Quando eu vi que não teria mais jeito, Ergui minha cabeça vagarosamente. Vi aquele rosto lindo me olhando, mais não entendi sua expressão. Ele estava com os olhos arregalados. Vestia uma bluza de manga comprida cinza, e uma calça preta pouco justa. Só valorizava o seu corpo perfeito.
Desviei por alguns segundos os meus olhos dos dele por conta do nervosismo o do silêncio constrangedor que permaneceu assim que levantei a minha cabeça para olhá-lo. Mais ele que estava de pé para mim me chamou a atenção quando um sorriso sarcástico tomou conta de sua boca. Voltei a fita-lo e ele abafou o sorriso com algumas palavras em um tom malicioso.
-então era você o tempo todo. -congelei-me por dentro. -uma garota tão insignificante quanto um grão de areia. -ele olhou para o chão e depois se aproximou bem próximo a mim. Ousou com as duas mãos segurar o meu rosto e olhando no fundo dos meus olhos susurrou: -nunca! Jamais! Nem nos seus sonhos mais profundos quero saber de existir neles. Não bastasse a minha roupa cara que você manchou e agora fazer eu me humilhar em público dizendo que queria conhecer uma garota desconhecida pra depois eu chegar e encontrar você aqui. -Se encherga garota. -ele altiou o tom de voz e arrancou a mão de minha face bruscamente. Fiquei em estado de choque.
Não sabia nem o que dizer nem o que pensar. Mais balbuciei algumas palavras aleatoriamente -olha, me desculpe se eu... Ele deu de ombros saindo bufando e em passos raivosos, até que lembrou de algo e voltou novamente, afirmando em seguida: -nunca mais se aproxime de mim. Aliás finja que eu nem existo. -eu balancei a cabeça concordando porém o meu interior estava perplexo, abatido.estava sem chão sem onde pisar. Meu corpo estava todo enrijecido.Ele saiu novamente indiferente. E só ouvi o arrancar do seu carro do outro lado da praça.
Assim que saiu meus olhos se encheram de lágrimas, e por questão de segundos derramou como pingos de chuva, más eram pingos tristes, infelizes, machucados. Assim como o meu coração estava, totalmente em pedaços.
Não tinhas forças para ir embora, por isso permaneci ali sentada naquele banco por mais ou menos meia hora, estava tentando conter o choro. Não queria chegar em casa abatida. Nem que meus pais notassem que eu havia chorado. Mais eu teria que ir. Levantei-me e quase não senti as minhas pernas que estavam meio bambas. Fui andando e passei por uma parte da praça. Mais pro meu azar o mesmo casal que tinha me encarado quando eu cheguei estava me encarando enquanto eu andava. Um súbito nervoso me fez arrancar o meu óculos do rosto e atiça-lo ao chão . eu pisei em cima dele para quebrá-lo por completo.
E voltei a andar normalmente. -o casal cochicharam algo. Pareciam dizer: -ela tem problemas!
Eu tinha problemas mesmo, problemas em ser tão retardada, como a Jessica havia dito ao ponto de pensar que o Brandon poderia ser pra mim. E Definitivamente não era.Cheguei perto do meu carro e entrei repentinamente. Liguei-o e sai em alta velocidade. Ainda tinha vestígios de tristeza com choro e raiva. -como fui tonta! -retrucava.
E pra meu próprio azar quase bati em outro carro, eu me desviei. -droga! Como não percebi que estava na contramão.
Não podia ser pior, aquela lua linda e a noite fria já não tinha mais um ar romântico. Tudo se desvencilhou. Como quando você está sonhando e ao acordar percebe que tudo era mentira, era irreal.
Cheguei na fachada de minha casa, coloquei o meu carro na garagem e passei uma mão pelo rosto afim de limpar qualquer resto de lagrima que ainda restava. Respirei profundamente por dois minutos.
Bati na porta frontal, más logo percebi que estava destrancada, a empurrei e pro meu alívio, não havia ninguém na sala de estar.
Sai andando na ponta dos pés para não fazer barulho algum, eu só queria ir pro meu quarto. Precisava dele naquele exato momento. Mais fui interrompida pela minha mãe. -mocinha! -ela vinha da cozinha. -eu tentei esconder o meu rosto que com certeza estava vermelho principalmente na região dos olhos. -chegou cedo! -ela continuou vindo até mim. -sim mãe! Eu, eu... -gaguejei... Pensando numa desculpa. Mais ela percebeu os meus olhos assim que se aproximou. Minha tentativa de escondê-los falhou.
-o que foi minha filha! Estava chorando? -ela perguntou demostrando preocupação.
-sim mãe! Eu briguei com a Jessica, a minha amiga. -não teria mais como esconder dela más eu não poderia falar do Brandon. Na verdade eu nem queria mais tocar no nome dele.-oh minha filhinha! O que aconteceu? Essa Jessica deve ser uma ordinária. -coitada da Jessica,pensei.
-desculpa mãe! Eu quero ir pro meu quarto agora. Amanhã eu posso explicar pra senhora. Eu preciso dormir. Tou com uma enchaqueca daquelas.
-tudo bem filha! Vou trazer um remedinho pra você.
-obrigado mãe! -ela foi para a cozinha, e eu entrei no meu quarto. Tirei o meu vestido e a sandália e me joguei na cama.Minutos depois ela chega com um copo de água em mãos e um comprimido. Tomo o remédio e ela me beija na bochecha me desejando uma boa noite. -boa noite mãe! -Ela se retira do meu quarto, me deixando com meus pensamentos infames.
Era difícil dormir depois do ocorrido, más eu teria aula amanhã. Más assim como ele havia dito eu iria fazer o possível para nem encostar mais nele. Nem olhá-lo mais.
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uma ex nerd
Teen Fictionizabella é a admiradora secreta de Brandon Bittencourt. é nerd estudiosa e tímida. alguém invisível segundo ela, e insignificante segundo Brandon. ela decidirá se revelar para o seu grande amor, mais será humilhada, uma humilhação tão profunda que...