Capítulo 2

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Um dia depois, o professor que me ajudou de nome Samiro me levou com a permissão de meus pais (que acharam a idéia de eu começar a tocar extraordinaria) à casa de sua prima que também tocava violoncelo para começar a ter aulas com ela.

Eu entrei em seu carro, me sentei no banco de trás e fiquei meio envergonhada por não saber colocar o cinto de segurança e por estar no carro de um professor o que normalmente não é normal.

- P-professor... - Sussurrei. - Não consigo colocar o cinto.
- Não se procupe, eu vou te ensinar.

Ele mostrou como se colocava o cinto enquanto eu o olhava com medo.

Quando chegamos lá, Samiro abriu o portão e de dentro da casa, saiu uma voz doce.

- Samiro?! É você? Está com Jade não? Por favor, entrem.

Fui atrás dele até à porta, Samiro entrou e eu fiquei escondida.

- Vem cá pequena, não precisa ter medo que eu vou cuidar muito bem de você.

Olhei pra cima e vi uma moça morena, olhos azuis, cabelos negros, algumas sardinhas e com um rosto angelical me estendendo a mão com um sorriso meigo.

Coloquei minha mão tremula encima da dela e ela a segurou fortemente e me levou pra dentro.

A sala era aconchegante, azul com quadros lindos e dois cellos no centro. Samiro estava sentado numa cadeira.

- Bom, Jade, essa é Aurora. Minha prima mais nova, bom vou deixar vocês a sós enquanto vou resolver uns negócios.

Ele pegou as chaves e foi embora.

Enquanto eu fiquei lá só olhando para a sala.

- Então querida, vamos começar? - Perguntou ela.

Balancei a cabeça positivamente.

- Então, pegue um cello.

Peguei um mas muito sem jeito, não pensava que aquele instrumento fosse tão pesado.
Aurora deu uma risadinha e foi me ajudar, depois pegou o dela.

- Primeiro de tudo. Você me promete uma coisa? - Ela arqueou uma das sobrancelhas.
- Prometo.
- Você vai levar o estudo do cello a sério e nunca vai deixar de estudar?
- Prometo tudinho.

Ela sorriu, pegou o arco e começou a tocar.

- Bom, então vamos começar florzinha.

Eu e Meu ViolonceloOnde histórias criam vida. Descubra agora