Ela e o traficante

MEU IRMÃO..

Patrick narrando:
Acordei cedo e fui para o treino, estava descendo quando vi o DM.

DM: PATRICK!! -ele gritou meio bravo. Não olhei para trás e continuei a andar..

Logo senti uma coisa forte no meu braço, eu o olhei estava sangrando não muito mas estava... eu levei um TIRO! logo a minha volta se lotou de gente, eu não estava aguentando ficar com os olhos abertos eles se fecharam sozinhos...
...
Micael narrando:

Estava dormindo quando pedrin entra no meu quarto abrindo a porta..

-PRIVACIDADE PORRA! -disse gritando..

Pedrin: Mano teu irmão, está no hospital..

-NO OQUE?? COMO?? -disse segurando as lágrimas. -NÃO PODE SER.

Peguei qualquer roupa em meu guarda roupa e coloquei e fomos ao hospital.
...
Eram vários corredores até achamos o número da sala, tentei entrar, mas não deixaram.

-É O MEU IRMÃO PORRA, O MEU ÚNICO IRMÃO.

XXXX: desculpa senhor, mas não podemos deixa-lo entrar..

-É MINHA ÚNICA FAMÍLIA.. MEU IRMÃO

XXXX: desculpa, tenta se acalma. Por favor. Até logo.

Como assim se acalmar? Meu irmão, meu único sangue, se ele morrer eu nunca irei me perdoar. NUNCA MESMO.
...
Ana narrando:
Jack: AMIGA! -disse chorando.

Abri o olho, meio confusa. -oque? Porque choras?

Jack: Amiga.. O Patrick. -disse engolindo o choro.

-oque que tem? Cadê ele?

Jack: No hospital, Tito está lá.

-Mas porque eles estão lá, fala. -disse indo ao banheiro. Bom, deixei o orgulho de lado nesse momento, não queria deixar ele sofrer sozinho.

Jack: Patrick levou um tiro no braço.

-vou ir lá, vigia a Sophia para mim?

Jack: Claro. Calma amiga.

Coloquei um short-saia curto azul e uma blusa branca de manga. Uma jaqueta preta por cima (estava um pouco frio hoje). Amarrei meu cabelo rabo de cavalo e coloquei uma rasteirinha. Passei perfume e tirei meu celular do carregador.. E fui.

-estou indo.

Jack: tiau, vai com Deus.

-amém.
...
Procurei o Micael, ate que achei ele, estava sentado no banco, com a cabeca enterrada as mãos, junto com ele o Pedrin, com as mãos as costas dele.

Me aproximei e o olhar de Micael se encontrou ao meu.. Logo os olhos dele se encherem de lágrima.

-Calma. -sussurrei. -Vai dar tudo certo. -disse encarando os olhos dele

Ele se levantou e me abraçou, um abraço meio apertado, e eu não aguentei e chorei com ele.

Pedrin: deixarei os dois sozinhos.. -falou saindo, rir sem mostrar os dentes.

Micael: que bom que tu esta aqui. -disse segurando o choro. -estou com medo.. De perder ele.

-calma, estou aqui, vou sempre estar aqui.

Micael: isso é bom.

Sentamos e ele posicionou sua cabeça em meu colo.

-como se tornou dono do morro?
Micael: Foi quando minha mãe e meu pai morreu.. Sofreram um acidente. Dai fui criado pela favela, se tornei amigão do tufão. O ex dono de lá, logo depois ele morreu passando o morro para mim.

-Hum.. -disse alisando o cabelo dele. -E tu teve medo?

Micael: de que?

-De assumir o morro, de morrer, sei lá..

Micael: Não, a única coisa que eu tenho medo, é de perder quem eu amo. Já perdi meu pai e minha mãe, não vou aguentar perder o Patrick.

-Tu não vai perder...

Micael: e se eu perder? Ficarei sozinho.

-Não, você tem eu, o Pedro, o morro... Para com isso. E você não irá perder o Patrick.

Micael: Eu amo tanto ele.

-Você não vai perder... Confia em mim, ok?

Micael: Ok... -me abraçou.
..
Micael narrando:
Eram 14:30 e até agora nada, fiquei meio Nervoso.. Pedrin havia trago dois refris e uma coxinha col um pastel.

Ana: Hum Pedrin, leu meu pensamento.. Pastel.. Come Micael..

-sem fome.- falei preocupado.

Ana: come, por favor.

Então, peguei a coxinha, e bebi um pouco de refrigerante.. 30 minutos e lá vem o Dr.

-doutor.. Eai? Notícias?

Doutor: ainda não temos, perdão.. -chorei. -retiramos a bala, ele perdeu um pouco de sangue, o estado dele tinha melhorado, só que ele começou a sentir dores e febre. Não sabemos o porque, perdão.

Ana: Dr. Qualquer coisa, avisa abrigada! -ele assentiu e se retirou.

-ele piorou Ana. -chorei.

Ana: Não gosto de te ver assim.. Por favor, não chore. -Uma lágrima caiu.

-ele é a única pessoa que eu tenho.

Ana: Você tem eu, o pedrin, o morro, todos. Não fale isso.

-Ele não pode me deixar..

-e ele não vai.