Alguém bateu firmemente na porta e a abriu.
_ Bom dia senhorita. Desculpe encomodá- la_ uma garota entrou deveria ter a minha idade, ela tinha cabelos castanho claro e olhos verdes.
_Não. Não é encomodo nenhum_ dei um grande bocejo depois de terminar de falar.
_ A Rainha Kalyndra pediu para fazer este vestido para a senhorita, espero que goste_ e colocou um embrulho em cima da cama.
Levantei e fui até onde ela estava. Abri, e um belo vestido de manga,verde-água com flores na barra estava, serviu perfeitamente em mim. Ele ia até os joelhos e era rodado.
_ A senhorita ficou muito bonita.E aliás o café da manhã já está servido.
_ Ok. Muito obrigada, este vestido é muito lindo. Nós podemos descer juntas! Ah, me desculpe, qual é seu nome?
_ É Everly, senhorita.
_ É um belo nome. Por favor, me chame de Thália_ sorri para ela, e fomos até a Sala de jantar.
Uma enorme mesa estava sobre o belo mármore branco, as cadeiras eram de um estofado vermelho e a luz das janelas iluminavam o lugar.
Na mesa estavam sentados a Rainha, o Ministro Shalom, William e os meus pais. Eu me aproximei deles, tentado não tropeçar. Quando cheguei mais perto fiz uma reverência á Rainha e dei bom dia a todos.
_ Como vai Srta. Thália?_ perguntou o Sr. Shalom.
_ Estou ótima, obrigada... e o senhor?
_ Melhor impossível.
Meus pais estavam calados, não me dirigiram a palavra nenhuma vez.
_Majestade, eu pensei muito no que me disse ontem... eu aceito, eu quero ajudar.
Todos pararam de comer e me olharam sem entender.
_ Tenho certeza que está fazendo a escolha certa,_ ela parecia feliz com a novidade_ Sr. Shalom, por favor peça para Kate vir falar comigo logo após o café.
_ Sim, senhora.
_ Karol e Phill, eu gostaria de pedir que fiquem aqui mais um tempo, mandarei buscar James.
_ Eu acho melhor não. Estamos felizes que Thália tenha aceitado ficar aqui, mas ficamos longe da fazenda por um dia, e logo será a colheita. Mas agradecemos sinceramente seu convite.
_ É claro, como quiserem_ ela ficou triste por não aceitarem_ vou pedir que levem vocês logo depois do almoço, está bem?
_ Obrigada.
_ Thália. Gostaria de ainda hoje começar seu treinamento, se estiver disposta é claro.
_ Treinamento? Como assim?_ perguntei confusa.
_ Nós ainda precisamos descobrir as tarefas que você terá que realizar. Você precisará aprender à lutar, e a controlar seu poder_ ela fez listas de tudo que eu teria de aprender_ ou melhor... pode ir para casa hoje com seus pais para arrumar suas coisas, e amanhã começamos!_ ela parecia animada com tudo isso.
_ Está bem_ já eu, estava assustada.
Logo depois do almoço eu e meus pais fomos pra casa. Nenhuma palavra foi dita durante o caminho.
Depois que entramos em casa, meu irmão veio rapidamente.
_ Puxa! Por que demoraram tanto?_ ele parecia preocupado.
_ Está tudo bem, querido. Vejo que se virou muito bem sozinho.
Eu subi as escadas sem olhar para atrás. Entrei no meu quarto e fechei a porta. Desmoronei na cama sem conseguir pensar em algo.
_ Thália? Eu posso entrar?_ perguntou ele.
_ Pode.
Ele entrou e caminhou até onde eu estava.
_ O que aconteceu lá? Você aceitou?
Olhei serimente.
_ Você já sabia de tudo, não é?
_ Mais ou menos. Mamãe papai só me contaram ano passado. Estavam preocupados com você... e então? Você aceitou?
_ Sim eu aceitei. Não tive escolha, na verdade... ela disse que coisas horríveis poderiam acontecer, com minha família e as pessoas que eu conheço
_ Como asssim? Ela te ameaçou?
_ Não, não. Ela falou de algo que irá destruir tudo o que conhecemos
Ele parecia um pouco confuso, mas continuou.
_ E quando você vai para lá?
_ Amanhã, logo cedo... você quer me ajudar a arrumar as malas?
_ Ah... é claro.
Separei algumas roupas, e as coloquei na mala. Não eram muitas, mas daria para passar um bom tempo.
Jantei e fui para a cama dormir. Tive alguns pesadelos durante o sono. Em um deles eu estava parada diante de vários corpos estendidos. Uma das minhas mãos eu tinha um grande chicote de prata com diamantes e no outro uma adaga, ambos estavam ensanguentados, uma onda de horror passsou por mim... eu matei aquelas pessoas!
_ Thália! Acorda, acorda..._ alguém me sacudia desesperada, abri com dificuldade, por causa da luz que saia das janelas_ ai querida, ainda bem que você acordou. Teve um pesadelo, não é?
Concordei. Ela fez uma cara de como se tivesse sentido uma pontada de dor. E pegou na minha mão.
_ Quer falar sobre isso?_ minha mãe estava com os olhos vermelhos.
_ Não... eu não quero falar.
_ Está bem_ se levantou e foi até a porta_O café já está servido, vamos lá?
Na mesa havia pão, manteiga, mel, suco, frutas e sereais. Uma mesa bem farta.
_ Bom dia. Dormiu bem? _ meu pai perguntou.
_ Não muito.
_ Está anciosa para ir?
Dei de ombros.
_ Acho que sim.
_ Têm algo que eu e sua mãe queremos que você entenda... nós sempre, seremos seus pais e sempre, amaremos você. Não importa o que aconteça. Está bem?
_ Vou sentir falta daqui.
Um carro buzinou lá na frente.
_Está pronta?_ perguntou James_ eu te levo suas malas até o carro.
Peguei minha mala, e desci as escadas. Encontrei meus pais e meu irmão na frente da porta.
_Por favor minha filha tome muito cuidado. Preste atenção em tudo que ela te ensinar_ meu pai estava triste, mas sorria de um jeito carinhoso.
_ Nós te amamos querida, nunca se esqueça disso.
_ Venha cá, me dê um abraço_ James as vezes deixava aquele seu jeito de quem não se importa com nada, de lado.
Levamos as malas para fora. Ao invés de uma limosine, estava no lugar um jipe verde escuro. E encostado nele um homem de olhos castanho, estava usando um uniforme de guarda, William estava muito diferente.
_ Olá princesa_ e fez uma reverência.
_ Oi. É você que vai me levar hoje?
_ Exatamente_ logo depois de terminar pegou as malas e colocou no carro.
_ Bom... acho que agora eu tenho que ir_ me despedi de todos e entrei no carro.
