CAPÍTULO 4

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Trevor acabara de admitir que dirijo bem? Não estava acreditando. Ele até me convidou para entrar e comer biscoitos. Eu até queria ir com ele, em agradecimento, eu acho... Em agradecimento a ele não ser um idiota, nos últimos vinte minutos? Mas não tenho certeza se seria uma boa ideia. Passei o caminho todo pensando em como contar o Luck o que aconteceu. O que me levaria a contar que levei Trevor na cachoeira, a qual eu nunca o convidei. Não contar parecia a alternativa mais aceitável. Mas seria a certa? Meus pensamentos iam e vinham, eu me distraia constantemente quando percebia que Trevor estava me olhando. Como Trevor falou que ia se comportar melhor, não teria problema entrar para comer.

─ Claro, eu adoro biscoitos! - no que eu estava pensando. Claro, adoro biscoitos! Sério?

Ele me olhou meio sem jeito. Trevor envergonhado, essa era nova. Queria conhecê-lo mais, seu jeito marrento me intrigava e ao mesmo tempo, me dava vontade de matá-lo.

─ Se tiver outra coisa pra... - eu o cortei no meio da frase.

─ Não tenho nada pra fazer. Vamos - segurei em sua mão e o puxei pra dentro. 

Pensei em soltar sua mão assim que a peguei, não sei porque eu fiz essa merda. Mas se soltar agora, ele achará que me arrependi. Vou esperar até entrarmos, aí devagar eu a solto. Nossos dedos estavam entrelaçados, parecíamos um casal, a mão do Trevor era macia e o calor que nosso simples toque estava emanando, era incrível. Que merda eu estou pensando?! A casa é muito bonita, mas não tinha nada do Trevor nela.

─ Quer beber alguma coisa? - ele me perguntou totalmente sem jeito, cadê aquele jeito meio ignorante dele?

Engraçado ele me chamar de marrentinha, ri com isso. Droga ele percebeu...

─ O que é tão engraçado? - ele questionou curioso. Pense em algo, pense!

─ Já quer me embebedar? - eu dei um sorrisinho só para descontrair, mas acho que não funcionou porque, ele continuou me olhando feio.

─ De jeito nenhum, as coisas que gosto de fazer, as garotas precisam estar totalmente sãs - ele me deu um maldito sorriso sem vergonha e lindo.

Eu corei no exato momento que ele disse isso, mas afinal de contas a culpa foi minha por querer fazer uma brincadeirinha sem graça como aquela. Comecei a reconsiderar se seria bom ficar com ele. Ficar na casa dele! Aparentemente, seus pais não estavam em casa, então... Deus, espero conseguir resistir se ele chegar tão perto de mim, de novo. Em cima da mesa havia um pote de biscoitos, ele abriu e me ofereceu. Não estava a fim de comer, mas nessa hora ecoou uma frase na minha cabeça: Claro, eu adoro biscoitos! Peguei um e mordi, estava uma delícia, ele riu de mim enquanto eu comia. Estava muito bom, ainda bem que eu não recusei. Trevor me olhava alegre e acabei pedindo outro, ele balançou a cabeça e riu me entregando outro. O que? Estava muito bom.

Evitando o InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora