Allison chega pouco tempo depois com uma saca da farmácia. Amy tira a caixa que lá vem dentro e dá-ma para a mão. Fico a encarar o pequeno objeto que tirei de dentro da caixa. Eu tinha medo. Tinha medo que desse positivo. As duas raparigas que estavam comigo sairam da casa de banho para eu ficar mais à vontande.
Depois de ler as intruções e fazer o teste esperei poucos minutos.
Que não dê positivo. Por favor.
Abri os olhos para encarar o objeto que tinha duas linhas vermelhas. No fundo eu sabia que ia dar positivo mas mesmo assim eu não queria acreditar. Uma e outra lágrima desciam pela minha cara.
Eu não posso ter este filho. Sou muito nova para tal. E só há uma solução. Por muito que eu não goste dela é a única. O aborto. Só de pensar nessa palavra arrepiava-me. Saí da divisão encarando as munhas duas melhores amigas encostadas à parede do lado contrário da porta da casa de banho.
"E então?" Amy pergunta levantando-se. Em vez de responder atiro o teste para ela. Choque passa pela sua cara. Allison levanta-se também para ver o resultado mas tem uma reação muito diferente da de Amy.
"Eu quero ser a madrinha" ela guincha
"Allison. Eu não... não vou tet este bebé" digo com a minha voz a quebrar.
"Como assim tu vai abortar?" era a vez de Amy falar. Assenti em concordância.
"Tu não podes fazer isso. Esse bebé... o teu bebé não tem culpa de nada. Tu não o podes matar" Allison fala séria. Praticamente a obrigar-me a fazer o que ela diz.
"Concordo com a Ally. O teu filho não tem culpa de nada" Ammy diz um pouco rude
Suspiro "Eu sei que não mas... mas como é que eu vou fazer? Como vai ser a vida dele?" tantas questões mas nenhuma resposta decente na minha cabeça.
"Primeiro tu vais ter de falar com o pai desse filho" Amy diz
"Oh não. Não, não, não. Ele não vai saber. E você não vão contar nada. Eu... eu vou sair do país quando a escola terminar. Devo aguentar mais um pouco. A barriga não vai crescer quase nada" digo confiante nas minhas palavras
"Vais ao menos dizer ao Liam" pergunta Amy.
"Pelo menos ao Liam. Ele é teu irmão" Ally diz e eu passo a mão nos cabelos em sinal de nervosismo.
"Só ao Liam" mal digo isto pego no telemóvel e marco o seu número.
"Passa-se alguma coisa Megh?" ele pergunta mal atende. Suspiro e conto até três mentalmente.
"Eu sei que supostamente não virias a casa mas...mas eu tenho de te dizer uma coisa e não dá geito nenhum ser por telemóvel" digo ecomeço a andar pela casa tentando segurar as lágrimas.
"Estou aí o mais rápido possivel" diz e desliga-me na cara.
Passado 15minutos Liam chega e vem logo ter comigo.
"Megh o que é que se passa? Estives-te a chorar?" não sei porquê mas as suas palavras fazem com que eu chore outra vez
"Liam eu... eu... quando acabar a escola vou sair do país p-"
"O qué? Não tu não vais" ele diz e desespero é o que eu sinto
"Liam calma deixa-a explicar" Ally diz e eeu agradeço-lhe mentalmente.
"Liam eu... eu estou g-grávida" ante que ele me interrompa eu continuo elevando o tom de voz "Tenho de sair do país para o Harry não descobrir"
"Então eu vou contigo" ele diz calmamente
"Não Liam tu não vens" digo firmemente
"Vou sim. Eu não te vou deixar ir sozinha" ele diz como se fosse obvio
"Primeiro eu não sou nenhum bebé. Segundo ou isto ou eu aborto" digo sabendo perfeitamente que o meu irmão é contra o aborto. Ele engole em seco e suspira.
"Tudo bem. Mas promete que fazemos Skipe todos os dias." ele diz apontando o dedo e eu sorrio um pouco. Abraço a sua cintura com força e ele agarra também nas minhas costas para me abraçar.
"Eu posso dat um soco ao Harry depois de ires embora. Só por ele ser o causador de tu te teres de ir embora?" ele pergunta quase como se fosse uma criança de 5 anos a pedir uma prenda ao Pai Natal. Abanei a cabeça negativamente e ele levantou as mão em rendição.
