- Olívia eu espero que não esteja mentindo pra mim, você sabe que eu odeio festa de aniversário - resmunguei me afundando ainda mais no banco do carro da minha irmã caçula.
Hoje é o dia do meu aniversário treze de setembro, estou completando vinte e dois anos e desde a minha festa fracassada de quinze anos eu passei a odiar festas de aniversário, e desde então Olívia vem tentando me convencer a comemorar todos os anos, mas eu recuso todas as tentativas. O que aconteceu na minha festa de quinze foi que eu preparei tudo, entreguei, eu mesma todos os convites para no fim ninguém aparecer. Foi o pior dia da minha vida.
- Norah eu não estou mentindo - prometeu enquanto dividia sua atenção entre eu e a rua - Só vamos a uma boate dançar com as meninas só para o seu dia não passar em branco - continuou.
- Vou confiar em você - dei-lhe um voto de confiança e ela assentiu animada sorridente.
Suspirei e encostei a cabeça na janela, eu esperava mesmo que fosse só isso, mas alguma coisa me dizia que essa noite seria incrível.
O lugar aonde Olívia me levou era bem estranho para começo de conversa, eu nunca tinha visto uma boate daquele jeito. Tinha um palco em algumas partes do mesmo tinha algumas barras de pole dance. As mesas próximas ao palco forradas com toalhas vermelhas, havia sofás de couro preto também o bar era afastado das mesas e alguns barman's preparavam bebidas aos clientes. E foi então que eu percebi que naquele lugar só tinham mulheres, franzi o cenho olhando tudo em volta. Observei os barman's e notei que eles usavam todos os mesmos modelitos: gravata preta.
- Olívia que lugar é esse? - perguntou desconfiada.
- O paraíso - respondeu sorrindo sapeca. Ah aonde foi que essa maluca me trouxe - Vem já encontrei as garotas - ela disse e me puxou.
As mulheres eram bem vestidas, algumas aparentavam ter menos idade outras mais, elas riam e bebiam cada uma com seu grupinho.
- Oi - A voz de Olívia me fez prestar atenção nela - Chegamos.
- Até que enfim - Karen minha melhor amiga disse animada vindo em minha direção com os braços abertos - Feliz aniversário minha gatinha - desejou depois de me prender em seu abraço de urso.
- Obrigada Karen - a abracei de volta.
Nós nos sentamos e no segundo seguinte ás luzes se apagaram, agarrei o braço de Olívia e apertei.
- Relaxa Norah - ela murmurou perto de mim.
Como se fosse fácil.
- Estou tentando, mas esta bem difícil - disse baixo também.
O palco se iluminou revelando um homem vestido de médico ao lado, e do outro lado um, outro homem só esse vestido de bombeiro, então uma música totalmente sensual começou a tocar e os dois começaram a dançar de um jeito muito gostos de se ver. Eu não conseguia parar de olhar, aquilo era totalmente viciante.
- Não acredito que você me trouxe num clube só para mulheres - indaguei e Olívia riu.
- Curte o show, ok - pediu ela e foi o que fiz, aproveitei o show. Aqueles dois homens maravilhosos, isso eu não podia negar, eles dois eram gostosos pra cacete.
Enquanto eles tiravam as peças de roupas às mulheres em volta - inclusive eu - não paravam de gritar.
O bombeiro foi o primeiro a ficar sem calça. E meu Deus que corpo maravilhoso, que espetáculo de homem. O moreno que estava vestido de médico começou a rebolar e eu quis subir no palco e agarrar aquele cara.
- Meu Deus - sussurrei sem conseguir desviar meus olhos daqueles corpos.
Eu nunca tinha assistido a um show de strip-tease e ninguém nunca fez um strip pra mim. Quando faltavam só as cuecas para serem tiradas, eles brincaram com a barra provocando todas nós, mas quando eles estavam prestes a tirar a maldita as luzes se apagaram e as cortinas fechadas.
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Fetiches (Degustação)
Historia CortaLivro de histórias eróticas. Um passatempo para todos os gostos. Contos que esbanjam romance e sensualidade. Sensualidade é deixar alguém com água na boca sem ser vulgar. Sensualidade é algo místico, secreto que merece ser da contemplação, um objeto...