Sua filosofia baseava-se na vaidade das coisas e na importância das idéias. As coisas desaparecem, as idéias ficam. As coisas desfazem-se em pó; as idéias permanecem. As coisas, em suma, são mortais, as idéias são eternas. "O mundo em que vivemos, dizia êle, não é senão uma prisão, escura cela em que nada mais podemos ver e ouvir senão fracos esboços de belas imagens. É como se estivéssemos acorrentados numa caverna, onde podemos ver as coisas apenas parcialmente, e, como que através dum baço espelho, os esplendores dos céus que se desdobram lá por fora, por cima da entrada da caverna. Os objetos que vemos nesse espelho embaciado (o espelho de nossos sentidos terrenos) são simples sombras da realidade. O mundo perfeito, o mundo real, existe como uma Idéia Divina no céu, e o mundo em que vivemos é apenas uma imagem imperfeita dessa Idéia Divina."