continuação do capitulo 1

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Enquanto rodavamos pela chuva, podia vê lo se tornar cada vez mais soturno. Eu não estava apenas negando alguma doutrina falsa, mas uma faceta preciosa de sua vida interior.
Porém, tanta coisa na ciência verdadeira e igualmente emocionante, um estímulo intelectual muito maior - além de estar bem mais perto da verdade. Ele sabia dos tijolos moleculares da vida que existem lá fora, no gás frio e rarefeito entre as estrelas? Tinha ouvido falar sobre as pegadas de nossos antepassados que foram encontradas em cinza vulcânica de 4 milhões de anos? E que dizer do Himalaia se erguendo quando a Índia se espatifou contra a Ásia? Ou da maneira pela qual os vírus, construídos como seringas hipodérmicas, introduzem furtivamente o seu DNA pelas defesas do organismo hospedeiro e subvertem o mecanismo reprodutivo das células?, ou da procura de inteligência extraterrestre pelo rádio? Ou da recém descoberta antiga civilização de Ebla que alardeava as virtudes da cerveja Ebla? Não, ele não tinham ouvido falar. Como também não conhecia, nem mesmo vagamente, a indeterminação quântica, e reconhecia DNA apenas com três letras maiúsculas que frequentemente apareciam juntas.
O Sr. "Buckely" - bom papo, inteligente, curioso - não tinha ouvido virtualmente nada sobre a ciência moderna. Ele tinha um apetite natural pelas maravilhas do Universo. Queria conhecer a ciência. O problema e que toda a ciência se perdera pelos filtros antes de chegar até ele. Os nossos temas culturais, o nosso sistema educacional, os nossos meios de comunicação haviam traído esse homem. O que a sociedade permitia que escoasse pelos seus canais era principalmente simulacro e confusão. Nunca lhe ensinara como distinguir a ciência verdadeira da imitação barata. Ele não tinha ideia de como na ciência funciona.
Há centenas de livros sobre Atlântida - o continente mítico que dizem ter existido há uns 10 mil anos no oceano Atlântico. (Ou em algum outro lugar. Um livro recente o localiza na Antártida). A lenda remonta a Platão, que a relatou como uma história de eras remontas que lhe chegou aos ouvidos. Livros recentes descrevem com segurança o alto nível da tecnologia, dos costumes e da espiritualidade em Atlântida, bem como a grande tragédia que significa um continente povoado afundar nas ondas. Há uma Atlântida da "Nova Era" , "a lendária civilização de ciências avançadas", voltada principalmente para a " ciência" dos cristais. Numa trilogia chamada crystal enlightenment, escrita por Katrina Raphael - os livros que são os principais responsáveis pela mania de cristais nos Estados Unidos - os cristais de Atlântida lêem a mente, transmitem pensamentos, são repositórios de história antigamente, transmitem pensamentos, são repositórios de historia antiga, bem como o modelo e a fonte das pirâmides do Egito. Nada que chegue perto de alguma evidência e oferecido para confirmar essas afirmativas. (Talvez haja um ressurgimento da mania de cristais depois da recente descoberta, feita pela ciência verdadeira da sismologia, de que o núcleo interior da Terra pode ser composto de um único cristal imenso e quase perfeito - de ferro).
Alguns livros - Legends of the Earth, de Dorothy Vilatiano, por exemplo - interpretam com simpatia as lendas originais de Atlântida como uma pequena ilha no Mediterrâneo que foi destruída por uma erupcao vulcânica, ou como uma antiga cidade que deslizou para dentro do golfo de Corinto depois de um terremoto. Pelo que sabemos, essa pode ser a origem da lenda, mas está muito longe da destruição de um continente onde surgirá uma civilização mística e técnica sobrenaturalmente avançada.
O que quase nunca encontramos - nas bibliotecas públicas, nas revistas das bancas de jornal e nos programas de horário nobre na televisão - e a evidência, fornecida pelo deslocamento do fundo do mãe e pelo movimento das placas tectônicas, e também pelo mapeamento do fundo do oceano, mostrando de forma inequívoca a impossibilidade de ter existido um continente entre a Europa e a Américas num período que se aproxime da escala de tempo proposta.
Os relatos espúrios que enganam os ingênuos são acessíveis. As abordagens céticas são muito mais difíceis de encontrar. O cetismo não vende bem. Uma pessoa inteligente e curiosa, que se baseie inteiramente na cultura popular para se informar sobre uma questão como Atlântida, tem uma probabilidade centenas ou milhares de vezes maior de encontrar uma fábula tratada de maneira acrítica em lugar de uma avaliação sóbria e equilibrada.
A ciência desperta um sentimento sublime da admiração. Mas a pseudociência também produz esse efeito. As divulgações escassas e madeiras da ciência abandonam nichos ecológicos que a psepseudociencia preenche com rapidez. Se houvesse ampla compreensão de que os dados do conhecimento requerem evidência adequada antes de e poder ser aceitos, não haveria espaço para a pseudociência. Mas na cultura popular prevalece uma espécie de Lei de Gresham, segundo a qual a ciência ruim expulsa a boa.
Em todo o mundo, existe um enorme número de pessoas inteligentes e até talentosas que nutrem uma paixão pela ciência. Mas essa paixão não e correspondida. Os levantamentos sugerem que 95% dos norte-americana são "cientificamente analfabetos". A porcentagem e exatamente igual a de afro-americanos, quase todos escravos, que eram analfabetos, quer ele se aplique a língua, quer a ciência. Mas qualquer índice de analfabetismo próximo de 95% e grave.
Toda geração se preocupa com o declínio dos padrões educacionais. Um dos ensaios curto mais antigos, escrito na Suméria há 4 mil anos, lamenta que os jovens sejam desastrosamente mais ignorantes do que a geração imediatamente anterior. Há 2400 anos, o idoso e rabugento Platão no livro VII das Leis, deu a sua definição de analfabetismo científico.
" Aquele que não sabe contar um, dois, três, nem distinguir os numeros ímpares dos pares, ou que não sabe contar coisa alguma, nem a noite nem o dia, e que não tem noção da revolução do sol e da Lua, nem das outras estrelas ... Acho que todos os homens Livres devem estudar este Ramo do conhecimento tanto quanto ensina uma criança no Egito. Quando ela aprende alfabeto naquele país. Os jogos aritméticos foi inventados para os empregados por simples crianças e ela usa aprende como se fosse um prazer diversão com espanto, e o no final da vida tem tomado conhecimento de nossa ignorância sobre essas questões, acho que parece muito mais porcos do que homens e tenho muita vergonha não só de mim mesmo mas de todos os gregos."
Não sei até que ponto a ignorância em ciência matemática contribui para o declínio de Atenas antiga, mas sei que as consequências do analfabetismo científico sou muito mais perigosos em nossa época do que qualquer outro período anterior. É perigoso e tem Mário que o cidadão médio continente continue a ignorar o aquecimento global por exemplo ou a diminuição da camada de ozônio, a poluição do ar por lixo tóxico e radioativo, a chuva ácida, a erosão da camada superior do solo, o desflorestamento Tropical crescimento exponencial da população. Os empregos e salários depende da ciência e da tecnologia. Se a nossa nação não puder fabricar, com alta qualidade a preços baixos, os produtos que as pessoas querem comprar, as indústrias continuaram a se deslocar para transferir um pouco mais de prosperidade para outras partes do mundo. Considerem se as ramificações sociais da energia da fissão e fusão, dos supercomputadores, das rodovias informação, do aborto, do radônio, das reduções maciças, de uma arma estratégica, do vício das drogas, nas intervenções do Governo na vida de seus cidadões, da TV de alta resolução, da segurança das Linhas Aéreas dos aeroportos, do transplante de tecidos fetais, dos cursos da saúde, dos aditivos alimentares, dos remédios para melhorar a mania da depressão ou esquizofrenia, dos direitos dos animais, da supercondutividade das pílulas anticoncepcionais tomados após a relação sexual, das Olimpíadas de Exposições anti-sociais hereditárias, das estações espaciais, da ida a Marte, na procura de curas para AIDS e o câncer.
Como podemos Executar a política nacional - até mesmo tomar decisões inteligentes sobre nossas próprias vidas - se não compreendermos as questões subjacentes? enquanto escrevo o congresso está dissolvendo seu próprio departamento de avaliação de tecnologia - a única organização que tenha tarefa específica de orientar a câmera e o senado sobre Ciência e Tecnologia - sua competência é integridade tem sido exemplos durante todos esses anos. Dos 535 membros do Congresso dos Estados Unidos raramente 1% chegou até alguma informação científica significativa no século 21. Os presidentes científicamente Alfabetizado foi talvez Thomas Jefferson.
Assim como é que os nortes-americanos decidem essas questões? como é que instrui seus representantes? quem de fato toma suas decisões, baseando-se em que fundamento?

O mundo assombrado pelos demôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora