III. Dura Realidade.

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⚠️ Este trecho contém cenas de violência física e conteúdo adulto explícito que podem ser perturbadores para alguns leitores. Inclui descrições de agressão física, coerção sexual implícita, e temas relacionados à submissão não consensual. Leia com cautela e considere seu conforto emocional antes de prosseguir.


Estefânia

Acordei buscando ar e o senti com facilidade. Demorei alguns segundos para assimilar o que havia acontecido. Não sabia ao certo se tinha sido um sonho, mas logo percebi que não fora um sonho quando toquei meu pescoço e senti uma dor incômoda. Abri os olhos e olhei em volta.

— Oh, céus! — quase gritei. Olhei ao redor e me senti em um filme de terror. Estava deitada em um sofá cinza escuro e a casa toda era, digamos, excêntrica. Toda a decoração era dark. Deus, o que fiz para merecer isto? — me perguntava. Quando a ficha caiu, comecei a chorar. Será que iria ser maltratada ou talvez explorada? Ele iria me obrigar a ser sua empregada? O destino me reservava algo pior...

Escutei passos na escada e olhei imponente. Segurei o choro e limpei o rosto enquanto o estudava. Ele usava uma calça de moletom com casaco, e senti um frio na espinha, um arrepio que tomou meu corpo e só pude suspirar de medo. Ele se aproximava até ficar em minha frente. Senti uma necessidade de abaixar a cabeça e ouvi um risinho debochado. Meus olhos se encheram de lágrimas. Sim, eu já estava chorando! Ouvi sua voz me chamando e me mantive imóvel.

— Estefânia, preciso te informar sobre sua nova situação. Pode levantar a cabeça — disse enquanto se sentava ao meu lado.

— Pode falar — sussurrei assustada.

— Não vou fazer rodeios. Vamos direto ao ponto. Não te considero família. Estava procurando alguém para me servir, mas você atrapalhou meus planos. Então, por antecipação, vou lhe dizer de uma vez: você será minha nova submissa. Sinta-se feliz, isto é um privilégio — disse enquanto tocava minha coxa e apertava firmemente. Senti meu rosto queimar e um ódio crescer dentro de mim.

— Não quero ser sua empregada, não preciso disso. Posso voltar ao Brasil e trabalhar duro. Não preciso de você — disse quase gritando, ao mesmo tempo que empurrava a mão dele com nojo. — Não me toque!

Ele riu baixinho, mas não de forma divertida. Parecia quase satisfeito com minha reação.

— Estefânia, você sabe o que é uma submissa? — perguntou, forçando uma doçura na voz.

— Claro que eu sei. No Brasil, isso se chama empregada — disse, desafiando-o.

— Não, minha querida. Não é isso que estou querendo dizer — ele respondeu, paciente. — Uma submissa não é uma empregada. Empregadas fazem o trabalho do lar. Submissas são diferentes. Elas atendem às vontades e necessidades pessoais, emocionais e, sim, sexuais de quem as domina. É um tipo de relação que vai além do trabalho doméstico. É uma entrega total, uma devoção. E é isso que espero de você. Não é apenas uma questão de limpeza ou organização. Não preciso disso. Quero que você entenda que a sua nova função aqui é ser alguém que vai além do simples serviço. Você vai satisfazer todas as minhas vontades, seja qual for. E quando for.

Seu tom era calmo e controlado, mas cada palavra me deixava mais aterrorizada. O sorriso que ele exibia me dava um aviso claro de perigo iminente.

Olhei para ele assustada, percebendo que ele avançava em minha direção. Esquivei-me assustada e corri. Não sabia para onde correr, apenas corria. Ele não podia estar falando sério?

Sabe aquele momento de sua vida em que você precisa ser forte, mas não encontra sua força?

Corri o máximo que pude dentro de uma casa estranha, lágrimas caíam pelo meu rosto. Precisava me esconder, precisava pensar. Me deparei com uma parede ao fim de um longo corredor cheio de portas. Encostei na parede, fechei os olhos e pensei nos meus pais, nos meus amigos, e lembrei do meu celular. Sem pensar, tirei-o do bolso e disquei o primeiro número da lista. Só tive tempo de levar o celular ao ouvido antes que ele fosse arrancado de mim e arremessado longe, ficando todo destruído. Senti suas mãos fortes segurarem meus braços, e seu corpo me empurrou contra a parede. Percebi que ele estava perto demais, sentindo meu cabelo.

— Não! Por favor, não toque em mim — falei, com a voz trêmula, meus olhos transbordavam lágrimas.

— Escute, Estefânia — Disse ele, firmemente. — Não adianta resistir, a sua resistência é como gasolina no incêndio que eu sou.

Olhei para ele, confusa e assustada. Ele se mantinha próximo, me olhava de cima, demonstrava controle durante todo o momento em que estávamos juntos.

— Eu não vou te forçar a nada. Não estou aqui para isso, mas você precisa entender sua nova posição aqui. — Ele suspirou, visivelmente tentando se controlar.

— Que posição? O que você quer de mim? — Perguntei, tentando manter a calma.

— Eu quero que você fique aqui comigo, por livre vontade, que aceite as regras desta casa. — Ele manteve o olhar fixo no meu.

— E se eu não aceitar? — Falei num fio de voz tremido.

— Então as coisas vão ficar muito difíceis para você. — Ele deu um passo atrás, sua postura era assustadora.

— Eu não sou uma prisioneira! — Gritei, desesperada.

— Não, você não é. Mas você tem que entender que há expectativas. — Ele suspirou novamente, tentando parecer razoável.

— Que tipo de expectativas? Eu não te prometi nada.

— Expectativas de obediência e de... serviço. — Ele disse a última palavra lentamente, como se pronunciasse cada silaba prazerosamente.

Meu corpo se converteu num calafrio longo.

— Por que eu tenho que ser essa submissa? — Minha voz ainda falhava.

— Por que sim, eu esperei este momento a minha vida inteira. Você vai aprender a querer isso, e aceitar essa nova vida. — Ele sorriu, mas seu sorriso era frio.

Meu coração batia acelerado. Eu precisava sair dali, mas como?

— E se eu me recusar? — perguntei, erguendo meu queixo tentando parecer mais corajosa do que me sentia.

— Não vai ser fácil. Não terá luz, água ou comida. Será deixada para pensar nas suas escolhas. — disse ele, calmamente.

Eu sabia que precisava pensar rápido. Precisava ganhar tempo.

— Está bem, eu vou pensar. — disse, tentando esconder o pânico na minha voz.

— Boa garota. Agora, venha comigo. Vamos conversar mais sobre isso. — Ele estendeu a mão, esperando que eu a pegasse.

Relutante, segurei sua mão, sabendo que precisava encontrar uma saída, mas também entendendo que, por agora, precisava jogar o jogo dele.

Enquanto ele me girava ao redor do meu corpo, minha mente trabalhava freneticamente. Eu precisava de um plano. Precisava encontrar uma maneira de me libertar dessa situação. E sabia que não seria fácil.

— Eu quero que você tire a sua roupa. — Falou firme e alto o suficiente para que eu entendesse que não era um pedido.

Hesitante e com o corpo tremendo de medo, não resisti, ali eu não tinha escolha. Lentamente, comecei a tirar minhas roupas, peça por peça, até estar totalmente nua em sua frente. Seu olhar não era gentil, ele me avaliava, observando cada movimento de respiração que eu fazia.

De repente, sem nenhum aviso, ele deu um tapa forte em meu rosto, fazendo minha cabeça girar.

— Isso é para que você se acostume a dor, até que entenda que ela é sua amiga. — Disse ele com uma frieza assustadora.

Meu rosto ardia e lagrimas quentes escorreram pelo meu rosto, meu orgulho quebrado, mas ainda existente não me deixou cair. Ele se aproximou e, com uma suavidade perversa, beijou o local que havia batido.

Sem pensar nas consequências, senti uma onda de raiva crescer dentro de mim. Antes que pudesse me deter, levantei a mão e devolvi o tapa, meu corpo tremendo de fúria e medo.

Ele ficou em silêncio por um momento, surpreso. Em seguida, um brilho sádico surgiu em seus olhos.

— Interessante. — disse ele, esfregando o local onde eu o havia atingido. — Parece que você tem um pouco de luta em você, afinal.

Com um sorriso frio, ele se virou e saiu do quarto, trancando a porta atrás de si e me deixando nua e sozinha no escuro, minhas emoções em turbilhão e meu coração batendo forte.



Meu Tio Dominador (REPUBLICAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora