhorita bella...
Alguns passos miúdos surgem atrás de mim e logo me viro.

-sim, Margot.
- aquele seu amigo David está na sala de estar e quer falar com você.

Suspiro e já até imagino o que o David há de querer, concerteza é o trabalho de literatura que a professora Anne passou, e ela quer que esteja pronto até essa semana. Aquele garoto não tinha jeito mesmo, era muito folgado, mais agora era diferente eu não ia ceder mais aos caprichos dele, se ele quiser o trabalho dele pronto, que ele mesmo faça. Ajeito os meus óculos no rosto e sigo junto a Margot até a sala de estar.

Vejo David já sentado na poltrona observando os quadros da sala como sempre faz, pigarreio e ele logo me olha com cara de palhaço.

-bom vou deixar vocês dois a sós. -Margot indaga nos fazendo olhar pra ela, que em seguida se retira da sala.

-bella, como vai? -me fita da cabeça aos pés e me dar um sorriso cômico.

Achei estranho, ele era palhaço, mais seu sorriso estava mais largo, ele ficava assim quando descobria algo de muito inusitado. Pelo pouco tempo da nossa amizade deu pra descobrir algumas peculiaridades nele. Eu era muito observadora.

-vou ótima David, -digo me sentando também ao lado dele.
- e o que você quer agora? -deixa eu pensar, é o trabalho de literatura?

-nossa, você é boa hein? -sua cara de sinico continua a sorrir.

Finjo pensar por alguns segundos, e então minha voz ecoa...

-olha David, me desculpe más eu não posso mais fazer os trabalhos pra você. você acha Isso justo? Além de eu fazer os meus e ainda ter que fazer os seus. Sem contar que você pouco me agradece.

Ele me fita espantado, talvez pela minha iniciativa de ter sido sincera, pois nunca tive coragem de dizer não a ele. Eu era uma garota meio tímida e por isso as pessoas queriam aproveitar da minha bondade e ele não ficava de fora disso.

Sua voz sai fraca...
-bom, você tá me dizendo então que não pode fazer o trabalho pra mim?

-sim, é isso mesmo. Já estou cheia demais. -Solto um olhar convicto a ele.

-tudo bem, izabella. Eu te compreendo.
-ele se levanta para ir embora, mais logo um novo sorriso se forma no seu rosto e dessa vez está mais largo do que o normal e me olha indagando em seguida.
-você é a garota Z, não é mesmo? A garota que escreve cartas anônimas e românticas ao brandon desde o ano passado.

eu engulo em seco essa pergunta, e por um momento eu pensei que fosse desmaiar.
Sim era eu, euzinha que mandava cartas anônimas pro brandon, eu era completamente apaixonada por ele.
E desde o ano passado comecei a mandar más sem me revelar, pois sempre temi a reação dele se soubesse que era eu. Pois eu era uma garota invisível, ninguém me notava. eu era diferente das outras garotas, e talvez não fosse tão bonita e arrumada como elas. Isso me dava muita insegurança.
E já o Brandon era perfeito, era disputado por todas as garotas, mais nenhuma era boa o suficiente para ele namorar, até a Victoria que era a garota mais popular da escola ,ele nunca assumiu namoro com a mesma. Imagina eu? Então preferi alimentar esse amor platônico por ele ,até ver aonde pode chegar. porém uma esperança aqui dentro me faz pensar que um dia talvez ele possa se comover com minhas declarações e quem sabe se apaixonar...

-eu me levanto ficando em pé também em sua frente, e nervosa digo:
-de onde você tirou isso? Aliás do que você está falando mesmo?

-bella, eu sei que é você. Não adianta tentar disfarçar, eu reconheço muito bem as suas
letras. Eu nunca tive interesse em ler as cartas anônimas do Brandon , até ontem na casa dele eu resolver ler uma carta que estava sobre a mesa, e logo quando vi a letra já soube que era você.
-penso no que vou dizer, afinal de fato ele conhecia as minhas letras e eu nunca pensei no risco que corria do Brandon descobrir, já que David era amigo dele.

-sim, sou eu mesma. E você contou para o Brandon que sou eu? -uma onda de pavor sobe pela minha espinha já com medo da resposta.

-não. Pelo menos não ainda. -ele me fita com um olhar chantagista. E logo me envermelho feito pimenta de tanta raiva.
Penso nas minhas palavras , mas sem papas na língua ressalto:

-veja bem David, se no seu caso isto é chantagem saiba que eu não vou cair no teu
Joguinho, já estou decidida a não fazer o trabalho pra você, se quiser contar pra ele, que conte, só não sei como você vai provar que sou eu.

uma ex nerd Onde histórias criam vida. Descubra agora