Capítulo 4

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[N/A] Deve estar ficando chato já, não é? Mas aposto que nem sentiram tanta falta ;)

Agradeçam á sam_roc404 e á cinderlunar por terem me incentivado barra ameaçado para postar o mais rápido possível. É sério gente, eu vou cuidar para que isso não aconteça de novo (sem promessa de político). Escritoras sabem que bloqueio criativo é uma meleca. O trailer da fanfic está nas multimídias, se puderem, dêem uma checada.

Aproveitem.

14 de agosto, 1952

Louis' POV.

E se eu sumisse?

É, gostei da ideia. Ninguém sentiria muito a minha falta. Eu também não sentiria.

Sumir com toda essa minha loucura, eu não tenho mais nada para fazer aqui, aliás, eu nunca tive. Mas por que eu continuo a fazer esses cortes rasos? Bastava ir um pouco mais fundo, e então eu não teria todas essas pessoas olhando para mim. Quando tudo que eu fiz foi atacar um imbecil que me chamou de aberração. Então ele não chamaria mais ninguém assim quando vir seu rosto deformado no espelho.

Uma cara cuspida.

-Ah, de novo? - Escutei uma voz melancólica, a pessoa dando um suspiro de decepção. Virei-me para ver de onde vira, e era simplesmente o diretor da escola. Ele me olhou com uma expressão cansada, como quem não sabia mais o que fazer. Quando esse desviou o olhar de mim foi para gritar por uma ambulância, para ajudar o garoto retorcido aos meus pés. - Por favor, o ajudem e comuniquem aos seus pais. E você... - O homem me olhou de novo, desta vez seu olhar estava decepcionado. E eu, estava sem expressão. Calado. - Vá pra casa.

Não pude questionar, por que eu iria?

Assim que me virei, as pessoas me olharam assustadas e simplesmente saíram do meu caminho. Peguei minha bolsa que eu larguei no chão quando avancei no pescoço do rapaz.

Meu saco de pancada não havia ido para escola hoje, eu teria que usar o de casa.

-x-

Elas adoram quando eu causava dor, em alguém ou em mim mesmo. Até ficavam caladas ás vezes. Se eu machucasse alguém eu teria descanso, se causasse dor eu teria silencio.

Gritos acalmam minha mente. Por mais irônico que seja me mantêm em paz. Deviam acalma-las também, já que deixavam de berrar por um tempo.

Ri analisando enquanto andava para casa, pois estava começando de novo. Todas aquelas coisas horríveis e eu me controlava para não atacar a pessoa mais próxima. Quem quer que passasse por mim parecia me olhar, ás vezes em desgosto, ás vezes rindo.

Eu queria saber como é ter a mente sana.

Cheguei mais cedo em casa e não encontrei ninguém na sala, nem na cozinha. Não me surpreendia minhas irmãs não estarem em casa, nem minha mãe. Mas meu pai, vagabundo que era, ficava o dia inteiro em casa para me tacar garrafas de cerveja e ás vezes me queimar com a ponto do charuto.

Procurei algum bilhete na cozinha, de minha mãe talvez, me informando do paradeiro de meu pai. Logo dei de ombros e subi as escadas. No andar de cima ouvi sons estranhos vindos do corredor. Dentro do quarto da primeira porta a esquerda, onde estava pendurada uma plaquinha com o nome de Lottie, se ouvia fortes batidas como se alguém estivesse socando a porta para poder sair ou como se a cabeceira de uma cama estivesse sendo chocada fortemente na parede, várias e várias vezes.

Com um padrão de batidas que eu já conhecia, gemidos vindos das bocas que me eram familiares.

Eu não sabia que Lottie não fora para a escola hoje. Enfureci-me, como sempre fazia quando ouvia meu pai trepando com minha irmã no quarto quase ao lado do meu. Minha mãe sabia que seu marido a traia, com a vizinha, com as amigas de trabalho dela, com a irmã dela e já tentou estuprar Eleanor quando a mesma me esperava no andar e baixo. Mas, Johanna não sabia que a própria filha transava com o pai pela casa. Eu não queria contar também, eu sabia que as coisas piorariam para mim, e que minha mãe não ligaria exatamente, na verdade ela não poderia fazer nada.

Eternity//L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora