uma ex nerd

06

-más você não vai lanchar mais? Se quiser eu posso pegar pra você e...

-não Jessica! Obrigado. Perdi a fome.

-nossa bella! Tudo bem. Então me espera na nossa mesa tradicional?

-desculpa Jessica! Más eu vou voltar pra sala. Não tem mais clima eu ficar aqui. Ainda más que corro o risco de se esbarrar com o Brandon à qualquer momento  .

-OK, más olha;isso é passageiro. E depois você nem vai mais se lembrar desse desastre. -Jessica e sua tentativa falível de me fazer sentir melhor.

-talvez! -concordei com a cabeça e ela sumiu de minha vista.

***
Na escola foram as horas mais entediantes que eu já passei... Não é legal pagar um mico com o amor da sua vida no dia exato em que você vai encontra-lo. ainda mais que ele nem sonha quem  você seja... Mais pro meu azar foi o que aconteceu.

Entrei em casa e joguei a minha mochila pesada no sofá.

Cheguei na cozinha para beber água e pro meu alívio a Margot estava lá. Tenho que confessar que ela é quase uma mãe pra mim, e alem do mais uma ótima conselheira. Precisava desabafar com alguém para pedir uma opinião, e esse alguém deveria ser ela.

Me aproximo e a mesma se encontra virada de frente pra pia lavando louças.

-Margot! -digo e ela se vira rapidamente para mim.

-Bella! Já chegou?  -ela diz contente e eu não hesito em pegar um copo no armário e abrir o refrigerador para pegar água. 

-coloco a água no copo, e ela  observa a minha expressão no rosto e o meu silêncio expressivo. E pergunta:
-o que houve menina? Você parece não estar bem.

-é uma longa história Margot! -falo depois de ter dado um longo gole de água.

-então quer desabafar? -ela pergunta enquanto pucha uma das cadeiras da pequena mesa de mármore para em fim se sentar.

-sim. -coloco o copo sobre a pia. E repito o mesmo ritual feito por ela, puchando uma cadeira e me sentando em seguida.

Margot era uma espécie de segunda mãe, ainda mais quando a original não estava. A minha mãe quase nunca parava em casa, e as vezes contar algum segredo pra ela era como colocar a boca no trombone. Pois dona Vanessa é demasiada espontânea e é mestre em me intimidar. Não é atoa que me recordo do dia em que a minha menstruação desceu pela primeira vez. foi feita uma festa em comemoração,  e tudo engenhoca da cabecinha  dela. Talvez ela só quisesse me agradar, ou me lisonjear .mais para ela era  diferente, a sua menininha havia se transformado em uma moça. e é costumeiro de dona vanessa  valorizar as pequenas coisas que as pessoas nem se quer dão a mínima.
Havia somente mulheres e todas suas amigas, mais mesmo assim foi um dos dias mais constrangedores da minha vida.

- ambas sentadas à mesa, nos entre olhamos por alguns segundos. E eu quebro o silêncio sendo a mais direta possível.

-eu gosto de um menino Margot! -franzo a testa abaixando a cabeça e me surpreendo com ela se levantando e vindo em minha direção. Sou  presenteada com um abraço amável e demorado.

-não posso acreditar que minha adorável menininha já está  apaixonada. -ela se desfez dos meus braços e voltou para sua posição na cadeira novamente.

Talvez a margot não fosse tão diferente de minha mãe, mais eu amava as duas.

É incrível a serenidade e a paciência dela ,e sua aparência jovial. À julgar pela sua face sem quase uma ruga visível, ninguém diria que ela estaria em seus 58 anos de idade. Mais é bem provável que ela já tenha visto muita coisa nessa vida, seus poucos fios de cabelos branco adornado em um coque reflete isso.