Capítulo 11 - Fuga

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De costas para o corpo de Buggy, Zoro embainhou suas espadas.

Tsc... Ele morreu tão fácil... – O espadachim comentou decepcionado.

Eí Zoro! Anda logo e me tira daqui! – Luffy, ainda preso na jaula e sobre a mira do canhão inimigo, gritou para seu parceiro.

Okay. – Zoro respondeu e então se dirigiu para a jaula de Luffy. Nem percebeu que os piratas companheiros de Buggy estavam rindo estranhamente.

No entanto, Nami notou aquele estranho fato. A garota estava pálida, assustada por toda aquela cena que presenciara. Se perguntava o porque daqueles piratas estarem rindo com a morte de seu líder.

Essa coisa não vai abrir sem a chave... E não dá pra cortar essas barras de ferro... – Então Zoro percebeu as risadas dos piratas de Buggy – Mas o que é tão engraçado assim? Apenas nos dêem a chave, eu não quero lutar com vocês... – O espadachim falou para os piratas, virando levemente a cabeça. No entanto, nem havia conseguido virar totalmente o pescoço e sentiu uma dor lancinante lhe percorrendo o corpo. Caiu de joelhos no chão e viu que o lado esquerdo de seu abdômen havia sido transpassado por uma lâmina. Achou estranho porque não escutara passos nem nada suspeito. Quando virou-se para ver quem empunhava a adaga que o apunhalara, se surpreendeu. Não havia ninguém. Na verdade, ninguém inteiro. Apenas um antebraço que flutuava no ar e forçava a lâmina cada vez para mais dentro de sua carne. Por incrível que pareça, o braço de Buggy que ele havia decepado, o atacara como se possuísse vida própria.

Zoro!!! – Luffy gritou ao ver seu amigo ser esfaqueado.

O quê?! Aquela mão!!! – Nami se assustou ao notar o que havia atingido o espadachim que a salvara.

Merda! Que porcaria é essa?! – Zoro esbravejou enquanto com uma das mãos, segurava o antebraço, afastava-o de seu corpo e o joga para longe. Ao ser arremessado, o antebraço continuou flutuando e segurando a adaga que agora, pingava o sangue do espadachim.

A bara-bara-no-mi... – Uma voz conhecida falou atrás de Zoro – É esse o nome da akuma-no-mi que eu comi! – Buggy falou ameaçadoramente, enquanto os pedaços de seu corpo voavam e tornavam-se a se unirem em um só – Não importe o quanto você tente me cortar, não vai funcionar porque eu me tornei um homem que pode se dividir em pedaços!

– Ele colocou o corpo de volta no lugar!!! – Nami exclamou completamente incrédula – Eu achei quue as akumas-no-mi fossem só um mito!!

– Um homem que se divide em pedaços?! Que tipo de aberração ele é?! – Luffy, o homem borracha comentou.

Parece que eu errei as suas partes vitais... Roronoa Zoro! – Buggy falou com desdém – Mas ainda é um ferimento sério! Foi uma vitória descente...

– Apunhalar pelas costas é covardia seu narigudo!!! – Luffy, ainda dentro da jaula, gritou para Buggy.

Aquele idiota... – Nami falou para si mesma, enquanto assistia a cena – Ele podia ter falado qualquer coisa, menos isso!!

– Quem você tá chamando de narigudo?! – Buggy rosnou furioso ao ouvir, aquela que era a pior ofensa para ele – Morra, seu pirralho maldito! – E então separou do corpo, novamente, o seu ante-braço direito que empunhava a adaga que feriu Zoro e o lançou como um míssil na direção de seu prisioneiro.

Luffy, sentado dentro da jaula, com os pés e mãos amarrados, era um alvo fácil para a adaga que vinha voando em sua direção. Se estivesse livre, aquele ataque do Palhaço não lhe causaria problema algum, mas em sua atual situação, só havia uma única e extremamente arriscada coisa a ser feita.

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