Capítulo Dezesseis

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Era tiro para todo lado e meu único pensamento era em ficar viva para poder ver meu sobrinho. Gustavo subia ao meu lado junto com o BN.

- Me deem cobertura,vou avançar - disse saindo do beco aonde estávamos

- Ta louca,mulher? Ali é muito aberto,vai tomar tiro atoa - Gustavo segurou meu braço

Achei melhor escutar ele,estava no jogo a mais tempo que eu. Fui recarregar minha arma e quando olho para trás um cara apontava uma arma para a cabeça do BN de cima de uma casa. Recarreguei minha arma mais rápido e me coloquei na frente dele,dei um tiro e o filha da puta caiu morto.

-Valeu baixinha - BN me deu um beijo na bochecha

Resolvemos avançar pelos beco em direção à boca,tinhamos que pegar o Baiano o mais rápido possível.

***

Felipe Narrando

Estava subindo em direção à boca quando um dos meus soldados me avisa que estavam com o Baiano,abaixei a arma e fui subindo junto com o Coringa. Apenas escutei um barulho e vi meu amigo caindo

- NAAAAAAO - a Manu gritou não muito longe e veio correndo na direção dele

Olhei para tras e vi o verme que tinha atirado nele,apontei a arma,atirei e vi o cara caindo. Corri até o Coringa e me abaixei para ver seu estado. Ele tinha tomado um tiro na barriga. Corri até uns vapores e pedi um carro rápido,logo chegaram o levaram para o hospital da Rocinha.

Subi com a Manu,o Gustavo e o BN pra boca,era agora que eu matava o filho da puta do Baiano. Chegamos ele estava amarrado em uma cadeira

- Você era informante? - ele se referia ao Gustavo

- Sim,eu era. Estava doido pra acabar logo com esse seu reinado

- Bem que eu desconfiei,deveria ter escutado o que falavam de você - ele gritava com raiva

- Mas não escutou,e agora se fudeu - Gustavo soltou uma risada

Cheguei perto do Baiano e cuspi em sua cara,não iria simplesmente mata-lo,iria primeiro tortura-lo.

- Lucy,pede pro Negão dar uma chegada aqui e traz um alicate - a Manu deu um sorriso maligno e foi fazer o que eu pedi

Não demorou quase nada e ela já estava de volta com o Negão e o alicate.

- Mandou me chamar,chefe? - Negão também deu um sorrisinho já sabendo o que iria acontecer.

- Sabe Baiano,seria muito fácil te matar e acabar logo com isso - dei uma pausa olhando pra ele - Mas acho que você merece um pouco mais. - ele me olhava com medo agora - Negão,faz seu trabalho

Negão foi até ele e o desamarrou da cadeira. Abriu o zíper de sua calça jeans,tirou seu pau enorme de dentro da cueca e obrigou o Baiano a ficar de quatro. Ele começou a meter no cu do Baiano,que só sabia gritar de dor,sem dó nem piedade. Os deixei assim por cerca de 15 minutos,quando o Baiano já sangrava muito o mandei parar. Com a ajuda do Negão coloquei o Baiano que mal conseguia sentar de volta na cadeira.

- Isso foi só o começo - eu ri - Me deem o alicate.
Manu me entregou o alicate e eu comecei a arrancar as unhas do Baiano que chorava de dor. Quando arranquei todas o levantei e lhe dei uma boa surra que por estar amarrado não conseguia se defender.

- Arrumem tudo na quadra e mandem todos irem para lá,cansei de brincar com ele - Manu,Gustavo e BN saíram

***

Manuella Narrando

Depois que entrei pra vida do crime,fiquei muito fria. Me fechei para tudo e todos,isso era necessário quando seu trabalho envolvia vida de outras pessoas. Aprendi que tortura era uma coisa comum e eu não deveria sentir pena e que me envolver emocionalmente só me traria problemas. Então a tortura do Baiano não me afetou,pelo contrário,eu estava feliz com aquilo. Tinhamos ganhado a guerra e sabia que Felipe seria um dono melhor para aquele morro.

O Herdeiro da RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora