Sob o muro

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Estou de pé no muro

Olho, observo e contemplo

O verde e vivo gramado

Mas ainda em minhas costas

As raízes da ignorância me prendem

E me puxam as vezes com violência

Quem me puxa?

Deixe-me voar, contemplar outros horizontes

Observar o voar das andorinhas

E voar junto com elas

Deixe-me perder o medo do mar

E descobrir em seu interior

Profundas belezas inexploradas

Mas quem me prende?

Quem me faz, enquanto em cima do muro

Pender para frente e olhar para traz?

Peço a mim mesmo, em voz alta

Com olhar adiante e profundo

Que me solte para esse abismo

Esse abismo sem fim

Com outras infinitas possibilidades

Para que eu possa experimentá-las

E voar, nadar, conforme meu fluxo


André Rangel- 17/5/2014


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