Capítulo 9 - Mulher má

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É isso aí! Eu sou uma ladra que rouba piratas! – A jovem falou, com orgulho do alto da sacada, para o garoto com chapéu de palha que acabara de salvá-la dos brutamontes que a perseguiam. Seu nome era Nami e quem a olhasse não viria a aparência de uma ladra profissional, mas sim a de uma jovem colegial de menos de 20 anos. Seus cabelos eram laranjas e curtos até a altura dos ombros, ela vestia uma pequena saia que mostrava suas belas coxas e uma camisa branca com algumas listras azuis nas mangas curtas, na gola e na altura da barriga. – Se a gente se juntar podemos conseguir uma boa grana!

– Não mesmo! Eu não to interessado em me juntar a você! – Luffy respondeu emburrado e então saiu andando para longe daquela ladra.

– Eí! Peraí um segundo! – A garota falou enquanto pulava do alto da varanda direto para o chão e corria atrás do garoto de colete vermelho – Que chapéu é esse aí? – Nami perguntou curiosa – Quando você disse pra não tocarem nele você ficou cheio de raiva! Ele é caro?

– Ele é meu tesouro! – Luffy respondeu objetivamente.

– Hmmm... Um tesouro!! Eu me pergunto se tem jóias dentro... Ah! Talvez seja o mapa de um tesouro! – Nami falava animada em voz baixa, enquanto seguia o garoto com o chapéu de palha.

——

Vocês ainda não pegaram o ladrão?! – Uma voz amedrontadora ecoou no telhado de um bar daquela cidade vazia.

N-nós estamos procurando, capitão! – Um sujeito gordinho, de cabelos arrepiados e com um colar de dentes, respondeu cheio de medo.

Como diabos ele foi roubado tão facilmente?! Como vocês deixaram que o meu mapa da Grand Line fosse roubado?! – A voz ressoou novamente, dessa vez, ainda mais irritada – Nós vamos entrar na Grand Line em breve... Como você espera que façamos isso sem o mapa? Seu imbecil!!!

Quando a voz parou de ecoar, o sujeito gordinho começou a levitar inesperadamente. Suas mãos estavam em seu pescoço. Ele simplesmente começou a se erguer e de repente, já se encontrava com os pés a mais de um metro de altura.

Es-espera Capitão! – O sujeito, sem fôlego, tentou suplicar – N-não consigo respirar!

Ele mostrou o poder da akuma-no-mi!!! – Todos os piratas que estavam ali assistindo aquela cena, falaram surpresos.

Preparem o canhão!!! – A voz soou novamente. Quem ordenava era o Capitão Buggy, O Palhaço.

Buggy se encontrava sentado em uma espécie de trono no alto daquele telhado e aparentemente não fazia o mínimo de esforço para manter o seu subordinado levitando e se sufocando. Ele usava um grande sapato de bico fino, meias listradas a mostra, uma calça verde clara bem larga, uma camisa vermelha e branca listrada horizontalmente, uma longa capa laranja em seus ombros e um enorme chapéu de pirata com a sua Jolly Roger desenhada nele, por cima de seus longos cabelos azuis. No entanto, não era por sua roupa extravagante que ele tinha a alcunha de O Palhaço. Buggy, tinha um enorme nariz vermelho, logo abaixo da tatuagem de dois ossos cruzados que tinha em sua testa e acima de sua boca pintada com batom. Literalmente não dava pra saber se era um nariz de palhaço ou não.

Eu não fiz nada de errado! – O pirata gordinho suplicava enquanto levitava – Me ajudem!!!

– Exploda ele em pedacinhos!!! – Buggy mandou. E em poucos segundos, mais um canhão disparou e fez em cinzas o sujeito que antes estava ali suplicando – Recuperem o mapa! – Buggy ordenou para seus subordinados que assistiram a execução – E certifiquem-se de roubar todo o tesouro dessa vila!

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