Mais tarde, naquela mesma manhã...
O sol subiu mais alto no céu para o lado leste, brilhando alegremente sobre a ilha Aumakua. Brisas lentas e tropicais sopravam pelo vilarejo, espalhando o aroma dos abacaxis e das mangas maduros da selva vizinha. As cachoeiras desaguavam festivamente à distância, proporcionando música àquele paraíso.
Agora, o centro da ilha estava deserto. Depois de o perigo ter passado, os moradores retornaram à vida cotidiana. Enquanto os adultos trabalhavam, as crianças nadavam nas águas frias e claras embaixo de uma serena cachoeira. Tudo estava em paz.
No coração do povoado, uma ave bem vermelha voou e pousou sobre o ombro da estátua. Contraindo suas asas, pôs-se em pé e altiva, como se estivesse protegendo o medalhão, mas apenas por um momento. Um instante depois, uma pequena mão o espantou dali.
— Pássaro estúpido.— disse uma voz infantil.— Não estou interessado em você.
A mão e voz pertenciam a Huko, o filho alto e magro, de seis anos de idade, do rei Kieli. Com cabelos escuros encaracolados e olhos castanhos, ele parecia uma versão mais nova de seu pai, exceto pelo fato de a bondade do rosto do rei ter sido substituída pelo orgulho e pela arrogância presentes em seu herdeiro. Nesse momento em particular, o semblante de Huko estava repleto de determinação, enquanto pulava repetidas vezes, tentando alcançar o medalhão.
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O Medalhão Perdido [PARADO]
AksiO medalhão perdido é mais do que uma simples história sobre dois amigos em busca de um tesouro perdido. Esta aventura faz com que todos nós relembremos que nossa importância não está nas realizações, na quantidade de amigos que temos nem nas etiquet...