Once in a Lifetime | L.P fanfiction |

Capítulo 24

Louis não voltou pra sala, já estou ficando preocupada. Quero muito sair daqui e ir atrás dele, tenho certeza que aconteceu algo grave, estou suando. As aulas acabam e finalmente vou atrás do Louis. Pego sua mochila que ele deixou aqui e a minha.

"Karen." vejo seu cabelo ruivo no meio da multidão. Ela me olha e sorri.

"Oi." posso ver felicidade em seus olhos.

"Está tudo bem com o Zayn?" ela ri. Sim, está.

"Sim, mas e aí? Como está?" andamos até a saída.

"Estou preocupada com o Louis, o diretor o chamou na sala e não voltou mais." O diretor está parado na porta da secretaria sozinho. "Espera aí." caminho até ele.

"Oi Sr. Miller. Onde está o Louis?" pergunto educadamente.

"Ele foi para casa." Pra casa? Porquê?

"Oh... Obrigada." volto para a Karen e ela está confusa.

"O que foi?" ela pergunta.

"Preciso ir na casa do Louis, mas eu não faço a menor ideia de onde seja." Aconteceu algo muito grave, o diretor não libera alunos por motivos bestas.

"Eu também não. Conhece alguém que saiba?" penso. O Louis me disse uma vez que o Liam era seu vizinho.

"O Liam." ela faz uma cara de safada. Dou-lhe um tapa no ombro. Rimos. "Me leva lá."

"Não posso, estou sem o carro, vou embora com meu pai." Oh não... Não quero pedir carona pro Liam. "Pede carona pro Liam." ela sorri pensando exatamente o contrário de mim.

"Nunca." no mesmo momento vejo o Liam saindo da escola com a Stacey, meu coração dói. Olho para Karen. "Até porque ele está com a Stacey." ela vê os dois.

"Não mais." Stacey está entrando no carro do Harry e Liam caminha até seu carro sozinho.
"Qual é, só é uma carona, aliás, você tem que dar aulas para ele não é?" é verdade. Só é uma carona.

"Tudo bem, vou indo lá, até mais tarde." nos despedimos e vou até o Liam, que me olha com atenção.

"Oi..." sorrio. Ele está encostado no para choque do carro sozinho.

"Oi Thery. Precisa de alguma coisa?" ele é sempre tão educado.

"Na verdade sim, pode me levar até a casa do Louis?" seu sorriso se fecha. Ele destranca o carro.

"Claro." responde. Entro no carro. A viagem está sendo silenciosa. Passamos em uma rua que só tem casas sofisticadas. Olho atentamente para cada uma, Liam para em frente a uma casa marrom, muita linda, de uns três andares, um gramado bem verde e flores coloridas. Uma casa rústica, mas linda.

"Essa é a casa do Louis. Aquela é a minha." eles moram exatamente um do lado do outro. A casa do Liam é muito mais moderna, é branca, com janelas de blindex, o dobro da minha casa, cortinas verdes cobrem as janelas e seu jardim é coberto de tulipas vermelhas. Sou apaixonada em flores. Um range rover branco está estacionado em frente a sua casa. Deve ser o carro do seu pai. Vejo o Corolla do Louis parado na garagem.

"Obrigado pela carona. Posso te dar aulas na sua casa hoje?" ele pensa.

"Claro, bate lá depois." sorrio. Saio do carro e o Liam fica me olhando.

Bato na porta umas três vezes e ninguém abre, decido entrar. Abro e não vejo ninguém. A casa por dentro é ainda mais linda, adoro casas rústicas, tem um grande sofá de couro no meio da sala e uma TV enorme na parede.

"Olá." grito. Nada.

"Thery." uns segundos depois ouço a voz do Louis vindo de uma porta. Caminho e é a cozinha. Louis está sentado no chão com um porta retrato em sua mão, me aproximo e a foto é seu pai, ele e uma mulher, deve ser sua mãe, muito bonita por sinal. Sento-me ao seu lado. Já sei o que se passa, não tenho dúvidas disso. Louis não consegue se segurar e chora, chora muito. Não sei como é a dor de perder um pai, ou uma mãe, mas deve ser horrível, perdi a Anna e... Foi terrível.

"Eles tinham tanto pra viver ainda..." diz aos soluços. Faço carinho em seus cabelos e ele deita-se no meu colo. Não consigo aguentar. Choro também. Nós estamos aqui, no chão da cozinha, a chorar.

"Vai ficar tudo bem." Não posso deixá-lo, seria terrível, vou cuidar dele, até se ele se recuperar, sou ser amiga, companheira, mas não estou apaixonada por ele.

"Você não vai me deixar não é?" suas palavras fizeram meu coração gelar, não posso deixá-lo.
"Não vou te deixar." as palavras saíram dificilmente, mas saiu. Ele está aliviado com a minha resposta.

Passam-se alguns minutos e Louis dorme no meu colo. Sacudo-o e ele acorda.

"Vai pra sua cama." digo ajudando-o a levantar.

"E você?" sua voz baixa.

"Vou estar aqui." vou voltar quando terminar de dar aulas pro Liam. Ele sobe e adormece.

Pego minha bolsa, limpo as lágrimas no meu rosto e vou em direção a casa do Liam. Bato e uma mulher de meia idade abre. Sorri pra mim e eu também.

"Pois não?" ela pergunta educadamente.

"Vim dar aulas pro Liam." ela dá espaço para passar e entro. A casa é bem moderna, toda branca, móveis brancos e dificilmente tem algum de outra cor. Liam desce as escadas e me olha esboçando um lindo sorriso.

"Vamos?" ele diz.

"Sim." subo as escadas. Incrível como toda essa casa é branca. Até fica chato. Entramos num quarto que levo um susto por completo, não tem nada branco, parece o meu quarto, um quarto normal, mas totalmente diferente do resto da casa. Uma grande pilha de livros, e reconheço a maioria deles. Ele disse que gostava um pouco de ler. Mas isso é para fãs.

"Disse não gostava muito de ler." ele ri.

"Não gosto de mostrar isso pra as pessoas." levanto as sobrancelhas.

"Porquê?"

"Porquê é uma coisa idiota, e hoje em dia as pessoas não liga muito para livros." É verdade, mas é bom ser diferente e gostar de algo que ninguém mais liga.

"Acha que ler, você vai parecer um idiota?" Dou um passo em sua direção.

"Um pouco, pois ninguém mais lê, então vou parecer um." Não concordo com suas palavras.

"Isso que é o legal, você fica diferente dos outros." Ele cruza os braços.

"Eu sei... Mas a sociedade não concorda com isso." Ele dá mais um passo deixando a centímetros de distância. Rio.

"Dizendo essa coisas que você parece um idiota." Reviro os olhos. Ele não responde apenas ri.

"Acha que eu sou uma idiota por ler?" Encaro-o. Realmente quero saber disso. Ele me olha e responde.

"A única idiotice que estou fazendo é gostar de você." Oque? Ele pode estar mentindo ou não, só sei que acredito nele. Não consigo controlar meus instintos, suas palavras foram doces e ao mesmo tempo selvagens. Colo nossos lábios, forçando um beijo desesperado e selvagem, preciso do seu beijo, do seu toque, vou esquecer por um momento meus problemas, a Stacey, só preciso senti-lo uma última vez.