Cap11
No dia seguinte faço minhas necessidades diárias e vou até a porta onde a única janela miniscula, onde passa os mantimentos. Nem um enfermeiro ainda a vista. Volto a cama e espero um tempo, ouso o barulho da feichadura abrir, é uma senhora robusta, cabelos curtos e olhos verdes, parecia ser uma pessoa de coração frio.
-Senhora, quando poderei sair?
-Agora, darei um medicamento e será encaminhada para a terapia em grupo do Dr.Marlon. -Observei sua tranquilidade escolhendo os medicamentos e me calei por alguns estantes.
Estava ansiosa para encontrar Rafael ele disse que conseguiria o telemóvel, não sabia se ele estava falando a verdade ou querendo me ferrar. Mas vou correr esse risco. Preciso falar com alguém que me tire daqui.
-Vamos Alice? -Disse a senhora segurando meu pulso levemente, estendeu o copinho com uns quatro comprimidos. Meu deus querem me dopar mesmo!
Segurei o copo e fingi tomar os remédios.
-Vamos. -Disse abrindo a boca para que ela visse que tinha engolido os remédios.
-Muito bem, temos regras e se você segui-las corretamente sairá daqui, obviamente curada!
Acho meio difícil,pensei. Isso não é uma doença, as pessoas nascem assim! Odeio isso, pessoas homofóbicas, impetuosas.
Concordei positivamente com a cabeça para que não me estressace e acabasse na solitária.
Seguimos acaminho da sala do Dr.Marlon. Chegando a sala vi Rafael entrando, me encarando com o olhar confiante, entrei e sentei em uma cadeira paralela a Rafael.
-Bom, todos já me conhecem para os novamos me chamo Marlon. Dr.Marlon para vocês. -Era um homem jovem, cabelos loiros castanhos e barba por fazer. Usava um jaleco branco com seu nome gravado no peito esquerdo. Todos os meninos que estavam na terapia pareciam intimidados por ele inclisive Rafael.
-Bom,Sem mais delongas. Hoje nós iremos fazer um pequeno desabafo,enfim, um diálogo. Jhenny pode começar!- apontou para uma menina com a cabeça abaixada, ela era loira, cabelos longos e tinha algumas mechas pretas. Então erguel sua cabeça aparecendo sua fase, era bonita, olhos escuros, boca carnuda e rosadas, uma pele clara e sedosa.
- Bom, aqui é uma merda, sem contar que somos dopatodos e somos tratados como animais por sermos homossexuais! -Disse levantando e as outras pessoas vibravam, em seguida veio dois enfermeros segutando-a e levando para fora da sala.
Muitas pessoas começaram a gritar reclamando.
-HEY!HEY! Quietos! -Dr.Marlon se exalta e todos ficam em silêncio.
-Como se fosse o único exaltado daqui. -Disse com os braços cruzados e a cadeira inclinada a parede branca.
-Olha quem dessidiu falar não é mesmo? Então! fale para nós da sua vida.
-Não tenho nada a dizer!
- A vamos lá é... Como é seu nome mesmo..A-Alice. -Se atrapalhando com sua cardeneta em mãos.
-Olha não sou obrigada a participar desta jossa! Foda-se! -Disse levantando da cadeira exigindo que ele parece com as perguntas.
-Enfermeros, levem-a, talvez esteja mas calma na próxima sessão em grupo!
Os enfermeros imediatamente me levaram, todos me olhavam com uma cara de deboche. Olhei para frente e comíamos até a porta Me deixaram em um banco, olhei para frente parecia uma prisão, os muros eram altos, muitos altos. Começei a pensar no Sophia e uma lágrima saiu de meus olhos.
-Muito difícil não é?-uma voz doce atrás de meus ombros.
Me virei e visualizei jhenny, estava sentada ao meu lado nem tinha observado.
Respirei fundo com um gesto de afirmação.
-Fique tranquila, isso passa com o tempo. Vai se acustumar. -Disse Jhenny olhando para o nada.
-Não quero me acustumar, eu quero ser livre. Quero viver!
-Eu também, quando você vai deixando lutar por algo, você vai morrendo aos poucos por dentro e sem que você perceba, já está consumida. Não estou tentando tirar suas esperanças, mas é a verdade. -Disse claramente olhando em meus olhos.
Eu ouvia aquelas palavras e sabia que aqueles olhos negros estavam certos.
-E por que você deixou de lutar? -Perguntei
-Eu não tenho mas nada para lutar, minhas esperanças já acabaram.-abaixou a cabeça e levou uns de seus dedos a ruer.
-Eu posso te ajudar, sabe. Nos podemos sair daqui.
-Impossível, já tentei uma vez, não deu.-jhenny continuou cabeça abaixa.
-Eu tenho uma pessoa que pode nos ajudar. Só preciso de um telefonema e já tenho o telemóvel.
Jhenny me olhou surpresa e racionou o plano.
-Eu te ajudo! -Disse Jhenny confiante.
-Obrigada, vou falar com o Rafael e logo, logo sairemos daqui. Esperamos acabar a sessão e puxei Rafael o mais longe possível das câmeras.
-Concegui?
-Sim, está aqui. -Me entregou um pequeno telemóvel que parecia mas uma pedra a um celular.
Jhenny se aproxima.
-Tudo bem ela está com nosco.
-Achei que seria pela última vez. -Disse Rafael referindo-se à jhenny.
-Pois é, as coisas mudam.
Peguei o celular e fui bem distante, liguei para Ana. Chamou, Chamou, caiu na caixa postal. Liguei novamente, ao terceiro toque Ana atende.
-ANA! POR FAVOR! É A ALICE ME AJUDE!!
-Alice!! Eu fiquei sabendo meu Deus!! Como seu pai pode ter feito isso??
-Ele não é meu pai! Foca Ana! Por favor!! Tire-me daqui! -Disse aflita tendando conter minhas emoções.
-Eu vou te busca Alice, vou pedir ajuda, me espera eu vou te buscar! - A ligação acaba falhando.
-ANA??? -Meu deus, espero que consiguimos sair daqui!Olá meninas ^^ tudo bem?
Bom eu estou rs.
Espero que gostem do décimo primeiro capítulo.
Se puderem votem, comentem o que estão achando. Aceito críticas. Obrigada amo vocês :3Ahh Já ia me esquecendo esse Capítulo é dedicado a uma moça que não parou de me encomodar até postar o próximo capítulo está aí espero que goste :)
@ThaisBarbosa599~~emma
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Minha Futura Mulher(Romance Lésbico)
RomansaAlice, uma menina de 16 anos que estuda em um colégio chamado Afonso PenaII. Que senti uma seria atração por uma colega de classe. E está disposta a passar por tudo, para ficar ao lado dela.