Na penumbra

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E nus pela casa na penumbra
És um anjo que me excita e instiga
Sumindo entre as sombras da casa
Provocando-me a caçar-te
Eis que a encontro
Divagando em si mesma
Como aguardando minha chegada
Parece ter dito coisas que pairam no ar
E que consigo captar e entender
És uma fada como dos bosques
Delicada mas feroz
Belo é admirar-te
Delicioso é provar-te
Sua cena me excita o instinto
Fazendo-me atacar-te por trás
Meus dentes cravam levemente seu pescoço
Fazendo-te suspirar vagarosamente
Parece covardia mas és tu quem estás no comando
De relance como num teatro
Delicada e sexual
Dá continuidade ao exercício por mim iniciado
Nossos corpos conversam entre si
As mãos e dedos tomam posição
Os gemidos aumentam de volume
Agora quem dança são os corpos
A dança do coito e copulação
É levantar-te com minhas mãos e braços
Pegando por suas coxas
Fazendo-te sentar na mesa
Como ensaiado seu corpo responde
De olhos fechados e em transe
Abre-me as pernas e com elas
Me puxa de encontro a ti
As unhas cravejando em minhas costas
Indicam o gozo flamejante
Os movimentos se tornam ritmados
E dançamos compassadamente esta devassidão
Que mistura êxtase e dor
Gozo e sangue, céu e inferno

AndreRangel - 24/10/14

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