Cap.9: Mães em Apuros

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Pov. May

  Náiades nadavam pelo lago de canoagem pacialmente calmas. Quando joguei o dracma de ouro, elas tentaram pegar, mas já havia desaparecido. Imaginei, talvez que Netuno não estivesse pagando bem às garotas, nem mesmo eu sabia se elas trabalhavam para o meu pai.

  -Oh, Querida Íris, mostre-me Cloe Parcker. - Falei. Uma fumaça se formou, o lugar dentro da mensagem era escuro e sombrio, paredões de concreto velho eram as paredes, o chão, também de concreto; estava com rachaduras que poderiam se abrir a qualquer momento. Vi minha mãe acorrentada. ao lado da parede da esquerda, ela estava suja, seus cabelos loiros estavam desgrenhados e sujos como poças de lama, tinha um corte escandaloso em sua bochecha esquerda e ofegava a cada minuto. - Mãe... - sussurrei entre lágrimas. Ela me ouviu e me olhou com espanto.

  -Filha, - ela falava enquanto lágrimas escorriam limpando seu rosto claro e sujo. - oh, filha. Você já descobriu, sabe que Zeus tambem é seu pai. - ela riu olhando nos meus olhos, deve ter percebido que tirei as lente, durante anos tentei esconder aquilo de todos os meus colegas, que provavelmente me descriminariam por causa daquilo. Ela me ajudara comprando as lentes. E mesmo assim as provocações não cessaram. E apenas agora eu sabia o porquê. - Por favor, tente nos salvar. Gaia sequestrou todas as mães dos semideuses filhos de deuses homens. Ela está querendo revanche. Ela é perigosa, May.

  -Vamos fazer de tudo para tirar a senhora daí. - disse Percy tentando pôr confiança na sua voz. Mas ele estava mais tenso do que eu, isso eu podia sentir.

  -Percy? - disse uma voz vinda de trás de minha mãe, um mulher magra e alta apareceu, os cabelos pretos e longos, os olhos encharcados de lágrimas.

  -Mamãe... Vo-você está bem? - perguntou ele gaguejando.

  -Sim, filho.  - diz a mulher. Ouço um barulho, minha mãe olha para trás e fala:

  -Nos salvem, tenho certeza de que vão conseguir. Eu te a... - a imagem tremeluziu e desapareceu. Um silêncio constrangedor tomava conta do local.

  -Eu também te amo, mãe.

  Não aguentava mais segurar aquela dor, me joguei nos primeiros braços que vi em minha frente e comecei a chorar.

  -Não se preocupe, vamos conseguir salvar as mães de todos. - disse Nico passando a mão nos meus cabelos. Me afastei e pedi desculpas. Uma corneta tocou. - Hora do almoço.

  Leo passou a mão pela barriga.

  -Estou com fome.

  -Eu tambem estou com fome. - falei.

  Jason me olha espantado.

  -Você sabe que faz dois dias que você não come.

  -Não sei como aguentou. - diz Percy e todos os outros riem. Faço uma careta e mostro a língua. - Se fosse eu, já estava na fila pros Campos Asfódelos.

  -Percy! - repreendeu Annabeth com indignação.

A União dos Três Grandes | Operação Mães em Apuros (#1)Onde histórias criam vida. Descubra agora