Monotonia

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Esse capítulo é indicado a todos os meus leitores, mas em especial, ao maurodanieljr que ler e comenta o meu livro inteiro, com todo todo o carinho te faço essa dedicação... espero que continue lendo. Sem duvidas eu escrevo com todo carinho cada palavra.

"Quando a tristeza vira sua companheira, não adianta encher de argumentos para que a felicidade volte, isso só irá piorar a situação, mas com o silêncio e a aceitação, ela descansará nas profundezas da sua memória"
(Ceifador do amanhecer)


- Não importa quem eu sou. Fique calada, eu te salvei daquele idiota no bosque, apenas isso. Consegue lembra do que aconteceu? - perguntou ele, olhando os carros do lado de fora pela grande janela do quarto.

O silêncio tomou conta daquele lugar, aquela jovem moça ainda estava atordoada, por um momento foi como se o tempo estivesse parado e só ela estivesse naquele quarto. No mesmo instante ela sentou-se é viu que estava sem blusa, apenas a sua calça estava em seu corpo, as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto e uma grande tristeza tomou conta de sua expressão que antes era apenas de surpresa. Foi aí que ela se cobriu novamente com o lençol e para cobrir-se e abraçou suas pernas junto ao corpo. Seu choro passou a ser a única coisa que podia ouvir. Era possível ver seu corpo repleto hematomas, mas a única coisa que ela sentia era que estava completamente suja. O que poderia ser um grande pesadelo, havia realmente acontecido, as lembranças passavam pela sua cabeça como se nunca fossem terminar.

- Aquele homem nunca mais tocará um dedo em você e não se preocupe. Você não foi culpada do que aconteceu, não chore, algo pior poderia ter acontecido. Não se preocupe, você está salva. - sussurrou ele baixo, mas na medida certa para que ela pudesse escutar.

- Eu não vou mais consegui sair na rua. Como isso foi acontecer comigo? E se ele tentar fazer isso novamente? - falou falou ela em meio ao choro.

- Isso não será possível... - depois de um pequena pausa ele continuou - ele nunca mais vai se aproximar de você. - falou ele ainda olhando na janela e sem virar-se para vê-la.

- Não sei o que eu fiz para que alguém pudesse querer fazer isso comigo, não acredito que mereço uma coisa dessas, porquê eu ... - falou ela, não conseguindo terminar sua frase, pois foi interrompida por ele.

- Se não fosse você seria outra garota qualquer, mas você estava no momento propício para que aquilo tivesse seu início, então ele simplesmente aproveitou a situação, para ele não importava nada e nem ninguém, ele sempre fazia a mesma coisa que fez com você, e só iria piorar, já matou várias mulheres da mesma forma, mas seu arrependimento e nem sua conversação não aconteceram, ele sempre considerou fazer aquilo, a melhor coisa do mundo. Quando se faz algo errado por tanto tempo, fica difícil de mudar, porém mesmo assim, ainda é possível que a mudança aconteça, tem pessoas que conseguem, mas tem outras, que o prazer em ver a dor dos outros é tão grande, que pouco importa se vai ou não fazer o mal a alguém. O que importa é sua própria razão.- explicou ele aos poucos.

- Então ele já fazia isso? Porque nunca foi preso? - perguntou ela ao choro.

- Sim...- ele respondeu apenas com essas palavras e o silêncio tomou conta do quarto. A jovem começou a chorar como se essa dor nunca fosse terminar.

- Eu não deveria ter saído arrumada de casa hoje, ele nem sequer iria reparar a minha existência. - falou ela quebrando o silêncio.

- A forma que você se arruma não justifica a podridão do coração daquele homem. Sua carne estava toda consumida por coisas ruins e não foi possível a mudança. O que aconteceu com ele, poderia ter acontecido bem antes, mas a esperança que a ele pudesse mudar continuava latente. Mas como costumo dizer: "quando a carne apodrece, a alma se rompe e o caminho se encerra". Apenas fui o encarregado de fazer o que fiz.

- Como você tem tanta certeza que ele não vai tentar fazer novamente o que ele tentou fazer comigo? - perguntou ela, levantando a cabeça que estava apoiada em cima de seus joelhos.

- Confie em mim, isso nunca irá acontecer. - respondeu ele enfim virando-se para falar a ela - Nenhum mal irá acontecer a você, eu não permitirei isso.

- Como vou poder confiar em você se nem te conheço? E se você tentar fazer a mesma... - Começou a falar e foi interrompida por ele.

- Eu não sou igual a ele e nunca serei. - falou ele, olhando nos olhos dela.

- você tem razão, você me salvou, isso não se encaixaria. Obrigado por ter me salvado. - falou ela chorando novamente, as lembranças do que havia acontecido mais cedo perturbava sua memória, as lágrimas já estavam molhando o lençol, seus movimentos limitados e seus músculos rígidos era possível ver quanto o medo e a tristeza ainda tomava conta de seu corpo.

- Eu fiz apenas o que deveria ser feito. Não precisa me agradecer. Apenas continue sendo quem você é. E se continuar assim, sem dúvidas seu final será muito feliz para você...- respondeu ele baixinho e voltando a se sentar.

Pegou o jornal e começou a ler, enquanto aquela jovem continuou chorando por algumas horas na mesma posição.

- Qual é o seu nome? - perguntou a ela, quando viu que estava se aclamando.

- Me chamo Lauren. - respondeu ela limpando pela primeira vez às lágrimas de seu rosto.

Ele se aproximou dela e viu que todas as vezes que ele se aproximou dela, seus músculos ficavam mais tensos.

- Não tenha medo de mim, não vou fazer nenhum mal a você, quis apenas ajuda-lá quando a salvei daquele homem. - falou ele tentando a tranquilizar.

- Desculpe-me. Mas estou precisando tomar um banho e ir para minha casa, também preciso de roupas. - falou ela começando a chorar novamente.

- O banheiro é aquela porta ali, deixarei algumas de minhas camisas para você escolher uma e usar, - falou ele indo até uma porta e trazendo algumas camisas, lá poderia ser um closet, e continuou falando - lá tem toalhas limpas e tudo que você precisa, irei lhe esperar na sala e lhe deixarei em sua casa, vou lhe esperar na sala, só descer as escadas e me verá. - Explicou a ela e dirigiu-se até a porta - vou sair para que possa ficar a vontade.

- Muito obrigado por ter me ajudado. - falou ela ainda triste.

Minutos depois ele escuta o som depois Passos leves na escada e se vira para ver ela descendo, a beleza já estava estampada no rosto de Lauren mesmo estando sem maquiagem, realmente o homem não ficaria sem notar a presença dela. Mas a expressão do Ceifador ficou pesada.

- Tenho muito a lhe agradecer por ter me salvado. - falou ela tentando dar um pequeno sorriso a ele.

- Não precisa me agradecer. Agora tenho que te levar a sua casa... - falou ele sendo interrompida por ela.

- não se preocupe, eu vou de táxi. - respondeu ela.

- Eu não vou deixar você ir sozinha para sua casa. - continuou ele.

- Mas eu não vou sozinha.... o motorista que vai me levar. - continuou ela.

- Então eu serei seu motorista, vamos, meu carro está na garagem.

...

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⏰ Última atualização: Oct 21, 2015 ⏰

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