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Passei a noite em claro, senti o peso dos meus olhos me incomodar. Eu havia chorado muito.
-droga de despertador! Nem deu tempo deu dormir direito. Levanto desligando aquele som estridente que vinha dele.

Fui ao banheiro e ao olhar o meu rosto no espelho me assusto. Estava com o rosto e   olhos inchados.

Escovei os meus dentes e depois vim para o quarto.

Procurei a minha calça jeans que eu tanto amava no meu closet, ela já estava bem gasta de tanto  usar. Pois era a única que eu achava que não demonstrava as minhas curvas.
Minha mãe sempre me dizia que eu tinha que valorizar o meu corpo, más  isso nunca foi a minha verdadeira intenção.

Visto um suéter creme junto a minha calça jeans clara e depois de dar um jeito em meus cabelos desço escadas à baixo.

Passo pela sala de jantar e Margot estava limpando a mesa.

-menina espera ai! -ela diz se voltando para mim assim que ouve meus passos apressados.

-oi Margot!

-e ai como foi o seu encontro de ontem?! -ela encara bem o meu rosto. e como é de se esperar ela parece ter um sexto sentido.

-oh não! Não acredito que aquele garoto foi um canalha com você.
-sim Margot! -digo fraco enquanto abaixo a cabeça.
-ela larga a mesa e me abraça. -esse garoto vai me pagar por ter magooado a minha  menininha.  -e diz  enquanto se desfaz dos meus braços me olhando com uma raiva notável no rosto.

-não precisa Margot! Eu já me esqueci que ele existe. Nem quero  mais lembrar do nome dele. -franzo a testa e sorrio para ela. -eu estou bem, eu sei que você se preocupa comigo. Más estou bem melhor do que possa imaginar, o bom é que tirei aquela dúvida cruel que existia dentro de mim. Agora já sei quem é o verdadeiro rapaz por quem eu me apaixonei: um idiota qualquer.

-sua raiva se transforma em um sorriso e ao concordar com minha atitude  me diz que já havia preparado  os ovos mechidos. a agradeço e sigo diretamente para a cozinha.
Só estava eu e ela em casa, o meu pai já teria ido para o trabalho bem cedo, e a minha mãe, bom a minha mãe como sempre ia pra academia. Ela era extremamente vaidosa e se preocupava demasiadamente com o corpo dela.
***
Era mais um dia e eu sabia que esse dia não seria nada fácil. Quem eu queria enganar, falei pra Margot que estava tudo bem mais eu sabia que não estava. Só disse isso à ela porquê não queria que se preocupasse comigo. E do jeito que ela é concerteza iria querer tomar satisfações com Brandon, e eu quiz abafar isso.

Desso do meu carro assim que o estaciono. Passo a mão sobre o meu rosto notando que tinha esquecido os meus óculos, más uma súbita lembrança me faz recordar que eu havia o quebrado lá naquela praça.
-droga! Eu já havia me acostumado com ele e agora meu rosto está todo a mostra. -pensei enquanto bufava e segui o meu caminho rumo a escola.

Já estava nervosa por estar sem o óculos más alguns risinhos me tirou do sério. -que droga é essa. -pensei em voz alta enquanto passava por algumas pessoas  e elas me olhavam como se eu fosse motivo de piada.

Já estava próxima do portão principal e dou de cara com a victória e suas duas amigas. A liza e a karem. Elas pareciam ser as patricinhas de bervely hills.
Sempre andavam juntas e se achavam as donas do pedaço.

-olha só quem está aqui, izabella constantine mais conhecida como garota Z. -vitória diz enquanto aguça a risada das outras duas que soam como se estivessem engasgadas.

Meu corpo enrijesse de nervosismo e sinto a minha barriga se revirar, tento dizer algo a ela mais eu tropeço em minhas palavras e percebo que só piora a situação.
-olha gente até o óculos ela retirou do rosto pra ver se fica mais bonita pro Brandon! -karem diz sacarstica. e sem nada a declarar saio o mais rápido que posso daquele ninho de cobras.

Enquanto ando pelo corredor uma raiva se forma em mim. Já estava nítido que ele havia espalhado para o mundo e o fundo que eu era a garota misteriosa.

Era como se eu fosse uma artista, más uma artista palhaça que deveria trabalhar em um circo. Todos me olhavam e sorria com cara de  deboche...

Entrei na sala e ao menos a professora não olhou pra mim e sorriu.

Más a Jessica me olhou com cara de espanto assim que eu entrei na sala de aula. Só tinha seis pessoas sentadas em  cada  mesa.
Por sorte ninguém olhou pra mim e sorriu. Talvez porque eu entrei discretamente e todos estavam envolvidos com alguma coisa.

Fui em direção à minha carteira em frente a da Jessica já temendo a reação dela. Pela cara que ela fez quando me viu era bem provável que ela já sabia também que era eu. A garota tonta que todos achavam graça.

Era bom demais pra ser verdade, assim que puxei a minha cadeira para me sentar as seis pessoas me olharam e sorriram em coro. Foi o rangir da cadeira que os fez se voltar para mim.
A Jessica continuou me olhando e eu a comprimentei fracamente.
-oi Jessica. -me sento antes deu cair ali mesmo na sala e passar mais outra vergonha.
-ah! Oi izabella! Ou seria a garota Z?- me viro para olhá-la e percebo uma pequena frustração em sua face.

-por quê não me contou nada? Pensei que fosse sua amiga.

-e é... Me desculpe Jessica. Eu tive vergonha de te contar. Eu tinha certeza que você iria achar um absurdo, aliás qualquer pessoa acharia. Por isso guardei aquilo só pra mim. Porém mais cedo ou mais tarde você iria saber.

-ela me olha e percebo que sua cara de frustração se transforma em pena. -imagino que não esteja sendo fácil pra você, as pessoas estão fazendo piadinhas maldosas por toda parte.

-sim! -Falo rouca enquanto limpo a garganta. E Me supito de nervoso quando lembro De todos os rostos me olhando e achando graça na minha desgraça.

-mais isso tudo já acabou Jessica. Quero esquecer que aquele cara existe. Eu vou seguir  em frente a minha vida agora.

-concerteza Izabella! E me desculpe por ter te chamado de retardada. Eu não sabia que era você.

-eu sei Jessica. Você é a única coisa importante aqui nessa escola. A única que está sempre ao meu lado. - digo enquanto ela sorri com um brilho no olhar e tenta me distrair puchando mais assunto.
Jessica era linda, a negra mais linda que eu conhecia.

Passado alguns minutos a sala se encheu, e a medida que ia chegando mais gente todos me fitavam  e dava o sorriso ordinário de sempre. Eu estava vermelha feito uma pimenta. Eu não ia aguentar tanto tempo. Era perigoso eu explodir feito uma bomba a qualquer momento.

Jessica tentava me acalmar, me distrair. Eu percebia isso em suas palavras e em seu tom de voz.

  Gente me desculpem, aconteceu algo hoje e deu para escrever isso, me deu um súbito bloqueio. Até a próxima, bjssssss. Espero que tenham gostado.

uma ex nerd Onde histórias criam vida. Descubra agora