Se o que ele disse doeu? Sim doeu e não foi pouco. Ele está louco. Este não é o Harry de antes. Antes ele era estupido de vez enquando mas especialmente era querido e fofo comigo. Eu amava-o. Sim e está no passado porque ao longo do tempo eu consegui esquecer esse sentimento.
Harry puxa-me para o lado de fora do salão para pudermos falar mais à vontade. Cruzo os braços sobre o peito e olho para o lugar à nossa volta admirando mais uma vez a paisagem sem nunca encarar Harry.
Ouço-o respirar fundo e eu suspiro."Olha Meghan... eu... desculpa eu estava um pouco exaltado por estares tão próxima daquele gajo" e ele diz de cabeça baixa e eu trinco o lábio para não seder á vizinha no fundo da minha cabeça a dizer para o ir abraçar.
"Eu não sei porquê." afirmo um pouco irritada relembrando o facto de Harry quase ter batido em Paulo.
"Porque... porque eu amo-te e aquele gajo estava a fazer-se a ti" ele diz mas parece arrepender-se do que disse. Arregalo os olhos à primeira parte mas gargalho devido a Harry pensar que Paulo se estava a fazer a mim. Harry olha-me confuso e eu rio ainda mais da sua cara, ele ri por o meu riso se ter tornado um pouco patético e ficamos algum tempo assim fazendo-me lembrar do dia no parque em que ele me salvou de ser violada. Paro de rir aos poucos assim como Harry e tento acalmar a respiração.
"Primeiro, o Paulo é gay" confesso e ele arregala os olhos "Segundo... que história é essa de tu me amares?" pergunto e ele passa a mão no pescoço em sinal de nervosismo.
"Essa história é a mais verdadeira que eu contei... eu amo-te de verdade" ele confessa e é ai que o meu coração parece falhar uma batida mas depois acelera que nem louco e aquela sensação que eu já não sentia desde que fui embora de Londres voltou. Uma impressão percorreu a minha barriga e o sorriso mais idiota que eu já fiz apoderouce dos meus lábios. Ele ama-me como eu o amo a ele. Olho Harry nos olhos e reparo que ele se está a aproximar cada vez mais os seus olhos encaram os meus lábios e eu encaro os deles subindo o olhar depois para os seus olhos ele sorri, o sorriso mais apaixonante que eu já vi, e beija-me num beijo calmo e apaixonante mas ao mesmo tempo necessitado e desesperado sinto-o sorrir a meio do beijo e eu sorriso de volta. Separamo-nos por falta de r e encostamos as testas uma na outra.
"Eu amo-te Meghan e tu és só minha" ele diz
"Eu amo-te Harry e eu serei tua quando tu também fores meu" digo e os seus olhos brilham de felecidade mas ele transporta aquele sorriso de quem está a tramar algo.